As mesas repletas de calçados enquanto lojistas escolhiam os pares e fechavam seus pedidos demonstravam o sucesso da 1ª edição da Brazilian Footwear Show (BFShow), que ocorreu entre a última terça (21) e esta quinta-feira (23) na Fiergs, em Porto Alegre.
A feira foi realizada pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), organizada pela NürnbergMesse Brasil e patrocinada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
“A feira não poderia ter sido melhor. Toda a equipe se dedicou de corpo e alma e a NürnbergMesse Brasil foi impecável. Tivemos feedback positivo de fabricantes e visitantes. Teve fabricante que disse que fechou o maior pedido da vida na feira”, conta a gestora de projetos da Abicalçados, Letícia Sperb Masselli.
Foco internacional
A BFShow levou para a Fiergs 154 compradores internacionais, de 101 grupos de 30 países, trazidos em um esforço conjunto da realizadora e organizadora do evento e a Apex-Brasil. E houve ainda a presença de compradores do mercado externo que foram ao evento por conta própria.
“Todos os compradores nos disseram que a feira é nível internacional. A BF ela vai muito além dos negócios, ela entrega a necessidade de posicionar a indústria calçadista do Brasil e no mundo”, ressalta Letícia, que também fala sobre a importância da abertura de novos mercados.
“A feira abriu novos mercados, teve gente que nunca tinha vindo para uma feira do setor. Teve cliente da Tanzânia, por exemplo. A manutenção do mercado é essencial, mas abrir novos mercados é muito importante e isso ocorre com o olho no olho. Percebemos o impacto que a feira trouxe para as empresas”, completa Letícia.
O comprador da Nova Zelândia, Glen Maher, da Maher Shoes, ressalta que a feira o surpreendeu. “Não esperava ver esse número de marcas e de segmentos aqui, Viemos para comprar calçados masculinos e acabamos levando femininos também”, conta Maher.
Lançamentos da região
Para a Ramarim, de Nova Hartz, a feira calçadista foi o termômetro das novas coleções. “Tivemos um movimento muito forte e com foco na exportação. A feira é como um termômetro da coleção e ela foi aprovada”, conta o gerente de marketing da Ramarim, Nelson Rodolfo Magagnin.
A empresa espera aumentar a produção em 30% no próximo ano e uma das novidades é a linha esportiva. “Também temos a linha aprovada por médicos para pessoas com joanete e fascite plantar”, detalha Magagnin.
A Piccadilly, de Igrejinha, superou as expectativas. “A feira foi muito boa, tivemos muitas visitações. O público veio muito focado em fazer negócios e a feira também apresentou uma infraestrutura muito boa. Ampliamos nosso estande para atender melhor nosso cliente”, destaca Ana Carolina Grings, vice-presidente e diretora de produto.
Ana Carolina destaca a evolução da marca, que é consumida também pelos mais jovens. “Os jovens também valorizam o conforto. Entre os destaques temos tênis mais minimalistas e produtos modernos com fivelas, tachas, uma pegada mais biker.” Além disso, a Piccadilly lançou uma collab com a estilista Dai Molina. “Ela tem descendência indígena e suas criações contam com uma brasilidade muito forte.”
As exportações também são o foco da marca calçadista do Vale do Paranhana. Segundo Ana Carolina, 35% do volume é destinado para exportação.
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