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Reconstrução

Beneficiados com casas de R$ 200 mil começam a ganhar as residências doadas pelo governo federal

Da região, por enquanto 73 famílias receberão moradia longe de locais afetados por enchente

Débora Ertel
Publicado em: 20/08/2024 às 14h:15
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Já tem gente se aproximando do sonho de ter a casa longe de locais de enchente. Nesta semana, a Caixa Econômica Federal chamou as famílias que integram o primeiro lote de beneficiadas com a doação de casas no Rio Grande do Sul.

Das 80 pessoas selecionadas, 73 são da região, sendo 20 de Canoas, 34 de Montenegro, 19 de Novo Hamburgo e sete de Porto Alegre.

Em Novo Hamburgo, os 19 moradores foram atendidos pela equipe da Caixa na segunda-feira. Todos receberam orientação sobre a compra do imóvel e puderam esclarecer suas dúvidas, de modo a tomar ciência de que essa é uma escolha para a vida e precisa ser bem-feita.

Caixa Federal de Novo Hamburgo recebeu 19 famílias  | abc+



Caixa Federal de Novo Hamburgo recebeu 19 famílias

Foto: Débora Ertel/GES-Especial

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Dentre os hamburguenses atendidos estava a dona de casa Aline de Souza da Silva, 30 anos, mãe de três filhos com idades de 16, 9 e 7 anos. Ela vivia em um casebre de madeira na Rua Leopoldo Wasun, próximo à casa de bombas do bairro Santo Afonso. Mas perdeu tudo e hoje vive de aluguel, com móveis comprados com o auxílio de R$ 5,1 mil.

Como ficou a casa que Aline morava no bairro Santo Afonso  | abc+



Como ficou a casa que Aline morava no bairro Santo Afonso

Foto: Arquivo pessoal

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Questionada como se sentiu ao receber a notícia de que vai ganhar a sua primeira casa própria, ela responde. “Eu vou ser bem sincera: não caiu a minha ficha ainda. Por mais que digam que eu ganhei e que vai dar tudo certo, acho que só vou acreditar quando eu entrar na minha casa mesmo”, declara.

Neste primeiro momento, Aline teve à sua disposição um apartamento, imóvel que integra a lista de moradias que foram ofertadas à Caixa. “Mas é longe da escola e fica ruim por causa das minhas crianças. Aí me deram oportunidade de procurar o que preciso e estou pesquisando vendo com as imobiliárias”, explica.

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Além disso, conta com a ajuda do pai na procura por imóveis, o que, segundo ela, é uma busca difícil porque as ofertas de mercado têm valor superior ao recurso de R$ 200 mil disponibilizado pelo governo federal. Na tarde desta terça-feira, Aline faria a visita a um imóvel na Vila Kroef, mas desistiu quando soube que a casa ficava em área que foi alagada.

Aline não tem um trabalho fixo e faz bicos de faxineira de vez em quando, sendo o bolsa-família a única renda.

De acordo com ela, o futuro negócio só será fechado após a Caixa enviar um fiscal ao imóvel para verificar as condições, verificar se não há pendências, como dívidas, por exemplo, e confirmar que a casa não corre risco com novas enchentes.

Já em Montenegro, dos 34 selecionados, 13 já haviam comparecido na agência até a manhã desta terça-feira a fim de iniciar as tratativas para a escolha do novo lar.

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Governo promete mais casas

Este é o primeiro lote de selecionados pelo governo federal, que deve anunciar mais beneficiados em breve. Em maio, o governo federal prometeu R$ 2 bilhões para viabilizar 10 mil moradias em áreas urbanas. Serão beneficiadas famílias que se enquadram nas faixas 1 e 2 do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), com renda mensal de até R$ 4,4 mil.

Além disso, foi assinada uma portaria que autoriza até R$ 40 mil de subsídio às famílias de todas as faixas de renda, com o objetivo de facilitar o acesso aos financiamentos do Minha Casa, Minha Vida. O recurso é destinado para aqueles que tiveram seus imóveis destruídos ou interditados em razão da calamidade que atingiu o Estado. 

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