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PAIXÃO PELO BASQUETE

Basquete de Canoas quer voltar ao anos dourados

Seleção canoense viveu períodos de sucesso em décadas passadas; "É possível voltar a ser competitivo", diz Roberto Madureira, o Robertão.

Juliano Piasentin
Publicado em: 15/05/2023 às 11h:05 Última atualização: 26/03/2024 às 21h:33
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A paixão pelo basquete uniu quatro amigos, de três gerações diferentes. Marcelo Arame, 60 anos, Roberto Madureira, 58, Cirano Trindade, 46 e Ettore Trindade, 14, são de épocas diferentes, é verdade, no entanto isso não impede que permaneçam unidos em quadra.

Conhecido como Robertão, Madureira é carioca. “Um carioca que já se considera canoense”, diz. Ele lembra que desde que chegou na cidade, o basquete sempre fez parte de sua rotina. “Jogamos muitos campeonatos estaduais e citadinos, em Canoas e também em Porto Alegre.” Naquela época, o município era representado por uma seleção. “Os melhores eram reunidos para representar Canoas.

Arame, Robertão, Cirano e Ettore. Diferentes gerações do basquete canoense



Arame, Robertão, Cirano e Ettore. Diferentes gerações do basquete canoense

Foto: FOTOS PAULO PIRES/GES

Os treinos eram no Centro Olímpico Municipal, sempre com um horário reservado para a turma do basquete. “Os times eram montados dentro das escolas. Até tínhamos um ou dois jogadores de outra cidade, mas a equipe era formada pela maioria de canoenses”, explica Marcelo Arame, como é conhecido.

Renovação

A turma se conheceu a partir da renovação da cena do esporte em Canoas. Cirano montou uma equipe de Másters, o Spartans. Depois ajudou a criar outro time, onde joga atualmente, o Canoas Iluminatis. “Já fomos muito fortes, no Máster conseguimos disputar competições como o Estadual e também o Municipal de Porto Alegre. Deveríamos ter mais equipes na cidade e voltar a ter um Campeonato Municipal.”

O atleta dos Iluminatis lembra do período em que haviam os Jogos do Aniversário de Canoas. “Vinham times de todo o Estado. Hoje equipes de fora da cidade representam Canoas. As coisas foram se perdendo.”

Em 2023 o Centro Olímpico vai receber uma etapa do Campeonato Metropolitano Máster de Basquete. “Nas décadas de 1980 e 1990 o La Salle tinha times muito fortes e essa galera joga até hoje.”

Dificuldades para formar novos atletas apesar da visibilidade

Apesar da grande visibilidade do esporte, inclusive com canais de TV aberta transmitindo a NBA (Liga Americana) e NBB (Liga Brasileira), Madureira diz que é difícil formar atletas. “O basquete é um esporte técnico. Não se cria um jogador do dia para noite, é necessário ter investimento. Isso não ocorreu em Canoas, por isso as equipes foram encerrando suas atividades.”

E Madureira reforça. “É possível voltar a ser competitivo. Lembro que a Seleção de Canoas venceu o Bira de Lajeado na casa deles. Além de disputar com o Corinthians de Santa Cruz do Sul.”

Ettore, por exemplo, começou a jogar e se desenvolver por incentivo do pai, Cirano. Atualmente o jovem atua no Grêmio Náutico União, de Porto Alegre. “Sempre assisti a NBA e também a Euroliga, já a NBB assisto quando meu pai está olhando.”

Quadra renovada no Centro Olímpico

A quadra de basquete que fica na área externa do Centro Olímpico, ficou dois anos sem tabelas adequadas para a prática do esporte. Na última semana a Prefeitura de Canoas fez a instalação do acessório, facilitando a prática de jovens e adultos no local.

Esses são os casos dos adolescentes Matheus Telles, 15 anos, e Diego Schimitz, 14. A dupla mora no bairro Guajuviras e ao menos uma vez na semana, vai até o Centro Olímpico para jogar. “Agora com a tabela nos incentiva a vir mais vezes”, diz Matheus.

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