No início desta semana, a Vigilância em Saúde de Esteio divulgou um alerta à população da cidade de cuidados com o escorpião-amarelo. Isso porque, bairros do município têm apresentado maior incidência do animal.
A espécie (Tityus serrulatus) pode causar quadros clínicos graves, em alguns casos fatais, especialmente em crianças, idosos e pessoas imunodeprimidas.
Em 2024, segundo a Vigilância, 20 animais já foram capturados na cidade, especialmente nos bairros Centro e Três Portos. Frequentemente, este tipo de escorpião é encontrado em locais escuros e úmidos e com presença de baratas, entre outros insetos, como, por exemplo, bueiros, embaixo de pedras e em locais com acúmulo de entulhos.
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Neste ano, Esteio registrou uma ocorrência de picada de escorpião. No ano passado, haviam sido duas. Em casos de acidentes com o animal, a vítima deverá ser encaminhada imediatamente para o Hospital São Camilo de Esteio. O atendimento deverá seguir classificação de risco vermelha.
No caso de visualização do escorpião-amarelo, a recomendação é evitar o contato e informar a localização dele através do telefone (51) 2700-4364 ramais 2318 / 2309 / 2343. Se possível, o morador também pode fotografá-lo e comunicar ao órgão pelos e-mails vigilancia.saude@esteio.rs.gov.br ou ambiental.saude@esteio.rs.gov.br.
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Nota técnica
Em nota técnica, a Vigilância em Saúde explica que o habitat do escorpião-amarelo consiste em:
- locais escuros e frescos;
- frestas de paredes;
- pedaços de madeira;
- restos de materiais de construção;
- tijolos e caliça empilhados;
- entulhos;
- esgotos;
- ralos;
- caixas de gordura;
- encanamentos de luz e telefone;
- caixas com verduras, legumes e frutas;
- roupas;
- calçados;
- cama;
- travesseiros;
- cortinas.
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Tendo como fonte principal de alimentação as baratas, a reprodução ocorre, em média, duas vezes por ano, dando origem a 20 filhotes por vez, chegando a 160 filhotes durante a vida. Os filhotes sobem no dorso do animal e ali permanecem. O período entre o nascimento e a dispersão dos filhotes é de aproximadamente 14 dias.
Esta espécie reproduz-se por partenogênese, ou seja, só existem fêmeas e todo indivíduo adulto tem filhotes sem a necessidade de acasalamento. Este fenômeno, aliado a facilidade de adaptação a qualquer ambiente favorece sua dispersão.
Uma vez transportado de um local a outro (introdução passiva), o animal instala-se e se prolifera com muita rapidez. Além disso, a introdução do escorpião amarelo em um ambiente pode levar ao desaparecimento de outras espécies de escorpiões devido à competição.
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