TEAPROCHEGA
AUTISMO: Programa que atende pessoas com Espectro Autista é ampliado em Novo Hamburgo
Trabalho é desenvolvido pela Sinfonia Diferente e ganha nova identidade
Última atualização: 02/04/2024 17:17
Chegando ao seu sexto ano, o projeto Sinfonia Diferente, que atende pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) através da musicoterapia, será ampliado em 2024. Lançado nesta segunda-feira (1º), o Teaprochega vai ampliar o atendimento tanto em termos de cidade, quanto de formas de suporte.
O lançamento oficial aconteceu no Sala de Conferências da Faculdade IENH, em Novo Hamburgo, com a presença das idealizadoras e responsáveis pelo projeto, a dupla de cantoras Grazi Pires, e Dejeane Arruée, que juntas formam o 50 Tons de Pretas.
“A gente assume essa nova identidade do Teaprochega, que sempre fez parte, mas como uma atividade paralela ao Sinfonia. Hoje o Teaprochega assume como projeto principal, como um grande guarda-chuva, e o Sinfonia passa a fazer parte dele”, explica Grazi que é coordenadora geral do projeto.
Essa mudança vai fazer com que outras atividades do projeto ganhem ainda mais destaque, avançando para adiante das sessões de musicoterapia. “Além do Sinfonia, que é um musical, a gente tem o ciclo de palestras, o grupo de pais, curso de formação de atendentes terapêuticos e as palestras com os pocket shows que a gente vem fazendo aí informações, o município e tudo mais, então o Teaprochega assume ou Sinfonia.”
Chegando mais longe
Outra novidade a partir do Teaprochega em 2024 é levar o trabalho para mais uma cidade, já que ele também será desenvolvido em Caxias do Sul, somando-se a Novo Hamburgo e Porto Alegre.
Mesmo com a mudança, a expectativa segue alta e o trabalho ao longo do ano deve ser premiado com o show final. “O grande momento que a gente sempre espera é o da apresentação do Sinfonia, quando todas as nossas crianças e adolescentes vão para o palco, e ali eles são os grandes artistas da noite”, resume Dejeane, que é uma das envolvidas na organização do evento.
Financiamento
Desde 2019 o Sinfonia Diferente propõe ações de conscientização sobre o autismo, além de divulgação da musicoterapia, atividades como cursos de formação para famílias atendidas e comunidade em geral. E para conseguir manter o atendimento às famílias, o trabalho com editais públicos é fundamental.
Até agora o recurso veio sempre de projetos culturais, mas a dupla já começa a buscar recursos em outros ministérios. “Até agora foram editais culturais, área da saúde é outro processo que também a gente vem buscando, mas até agora a maioria dos editais são realmente culturais”, explica Dejeane.
Dentro da área cultural, além de financiamento via Lei de Incentivo à Cultura (LIC), pela qual será possível financiar o Teaprochega em 2024, as duas também esperam por apoio em um dos projetos que já foi aprovado pela Lei Rouanet, a nível federal.
“Já estamos com um projeto aprovado na Lei Rouanet, então estamos buscando patrocínio, todas as possibilidades que existem de melhora para acessar recursos com certeza vamos atrás e sempre na torcida para que possamos acessar os recursos”, conta Grazi ao ser questionada sobre as recentes mudanças sinalizadas pelo Ministério da Cultura para as regras da Lei Rouanet.
O apoio de empresários, que recebem redução de carga tributária quando apoiam essas propostas, é vital para a continuidade do atendimento às crianças e adolescentes com espectro autista. “Cada ano é um ano para a gente poder manter o projeto e conseguir manter essas famílias amparadas. Então a gente precisa sempre de apoiadores, de patrocinadores para dar continuidade”, sintetiza Dejeane.