ENSINO SUPERIOR
Aula magna dos cursos da saúde da Unisinos destaca a doação de órgãos
Atividade será nesta terça-feira (11), no auditório da biblioteca da Unisinos, em São Leopoldo, a partir das 19 horas
Última atualização: 04/03/2024 10:37
Conversar com a família sobre doação de órgãos é fundamental. Para se ter uma ideia, no ano passado, o percentual de recusa para a doação de órgãos foi de 47%, conforme a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO). Para colocar o assunto em destaque, a aula magna dos cursos da saúde da Unisinos terá como tema O processo de doação e transplante de órgãos e tecidos: o exemplo de Santa Catarina.
O evento contará com a presença do coordenador da Central de Transplantes de Santa Catarina, Joel de Andrade. Ele participa da aula magna por meio do projeto Cultura Doadora, da Fundação Ecarta. A atividade ocorre hoje, dia 11 de abril, às 19 horas, no auditório da Biblioteca do câmpus São Leopoldo.
Andrade irá falar do trabalho que mantém o Estado catarinense como líder isolado em doação e transplante de órgãos, enquanto o Rio Grande do Sul caiu para a oitava posição. "Pelo 14º ano, em 18, conseguimos a liderança isolada da doação de órgãos no País. Nos outros quatro anos fomos o segundo melhor Estado brasileiro. Do ponto de vista dos transplantes, nosso resultado foi excelente", enfatiza Andrade, que é médico intensivista.
"Cultura Doadora"
"O objetivo é levar a temática para os cursos da área da saúde e saber os aspectos que diferenciam os resultados positivos de Santa Catarina com os demais", registra o presidente da Fundação Ecarta, Marcos Fuhr. A fundação é responsável pelo projeto Cultura Doadora, que tem parceira da Unisinos. Segundo o projeto, as famílias de Santa Catarina estão entre as que mais autorizam doações de órgãos no Brasil. Enquanto no País a taxa de negativa familiar foi de 47% em 2022, a mais alta dos últimos dez anos, em Santa Catarina e Paraná foi de 28%.
Sistema desenvolvido há quase duas décadas
“Os números mostram a maturidade de um sistema que se desenvolveu há quase duas décadas e que tem tido a iniciativa de melhorar a cada ano com um resultado que mostra, por um lado, a eficiência do sistema, por outro, a solidariedade do povo catarinense. Dessa forma as pessoas que precisam de transplantes têm tido suas demandas atendidas”, explica Andrade.