VALE DO SINOS
Atrasada e mais cara, obra de ponte em Estância Velha deve ser concluída até junho
Construção foi interrompida para alterações no projeto, que foi divido em duas etapas. Não há data definida para a retomada dos trabalhos
Última atualização: 18/01/2024 10:58
Com atraso e mais cara do que o previsto inicialmente, a construção da ponte sobre o Arroio Estância Velha, no bairro Quintas, interior do município, deve ser entregue pela prefeitura no final do primeiro semestre. A obra deveria ser finalizada em maio de 2022, mas, com a prorrogação, isso deve ocorrer somente em junho deste ano.
A nova ponte vai custar cerca de R$ 500 mil – 40% a mais do que o orçado num primeiro momento. É que o projeto precisou sofrer alterações e foi dividido em duas etapas. Não há data definida para a retomada dos trabalhos, que foram interrompidos.
A primeira fase será dedicada à instalação de 24 estacas de concreto pré-moldado: 12 de cada lado do leito do rio, com cerca de dez metros de comprimento. "Estamos finalizando a nova licitação, que dever ser lançada nos próximos dias. Vencido o processo licitatório, a empresa vencedora terá um mês para concluir a primeira parte do projeto", explica a engenheira da Prefeitura de Estância Velha Gisele do Amaral Canary. Esta etapa não estava prevista no projeto inicial.
À época, o projeto da nova ponte havia sido feito por empresa terceirizada. Com o projeto concluído, a obra foi licitada, e a empresa vencedora da licitação, a Construlog LTDA., fabricou a estrutura base antes de iniciar qualquer outra ação. "Em setembro de 2022, a empresa realizou a retirada da ponte antiga (de madeira) - que ainda servia como passagem dos pedestres - para iniciar a instalação da nova estrutura. Quando a obra de construção da nova ponte se iniciou, o solo no local (dentro do arroio) apresentou problemas", diz a nota da Prefeitura de Estância Velha. "Na verdade o solo não se comportou como imaginávamos e acabou desabando", complementa Gisele.
Para evitar um acidente com os profissionais da obra, o serviço foi interrompido momentaneamente, e a Prefeitura contratou nova sondagem de solo antes de dar sequência aos trabalhos. O novo estudo foi concluído no fim do mês de outubro.
"Foi preciso abrir novo processo licitatório, já que esta etapa de estaqueamento não estava prevista no primeiro", explica a engenheira, que destaca o grau de complexidade da obra. "Em dez anos atuando no serviço público aqui em Estância, essa é a obra mais complicada, justamente pelas características do solo e proporções da estrutura", avalia,
A segunda fase será de instalação da estrutura de concreto da ponte em si. Posteriormente, deve ser iniciada a cura da concretagem das bases. Finalizada a etapa, o acesso terá 14,5 metros de extensão por seis de largura. Além da pavimentação da pista de rolamento, a ponte terá passeio de um dos lados. O projeto também prevê a implantação de equipamentos de segurança para pedestres, como travessia elevada e sinalização.
Desafio para moradores da região
A obra foi contratada pela Prefeitura estanciense em janeiro do ano passado. No mesmo mês, a Defesa Civil isolou o local para a passagem de veículos, alegando risco de desabamento da estrutura. Em setembro, o acesso a pedestres foi interrompido, pois a obra estaria prestes a começar. Cerca de 20 famílias ficaram isoladas sem a ponte que ligava a Rua Arsilda Trein à Avenida Primeiro de Maio.
Na ocasião, moradores improvisaram uma "pinguela" com toras de madeira, para fazer o trajeto. Na última semana, a estrutura foi substituída por uma ponte improvisada. "A gente tinha que passar quase dentro d'água (do rio), era muito perigoso, ainda mais de noite. A gente usava a lanterna do celular para passar por aqui, porque nem iluminação pública tem", relata um morador.
A estrutura serve para a passagem de carros e motocicletas. Veículos mais pesados precisam utilizar os desvios. Uma alternativa é pela Avenida Campo Grande, no bairro Campo Grande, por onde o percurso chega a 2,6 km; outra opção é pela Rua Henrique Konrath Filho, no bairro Lira, por onde os motoristas percorrem 1,7 km. A estrada não possui pavimentação e, muitas vezes, o trajeto é feito às escuras.
"Eu não me arrisco depois que escurece, porque, se acontece alguma coisa, nem sinal de celular pega direito", comenta o morador João Marcelo de Souza, 50 anos.
Com atraso e mais cara do que o previsto inicialmente, a construção da ponte sobre o Arroio Estância Velha, no bairro Quintas, interior do município, deve ser entregue pela prefeitura no final do primeiro semestre. A obra deveria ser finalizada em maio de 2022, mas, com a prorrogação, isso deve ocorrer somente em junho deste ano.
A nova ponte vai custar cerca de R$ 500 mil – 40% a mais do que o orçado num primeiro momento. É que o projeto precisou sofrer alterações e foi dividido em duas etapas. Não há data definida para a retomada dos trabalhos, que foram interrompidos.
A primeira fase será dedicada à instalação de 24 estacas de concreto pré-moldado: 12 de cada lado do leito do rio, com cerca de dez metros de comprimento. "Estamos finalizando a nova licitação, que dever ser lançada nos próximos dias. Vencido o processo licitatório, a empresa vencedora terá um mês para concluir a primeira parte do projeto", explica a engenheira da Prefeitura de Estância Velha Gisele do Amaral Canary. Esta etapa não estava prevista no projeto inicial.
À época, o projeto da nova ponte havia sido feito por empresa terceirizada. Com o projeto concluído, a obra foi licitada, e a empresa vencedora da licitação, a Construlog LTDA., fabricou a estrutura base antes de iniciar qualquer outra ação. "Em setembro de 2022, a empresa realizou a retirada da ponte antiga (de madeira) - que ainda servia como passagem dos pedestres - para iniciar a instalação da nova estrutura. Quando a obra de construção da nova ponte se iniciou, o solo no local (dentro do arroio) apresentou problemas", diz a nota da Prefeitura de Estância Velha. "Na verdade o solo não se comportou como imaginávamos e acabou desabando", complementa Gisele.
Para evitar um acidente com os profissionais da obra, o serviço foi interrompido momentaneamente, e a Prefeitura contratou nova sondagem de solo antes de dar sequência aos trabalhos. O novo estudo foi concluído no fim do mês de outubro.
"Foi preciso abrir novo processo licitatório, já que esta etapa de estaqueamento não estava prevista no primeiro", explica a engenheira, que destaca o grau de complexidade da obra. "Em dez anos atuando no serviço público aqui em Estância, essa é a obra mais complicada, justamente pelas características do solo e proporções da estrutura", avalia,
A segunda fase será de instalação da estrutura de concreto da ponte em si. Posteriormente, deve ser iniciada a cura da concretagem das bases. Finalizada a etapa, o acesso terá 14,5 metros de extensão por seis de largura. Além da pavimentação da pista de rolamento, a ponte terá passeio de um dos lados. O projeto também prevê a implantação de equipamentos de segurança para pedestres, como travessia elevada e sinalização.
Desafio para moradores da região
A obra foi contratada pela Prefeitura estanciense em janeiro do ano passado. No mesmo mês, a Defesa Civil isolou o local para a passagem de veículos, alegando risco de desabamento da estrutura. Em setembro, o acesso a pedestres foi interrompido, pois a obra estaria prestes a começar. Cerca de 20 famílias ficaram isoladas sem a ponte que ligava a Rua Arsilda Trein à Avenida Primeiro de Maio.
Na ocasião, moradores improvisaram uma "pinguela" com toras de madeira, para fazer o trajeto. Na última semana, a estrutura foi substituída por uma ponte improvisada. "A gente tinha que passar quase dentro d'água (do rio), era muito perigoso, ainda mais de noite. A gente usava a lanterna do celular para passar por aqui, porque nem iluminação pública tem", relata um morador.
A estrutura serve para a passagem de carros e motocicletas. Veículos mais pesados precisam utilizar os desvios. Uma alternativa é pela Avenida Campo Grande, no bairro Campo Grande, por onde o percurso chega a 2,6 km; outra opção é pela Rua Henrique Konrath Filho, no bairro Lira, por onde os motoristas percorrem 1,7 km. A estrada não possui pavimentação e, muitas vezes, o trajeto é feito às escuras.
"Eu não me arrisco depois que escurece, porque, se acontece alguma coisa, nem sinal de celular pega direito", comenta o morador João Marcelo de Souza, 50 anos.