REGIÃO
Ato solene marca reabertura de escola incendiada em Capela de Santana
Aulas serão retomadas nesta quarta-feira (3) no local; para a Polícia, duas adolescentes, alunas da instituição, foram as responsáveis pelo sinistro na semana passada
Última atualização: 06/03/2024 11:28
Um ato solene com a presença de estudantes, pais, colaboradores e agentes das forças de segurança marcou, nesta terça-feira (2), a reabertura da Escola Municipal de Ensino Fundamental Nossa Senhora das Graças, na localidade de Pareci Velho, em Capela de Santana. Na semana passada o local foi alvo de um incêndio que, segundo a Polícia Civil, teria sido cometido por duas adolescentes, alunas do 9º ano da instituição. O sinistro destruiu a sala de informática, uma sala de aula e o banheiro, onde teria iniciado o incêndio, além de danificar o telhado da cozinha.
Depois de um intenso trabalho de limpeza, os espaços atingidos foram isolados para que as aulas pudessem ser retomadas a partir desta quarta-feira (3). Antes disso, no entanto, a equipe diretiva da escola promoveu uma atividade para homenagear todas as pessoas que de uma ou de outra forma colaboraram para a evacuação no prédio, controle das chamas e reorganização da escola.
Ao todo, 30 pessoas entre bombeiros, policiais, funcionários e moradores próximos receberam um diploma de honra ao mérito escolar pela contribuição em favor da educação."Muita gente se envolveu para nos ajudar, tínhamos que agradecer a todas elas", comenta a diretora da escola, Dionéia Horn.
Após as entregas dos diplomas e falas das autoridades, um ato simbólico marcou a reabertura do portões da instituição, agora pronta para voltar a receber seus 185 alunos do Pré ao nono ano. O ato contou com a participação de Dionéia e também da secretária da escola, Raquel Nonnemacher, do secretário municipal de Educação e Cultura, João Leomar de Almeida, e da aluna do Pré, Emily Roveda, 5.
"Realizamos algumas adaptações para que os estudantes pudessem voltar. Tudo isto que aconteceu deixou nossa escola muito mais viva, nossas perdas nos deixaram mais fortes e demonstrou o quanto amamos a nossa escola", avalia a diretora.
Comunidade mobilizada para amenizar as perdas
Atual diretora, Dionéia trabalha há 27 anos na escola Nossa Senhora das Graças e diz não saber explicar o que sentiu vendo o local incendiar. "Dói muito. É como se a nossa própria casa estivesse ruindo. O sentimento de pertencimento com a escola é muito forte, por isso não conseguimos entender como as duas alunas tiveram coragem de fazer o que fizeram", comenta Dionéia.
Com o incêndio, a escola perdeu todos os computadores do laboratório de informática, que havia entrado em funcionamento dias antes do sinistro, e os instrumentos da banda da escola, a primeira banda do município e que conta com cerca de 30 integrantes. Com os ensaios para o desfile de 7 de Setembro marcados para começar neste mês, os integrantes da banda correm contra o tempo para conseguirem reorganizar o grupo a tempo da preparação.
E para isto eles contam com um importante apoio da comunidade capelense. "Um grupo de ex-alunas da escola se mobilizou e organizou uma rifa com diferentes brindes doados por moradores de Capela. O dinheiro arrecadado com a rifa será revertido para a compra dos instrumentos da banda", explica a diretora.
Professora destaca união e força para recomeçar
Professora do turno da tarde, Magali Müller viu de casa as chamas do incêndio que atingiu a escola onde trabalha há 12 anos. "Quando cheguei aqui e vi a dimensão dos estragos fiquei horrorizada. A lição que tiramos disso tudo é de que a vida é feita de altos e baixos e também de recomeços. Agora estamos muito mais unidos e fortes para recomeçarmos", diz.
Moradora da localidade de Pareci Velho, a confeiteira Mônica Ewerling,36 anos, participou do ato solene ao lado da filha Ingrid, aluna do 7º ano da escola. "É um momento de recomeço, de reflexão e também de agradecermos e destacarmos a competência de tantas pessoas que trabalharam para que não ocorresse algo muito pior na escola", opina Mônica.
Aluna será transferida e outra segue desaparecida
Na sexta-feira passada (28) a Polícia Civil remeteu ao Ministério Público o inquérito responsabilizando duas adolescentes, de 15 e 17 anos, pelo incêndio na escola. Segundo a investigação, presidida pelo delegado Fábio Motta Lopes, as duas adolescentes colocaram fogo em uma toalha, no banheiro feminino da escola, com um isqueiro e álcool. Cabe ao MP dar seguimento ao caso.
Segundo ele, a pena prevista pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) para o fato, que se compara ao crime de incêndio, previsto no Código Penal, é de advertência ou internação por até três anos. Segundo a direção da escola, a família da menina de 15 anos pediu transferência dela para uma outra instituição de ensino. Já a garota de 17 está desaparecida desde a semana passada.
Um ato solene com a presença de estudantes, pais, colaboradores e agentes das forças de segurança marcou, nesta terça-feira (2), a reabertura da Escola Municipal de Ensino Fundamental Nossa Senhora das Graças, na localidade de Pareci Velho, em Capela de Santana. Na semana passada o local foi alvo de um incêndio que, segundo a Polícia Civil, teria sido cometido por duas adolescentes, alunas do 9º ano da instituição. O sinistro destruiu a sala de informática, uma sala de aula e o banheiro, onde teria iniciado o incêndio, além de danificar o telhado da cozinha.
Depois de um intenso trabalho de limpeza, os espaços atingidos foram isolados para que as aulas pudessem ser retomadas a partir desta quarta-feira (3). Antes disso, no entanto, a equipe diretiva da escola promoveu uma atividade para homenagear todas as pessoas que de uma ou de outra forma colaboraram para a evacuação no prédio, controle das chamas e reorganização da escola.
Ao todo, 30 pessoas entre bombeiros, policiais, funcionários e moradores próximos receberam um diploma de honra ao mérito escolar pela contribuição em favor da educação."Muita gente se envolveu para nos ajudar, tínhamos que agradecer a todas elas", comenta a diretora da escola, Dionéia Horn.
Após as entregas dos diplomas e falas das autoridades, um ato simbólico marcou a reabertura do portões da instituição, agora pronta para voltar a receber seus 185 alunos do Pré ao nono ano. O ato contou com a participação de Dionéia e também da secretária da escola, Raquel Nonnemacher, do secretário municipal de Educação e Cultura, João Leomar de Almeida, e da aluna do Pré, Emily Roveda, 5.
"Realizamos algumas adaptações para que os estudantes pudessem voltar. Tudo isto que aconteceu deixou nossa escola muito mais viva, nossas perdas nos deixaram mais fortes e demonstrou o quanto amamos a nossa escola", avalia a diretora.
Comunidade mobilizada para amenizar as perdas
Atual diretora, Dionéia trabalha há 27 anos na escola Nossa Senhora das Graças e diz não saber explicar o que sentiu vendo o local incendiar. "Dói muito. É como se a nossa própria casa estivesse ruindo. O sentimento de pertencimento com a escola é muito forte, por isso não conseguimos entender como as duas alunas tiveram coragem de fazer o que fizeram", comenta Dionéia.
Com o incêndio, a escola perdeu todos os computadores do laboratório de informática, que havia entrado em funcionamento dias antes do sinistro, e os instrumentos da banda da escola, a primeira banda do município e que conta com cerca de 30 integrantes. Com os ensaios para o desfile de 7 de Setembro marcados para começar neste mês, os integrantes da banda correm contra o tempo para conseguirem reorganizar o grupo a tempo da preparação.
E para isto eles contam com um importante apoio da comunidade capelense. "Um grupo de ex-alunas da escola se mobilizou e organizou uma rifa com diferentes brindes doados por moradores de Capela. O dinheiro arrecadado com a rifa será revertido para a compra dos instrumentos da banda", explica a diretora.
Professora destaca união e força para recomeçar
Professora do turno da tarde, Magali Müller viu de casa as chamas do incêndio que atingiu a escola onde trabalha há 12 anos. "Quando cheguei aqui e vi a dimensão dos estragos fiquei horrorizada. A lição que tiramos disso tudo é de que a vida é feita de altos e baixos e também de recomeços. Agora estamos muito mais unidos e fortes para recomeçarmos", diz.
Moradora da localidade de Pareci Velho, a confeiteira Mônica Ewerling,36 anos, participou do ato solene ao lado da filha Ingrid, aluna do 7º ano da escola. "É um momento de recomeço, de reflexão e também de agradecermos e destacarmos a competência de tantas pessoas que trabalharam para que não ocorresse algo muito pior na escola", opina Mônica.
Aluna será transferida e outra segue desaparecida
Na sexta-feira passada (28) a Polícia Civil remeteu ao Ministério Público o inquérito responsabilizando duas adolescentes, de 15 e 17 anos, pelo incêndio na escola. Segundo a investigação, presidida pelo delegado Fábio Motta Lopes, as duas adolescentes colocaram fogo em uma toalha, no banheiro feminino da escola, com um isqueiro e álcool. Cabe ao MP dar seguimento ao caso.
Segundo ele, a pena prevista pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) para o fato, que se compara ao crime de incêndio, previsto no Código Penal, é de advertência ou internação por até três anos. Segundo a direção da escola, a família da menina de 15 anos pediu transferência dela para uma outra instituição de ensino. Já a garota de 17 está desaparecida desde a semana passada.