COMUNIDADE
Ato marca a união no combate à intolerância religiosa em São Leopoldo
Iniciativa foi motivada depois de Ilê, no bairro Feitoria, ser alvo de ameaças na véspera de Natal
Última atualização: 23/01/2024 12:16
A Secretaria Municipal de Direitos Humanos (Sedhu) promoveu, na noite desta segunda-feira (22), um ato contra a intolerância religiosa no Ilê de Oxalá Jobokum e Ógun Onire, localizado no bairro Feitoria, em São Leopoldo.
Realizada por meio do Departamento de Igualdade Racial, a ação reuniu diversas autoridades políticas e líderes religiosos de diversas crenças para debater as melhores formas de prevenção a casos de intolerância como os que ocorreram contra o Ilê do Pai Marcello D'Ogum Oniré na véspera do Natal de 2023.
Na ocasião, a câmera de segurança do local flagrou três pessoas proferindo ameaças e ofensas ao espaço, permanecendo na calçada por quinze minutos.
Ataques
O Pai Marcello, como é conhecido, comentou as agressões sofridas pelo local e posicionou-se a respeito do assunto. "Não culpo policiais, o B.O que eu registrei foi acatado, deferido e isso mostra que há interesse. Eu confio na justiça dos homens e na justiça divina para que chegue o tempo de dar um basta nisso, chega dessa violência, chega desse radicalismo", defendeu. "Eu sempre falo, não adianta falar axé, amém, shalom, se tu não tiver paz e amor para oferecer para as pessoas", prosseguiu.
Entre os líderes religiosos presentes no ato estava o reitor do Santuário Padre Reus, padre Raimundo Nonato Rezende, que manifestou sua solidariedade à casa de religiões de matrizes africanas. "Guardei no meu coração, pai Marcello, e usei em minhas homilias de Natal, uma fala que o senhor fez, que o seu sonho é que um dia todas as religiões deem as mãos, e que isso acontecendo, o mundo será outro", disse, emocionando-se em seguida.
"Como cristão católico, falo com toda a convicção que Jesus Cristo abomina um ato desses", continuou, referindo-se às ameaças sofridas pelo terreiro.
Prevenção
Em entrevista ao Jornal VS, a secretária interina da Sedhu, Basília da Silva Cantanhede, mencionou as medidas atuais de combate à intolerância religiosa. Segundo ela, trata-se do selo São Leopoldo Sem Racismo, que pode ser solicitado ao Departamento de Igualdade Racial por escolas, instituições, autarquias, fundações, estabelecimentos comerciais, tanto órgãos públicos como da iniciativa privada. Basília afirma, ainda, que há planos para ampliar esse combate no município.
“Temos diversos projetos que ainda não saíram do papel. Um deles é o território sagrado, que deve ser ao lado da rodoviária, onde já tem um espaço em que eles colocam as oferendas e os orixás”, exemplifica.
A Secretaria Municipal de Direitos Humanos (Sedhu) promoveu, na noite desta segunda-feira (22), um ato contra a intolerância religiosa no Ilê de Oxalá Jobokum e Ógun Onire, localizado no bairro Feitoria, em São Leopoldo.
Realizada por meio do Departamento de Igualdade Racial, a ação reuniu diversas autoridades políticas e líderes religiosos de diversas crenças para debater as melhores formas de prevenção a casos de intolerância como os que ocorreram contra o Ilê do Pai Marcello D'Ogum Oniré na véspera do Natal de 2023.
Na ocasião, a câmera de segurança do local flagrou três pessoas proferindo ameaças e ofensas ao espaço, permanecendo na calçada por quinze minutos.
Ataques
O Pai Marcello, como é conhecido, comentou as agressões sofridas pelo local e posicionou-se a respeito do assunto. "Não culpo policiais, o B.O que eu registrei foi acatado, deferido e isso mostra que há interesse. Eu confio na justiça dos homens e na justiça divina para que chegue o tempo de dar um basta nisso, chega dessa violência, chega desse radicalismo", defendeu. "Eu sempre falo, não adianta falar axé, amém, shalom, se tu não tiver paz e amor para oferecer para as pessoas", prosseguiu.
Entre os líderes religiosos presentes no ato estava o reitor do Santuário Padre Reus, padre Raimundo Nonato Rezende, que manifestou sua solidariedade à casa de religiões de matrizes africanas. "Guardei no meu coração, pai Marcello, e usei em minhas homilias de Natal, uma fala que o senhor fez, que o seu sonho é que um dia todas as religiões deem as mãos, e que isso acontecendo, o mundo será outro", disse, emocionando-se em seguida.
"Como cristão católico, falo com toda a convicção que Jesus Cristo abomina um ato desses", continuou, referindo-se às ameaças sofridas pelo terreiro.
Prevenção
Em entrevista ao Jornal VS, a secretária interina da Sedhu, Basília da Silva Cantanhede, mencionou as medidas atuais de combate à intolerância religiosa. Segundo ela, trata-se do selo São Leopoldo Sem Racismo, que pode ser solicitado ao Departamento de Igualdade Racial por escolas, instituições, autarquias, fundações, estabelecimentos comerciais, tanto órgãos públicos como da iniciativa privada. Basília afirma, ainda, que há planos para ampliar esse combate no município.
“Temos diversos projetos que ainda não saíram do papel. Um deles é o território sagrado, que deve ser ao lado da rodoviária, onde já tem um espaço em que eles colocam as oferendas e os orixás”, exemplifica.