Dentro de aproximadamente três meses o Hospital de Rolante passará a ser referência em atendimento dermatológico para municípios dos Vales do Paranhana e Sinos que compõem as regiões 6 e 7 das Regiões de Saúde do Rio Grande do Sul.
O anúncio foi feito pela secretária de Saúde do Estado, Arita Bergmann, em visita feita à instituição no dia 25 de outubro. A abrangência nos atendimentos pegou de surpresa os gestores do hospital. “O Hospital se colocou à disposição para ser referência para a região seis, que envolve todos os municípios do Vale do Paranhana”, revela o diretor-executivo do hospital, Luis Genaro Ladereche Figoli.
Entretanto, durante a visita da secretária foi revelado que o número de atendimentos seria bem maior. “Foi durante a visita da secretária que ficamos sabendo que assumiremos não apenas a região 6, mas também a região 7 que está sem referência.”
Na ocasião do anúncio, Arita destacou a medida como forma de desafogar os atendimentos hoje realizados em Porto Alegre. “As lideranças locais estão empenhadas cada vez mais em regionalizar a saúde, levando o serviço mais próximo aos cidadãos. E esses projetos tem o meu apoio e do governador Eduardo Leite”, comentou.
Com a medida os pacientes dermatológicos das cidades de: Cambará do Sul, Igrejinha, Parobé, Riozinho, São Francisco de Paula, Taquara, Três Coroas, Araricá, Campo Bom, Dois Irmãos, Estância Velha, Ivoti, Lindolfo Collor, Morro Reuter, Nova Hartz, Novo Hamburgo, Portão, Presidente Lucena, Santa Maria do Herval, São Leopoldo, Sapiranga, São José do Hortêncio, passam a ter o Hospital de Rolante como referência, que também seguirá como referência para os pacientes do próprio município.
Preparados
Mesmo com o alto número de cidades que terão o Hospital como referência, Figoli garante que a instituição tem plenas condições de atender a nova demanda. “O número de procedimentos que vou fazer é o mesmo se fosse apenas a região 6. Pelo Assistir sou obrigado a fazer 210 consultas e 30 procedimentos”, explica.
Para custear a nova demanda o governo estadual deve injetar mais recursos, mas de acordo com os já contratados. “O programa prevê um incentivo de R$ 70 mil pela habilitação mais a produção ambulatorial, seja cirurgia ou procedimentos”, esclarece Figoli.
O dinheiro de repasse do governo estadual é pré-fixado, e pode ser reduzido caso a instituição não cumpra as metas estabelecidas. “Esse valor é global que a gente recebe, e depois é feito uma avaliação trimestral se o hospital não cumpriu as metas daí é feito um desconto pelo que não foi produzido”, aponta Figoli, que ainda garante que o Hospital de Rolante tem condições de absorver a nova demanda.
A divisão de atendimento não estava nos planos iniciais da gestão do Hospital de Rolante. Ainda assim, Figoli acredita que os pacientes do Vale do Sinos já terão uma situação melhor do que a atual. “Se abre uma porta, obviamente terá menos disponibilidade de consultas e procedimentos para a região 6 porque terá que se dividir com a região 7. Para quem não tem atendimento, abrir uma porta sempre será melhor do que não ter”, minimiza.
Na avaliação do diretor-executivo do hospital, algumas cidades da região sequer precisarão buscar atendimento em Rolante. “Pode ser que algum município não tenha demanda, por exemplo, Taquara tem um dermato próprio.”
De acordo com ele, os municípios que precisam do atendimento devem se inscrever no sistema eletrônico da SES. “Se sobrarem vagas em um primeiro momento, o outro pode se apropriar das outras vagas”, afirma.
Para que a referência seja efetivada faltam trâmites burocráticos, o que na previsão de Figoli devem ser finalizados até janeiro de 2024.
Investimentos e ampliação
Oficialmente, Arita visitou o hospital em outubro para acompanhar o andamento da reforma da fachada, ampliação das salas de tomografia, endoscopia e colonoscopia e central de gases, entre outras melhorias que estão sendo feitas no Hospital de Rolante.
O investimento total é de R$ 695 mil, sendo a maior parte, R$ 536,4 mil do governo do Estado. Outros R$ 159 mil foram injetados pelo governo municipal. Já a Fundação Hospitalar também destinou recursos próprios na reforma de quartos, investimento na infraestrutura, distribuição da rede de gases e pintura.
Na ocasião também foi apresentado para a secretária o projeto de ampliação chamado Hospital 2.0, que prevê a criação de mais 15 leitos. Além disso, foi feito um pedido para a aquisição de um novo tomógrafo. A expectativa é de que esses recursos sejam previstos na próxima etapa do programa Avançar Saúde.
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