FLAGRANTE
Assessor do governo do Estado é preso com arma e munições em Novo Hamburgo
CC da Casa Civil, que foi solto sob fiança, estava com outro indiciado e uma advogada na frente de casa vinculada à facção do Vale do Sinos
Última atualização: 15/08/2024 16:50
Um cargo em comissão (CC) do governo do Estado que trabalha na Casa Civil, no Palácio Piratini, foi preso com uma pistola turca e mais de 40 munições em Novo Hamburgo. O flagrante, que envolve nebulosa vinculação ao crime organizado, aconteceu no último dia 26 e vinha sendo mantido sob sigilo.
Conforme apurado pela reportagem, o servidor público de 42 anos pagou fiança de dois salários mínimos — R$ 2.640,00 — e foi liberado. Segundo a Polícia Civil, o inquérito será enviado nos próximos dias ao Judiciário com indiciamento por porte ilegal de arma.
Avisada sobre pichação de uma facção de Porto Alegre na casa de um líder de grupo rival do Vale do Sinos, no bairro Roselândia, em Novo Hamburgo, a Brigada Militar foi averiguar possível conflito entre criminosos na área. Na frente do imóvel informado, na Rua Evaldo Scheid, às 22h15, a Força Tática constatou o ato de vandalismo e abordou dois suspeitos. Um deles era o assessor da Casa Civil.
Chão e bolso
De acordo com a corporação, ao avistar a viatura, o servidor público se abaixou atrás de um carro e jogou um objeto no chão. Era uma pistola Canik calibre 9 milímetros municiada. No bolso dele, conforme os policiais, havia dois estojos carregados do mesmo calibre. Deu um total de 40 projéteis avulsos. Ao mesmo tempo foi abordado outro homem, de 43 anos, em um canto escuro do muro, com uma pistola calibre 380 e um carregador.
Investigação deve continuar
Segundo a BM, a abordagem foi filmada por duas mulheres. Uma se identificou como advogada. O funcionário público, que mora em Porto Alegre, e o outro preso, com endereço na Roselândia, foram algemados e levados à Central de Polícia de Novo Hamburgo.
Liberado após interrogatório, autuação em flagrante e pagamento da fiança, o CC está desde janeiro deste ano na Casa Civil e tem salário de R$ 7,5 mil. O suposto comparsa foi solto no dia seguinte na audiência de custódia. Mesmo com a finalização do inquérito por porte ilegal de arma, os nomes não são informados porque o caso seguirá sob investigação.
Casa Civil diz que soube pela reportagem
Em nota na noite desta quinta-feira (1º), a Casa Civil diz que ficou sabendo da prisão pela reportagem. “A Casa Civil identificou que o fato ocorreu em horário fora de expediente — às 22h15 da sexta-feira (26/5), conforme registro da Secretaria da Segurança Pública. Será instaurado um procedimento interno para ser dado o encaminhamento necessário.”
Defensora afirma que marido não estava armado
A advogada do servidor público é a mulher dele. A criminalista afirma que o marido não estava armado. Argumenta que foi à Roselândia a pedido de clientes, preocupados com a pichação na casa de um traficante que teria sido feita por facção rival. “É meu trabalho. E meu marido foi junto para minha segurança, pois eu estava indo atrás das imagens. Na hora da abordagem, eu estava na frente da residência pichada. Meu carro estava ali estacionado.”
Segundo ela, a pistola turca foi encontrada pelos policiais no mato e atribuída indevidamente ao marido. Já o outro preso, conforme admite, estava armado. “Andava com arma pelas redondezas porque achou que os V7 (facção de Porto Alegre inimiga dos Manos) estavam rondando lá.”
A advogada acrescenta que fez a defesa dos dois na delegacia porque o flagrante envolvia a mesma circunstância. “Paguei a fiança do meu marido. Me senti mal, porque ele estava só me acompanhando. Não tem lógica ele andar armado.”
Um cargo em comissão (CC) do governo do Estado que trabalha na Casa Civil, no Palácio Piratini, foi preso com uma pistola turca e mais de 40 munições em Novo Hamburgo. O flagrante, que envolve nebulosa vinculação ao crime organizado, aconteceu no último dia 26 e vinha sendo mantido sob sigilo.
Conforme apurado pela reportagem, o servidor público de 42 anos pagou fiança de dois salários mínimos — R$ 2.640,00 — e foi liberado. Segundo a Polícia Civil, o inquérito será enviado nos próximos dias ao Judiciário com indiciamento por porte ilegal de arma.
Avisada sobre pichação de uma facção de Porto Alegre na casa de um líder de grupo rival do Vale do Sinos, no bairro Roselândia, em Novo Hamburgo, a Brigada Militar foi averiguar possível conflito entre criminosos na área. Na frente do imóvel informado, na Rua Evaldo Scheid, às 22h15, a Força Tática constatou o ato de vandalismo e abordou dois suspeitos. Um deles era o assessor da Casa Civil.
Chão e bolso
De acordo com a corporação, ao avistar a viatura, o servidor público se abaixou atrás de um carro e jogou um objeto no chão. Era uma pistola Canik calibre 9 milímetros municiada. No bolso dele, conforme os policiais, havia dois estojos carregados do mesmo calibre. Deu um total de 40 projéteis avulsos. Ao mesmo tempo foi abordado outro homem, de 43 anos, em um canto escuro do muro, com uma pistola calibre 380 e um carregador.
Investigação deve continuar
Segundo a BM, a abordagem foi filmada por duas mulheres. Uma se identificou como advogada. O funcionário público, que mora em Porto Alegre, e o outro preso, com endereço na Roselândia, foram algemados e levados à Central de Polícia de Novo Hamburgo.
Liberado após interrogatório, autuação em flagrante e pagamento da fiança, o CC está desde janeiro deste ano na Casa Civil e tem salário de R$ 7,5 mil. O suposto comparsa foi solto no dia seguinte na audiência de custódia. Mesmo com a finalização do inquérito por porte ilegal de arma, os nomes não são informados porque o caso seguirá sob investigação.
Casa Civil diz que soube pela reportagem
Em nota na noite desta quinta-feira (1º), a Casa Civil diz que ficou sabendo da prisão pela reportagem. “A Casa Civil identificou que o fato ocorreu em horário fora de expediente — às 22h15 da sexta-feira (26/5), conforme registro da Secretaria da Segurança Pública. Será instaurado um procedimento interno para ser dado o encaminhamento necessário.”
Defensora afirma que marido não estava armado
A advogada do servidor público é a mulher dele. A criminalista afirma que o marido não estava armado. Argumenta que foi à Roselândia a pedido de clientes, preocupados com a pichação na casa de um traficante que teria sido feita por facção rival. “É meu trabalho. E meu marido foi junto para minha segurança, pois eu estava indo atrás das imagens. Na hora da abordagem, eu estava na frente da residência pichada. Meu carro estava ali estacionado.”
Segundo ela, a pistola turca foi encontrada pelos policiais no mato e atribuída indevidamente ao marido. Já o outro preso, conforme admite, estava armado. “Andava com arma pelas redondezas porque achou que os V7 (facção de Porto Alegre inimiga dos Manos) estavam rondando lá.”
A advogada acrescenta que fez a defesa dos dois na delegacia porque o flagrante envolvia a mesma circunstância. “Paguei a fiança do meu marido. Me senti mal, porque ele estava só me acompanhando. Não tem lógica ele andar armado.”
Conforme apurado pela reportagem, o servidor público de 42 anos pagou fiança de dois salários mínimos — R$ 2.640,00 — e foi liberado. Segundo a Polícia Civil, o inquérito será enviado nos próximos dias ao Judiciário com indiciamento por porte ilegal de arma.
Avisada sobre pichação de uma facção de Porto Alegre na casa de um líder de grupo rival do Vale do Sinos, no bairro Roselândia, em Novo Hamburgo, a Brigada Militar foi averiguar possível conflito entre criminosos na área. Na frente do imóvel informado, na Rua Evaldo Scheid, às 22h15, a Força Tática constatou o ato de vandalismo e abordou dois suspeitos. Um deles era o assessor da Casa Civil.