VIOLÊNCIA
Assaltantes exigem Pix de pedestres em Novo Hamburgo
"Me agrediram, roubaram o dinheiro da minha conta e quebraram meu celular", relata vítima atacada no bairro Industrial
Última atualização: 02/02/2024 15:14
Sob mira de revólver, em trecho movimentado de Novo Hamburgo, um analista de comércio exterior de 35 anos foi obrigado a desbloquear o celular e fazer transferências bancárias que passam de R$ 5 mil. O assalto, à luz do dia, aponta para o agravamento do tradicional roubo a pedestre. “Me agrediram, roubaram o dinheiro da minha conta e quebraram meu celular”, relata a vítima, ainda assustada. Não é caso isolado.
O analista, que mora em outra região do Estado e estava em Novo Hamburgo a trabalho, caminhava na Rua Rui Barbosa, no bairro Industrial, por volta das 18 horas do último dia 7. “Fui abordado por dois ciclistas. Pensei que seria só o roubo do celular, mas fizeram eu destravar o aparelho e acabei ficando refém por uns 15 minutos.” Um assaltante apontava discretamente uma arma para o pedestre, enquanto o comparsa revistava a vítima com ameaças de morte e tapas no rosto.
“Quando viram que eu tinha aplicativo do banco e pesquisaram o saldo, mandaram eu fazer transferências por Pix. Só que eu havia feito pagamentos durante o dia, e já estava quase no limite das transações.” Os ladrões conseguiram um Pix de R$ 200 e dois de R$ 100 para a conta de uma laranja. Como os valores eram muito inferiores ao saldo da vítima, não se deram por satisfeitos.
Nervoso
“Mandaram eu dar meu cartão e a senha. Não conseguia raciocinar. Só pensava em obedecer pra não levar um tiro. Um deles espatifou meu celular no quadro da bicicleta, e foram rapidamente embora. Eu fiquei ali, nervoso, sem saber o que fazer. Minha primeira reação foi tentar contato com o banco, que consegui em uma hora, mas já tinham tirado R$ 5 mil da minha conta, possivelmente com máquina de cartão”, detalha o pedestre, que foi logo depois à Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento para registrar ocorrência.
“É uma quadrilha especializada”
Ao contrário da vítima, os assaltantes demonstraram calma e frieza. “Sabiam o que estavam fazendo. É uma quadrilha especializada, porque têm comparsas prontos para receber o dinheiro”, frisa o analista, que não demonstra esperança em reaver o dinheiro. “Fiz o BO [Boletim de Ocorrência] pelas questões que envolvem o banco. Nem sei o que vai acontecer com isso.”
Segundo a vítima, o ladrão armado que ficou na bicicleta era moreno de estatura média. O outro, “mais claro”, conforme a descrição, era maior, de aproximadamente 1,80 metro de altura, e tinha tatuagens nos dois braços. O analista informou no BO o nome da titular da conta que recebeu as transferências.
Assaltos são diários
Pelo menos 15 pedestres foram assaltados em Novo Hamburgo nos 13 primeiros dias do mês. Está na média da violência banalizada. Os crimes ocorreram em vários bairros e com uso de diferentes armas, como faca, revólver, pistola e até espingarda.
A arma longa, calibre 12, foi empregada em ataque a um casal na Rua Limoeiro, bairro Liberdade, por volta das 22h30 do dia 5. Estava com um criminoso conhecido na área, ajudado por um comparsa de faca. Os dois renderam um homem de 30 anos e a esposa de 34. Roubaram um celular e um relógio. Aflito sem o aparelho, o dono enviou mensagens para o WhatsApp do iPhone roubado e recebeu resposta imediata. Teria que pagar R$ 700 pela devolução. A vítima afirma que não aceitou a proposta.
Na manhã da última sexta-feira (11), um jovem de 25 anos arriscou a vida ao não entregar tudo o que os assaltantes queriam. Rendido por uma dupla que estava em uma moto na Rua Leão XIII, no bairro Hamburgo Velho, o pedestre deu o celular e a carteira com documentos e aproximadamente R$ 400 em dinheiro, mas jogou a mochila por um muro. O caroneiro, que encostou uma suposta arma nas costas da vítima, voltou à moto, que arrancou em fuga. A vítima recuperou a mochila.
Sob mira de revólver, em trecho movimentado de Novo Hamburgo, um analista de comércio exterior de 35 anos foi obrigado a desbloquear o celular e fazer transferências bancárias que passam de R$ 5 mil. O assalto, à luz do dia, aponta para o agravamento do tradicional roubo a pedestre. “Me agrediram, roubaram o dinheiro da minha conta e quebraram meu celular”, relata a vítima, ainda assustada. Não é caso isolado.
O analista, que mora em outra região do Estado e estava em Novo Hamburgo a trabalho, caminhava na Rua Rui Barbosa, no bairro Industrial, por volta das 18 horas do último dia 7. “Fui abordado por dois ciclistas. Pensei que seria só o roubo do celular, mas fizeram eu destravar o aparelho e acabei ficando refém por uns 15 minutos.” Um assaltante apontava discretamente uma arma para o pedestre, enquanto o comparsa revistava a vítima com ameaças de morte e tapas no rosto.
“Quando viram que eu tinha aplicativo do banco e pesquisaram o saldo, mandaram eu fazer transferências por Pix. Só que eu havia feito pagamentos durante o dia, e já estava quase no limite das transações.” Os ladrões conseguiram um Pix de R$ 200 e dois de R$ 100 para a conta de uma laranja. Como os valores eram muito inferiores ao saldo da vítima, não se deram por satisfeitos.
Nervoso
“Mandaram eu dar meu cartão e a senha. Não conseguia raciocinar. Só pensava em obedecer pra não levar um tiro. Um deles espatifou meu celular no quadro da bicicleta, e foram rapidamente embora. Eu fiquei ali, nervoso, sem saber o que fazer. Minha primeira reação foi tentar contato com o banco, que consegui em uma hora, mas já tinham tirado R$ 5 mil da minha conta, possivelmente com máquina de cartão”, detalha o pedestre, que foi logo depois à Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento para registrar ocorrência.
“É uma quadrilha especializada”
Ao contrário da vítima, os assaltantes demonstraram calma e frieza. “Sabiam o que estavam fazendo. É uma quadrilha especializada, porque têm comparsas prontos para receber o dinheiro”, frisa o analista, que não demonstra esperança em reaver o dinheiro. “Fiz o BO [Boletim de Ocorrência] pelas questões que envolvem o banco. Nem sei o que vai acontecer com isso.”
Segundo a vítima, o ladrão armado que ficou na bicicleta era moreno de estatura média. O outro, “mais claro”, conforme a descrição, era maior, de aproximadamente 1,80 metro de altura, e tinha tatuagens nos dois braços. O analista informou no BO o nome da titular da conta que recebeu as transferências.
Assaltos são diários
Pelo menos 15 pedestres foram assaltados em Novo Hamburgo nos 13 primeiros dias do mês. Está na média da violência banalizada. Os crimes ocorreram em vários bairros e com uso de diferentes armas, como faca, revólver, pistola e até espingarda.
A arma longa, calibre 12, foi empregada em ataque a um casal na Rua Limoeiro, bairro Liberdade, por volta das 22h30 do dia 5. Estava com um criminoso conhecido na área, ajudado por um comparsa de faca. Os dois renderam um homem de 30 anos e a esposa de 34. Roubaram um celular e um relógio. Aflito sem o aparelho, o dono enviou mensagens para o WhatsApp do iPhone roubado e recebeu resposta imediata. Teria que pagar R$ 700 pela devolução. A vítima afirma que não aceitou a proposta.
Na manhã da última sexta-feira (11), um jovem de 25 anos arriscou a vida ao não entregar tudo o que os assaltantes queriam. Rendido por uma dupla que estava em uma moto na Rua Leão XIII, no bairro Hamburgo Velho, o pedestre deu o celular e a carteira com documentos e aproximadamente R$ 400 em dinheiro, mas jogou a mochila por um muro. O caroneiro, que encostou uma suposta arma nas costas da vítima, voltou à moto, que arrancou em fuga. A vítima recuperou a mochila.
O analista, que mora em outra região do Estado e estava em Novo Hamburgo a trabalho, caminhava na Rua Rui Barbosa, no bairro Industrial, por volta das 18 horas do último dia 7. “Fui abordado por dois ciclistas. Pensei que seria só o roubo do celular, mas fizeram eu destravar o aparelho e acabei ficando refém por uns 15 minutos.” Um assaltante apontava discretamente uma arma para o pedestre, enquanto o comparsa revistava a vítima com ameaças de morte e tapas no rosto.