SENTENÇA
Assaltante de Novo Hamburgo é condenado por matar dois motoristas de app no Vale do Caí
"Meu negócio é roubar", declarou o criminoso de 21 anos quando foi preso em liberdade provisória
Última atualização: 01/03/2024 10:06
Um assaltante de Novo Hamburgo de 21 anos foi condenado, na última sexta-feira (31), a 50 anos de prisão por matar dois motoristas de aplicativos em sucessão de ataques no Vale do Caí. Os crimes aconteceram em abril do ano passado. As vítimas, de Sapiranga e Nova Santa Rita, levaram vários tiros. “Meu negócio é roubar”, declarou o acusado, com frieza, quando confessou os latrocínios. Mesmo com a condenação, o nome não é informado sob argumento do "segredo de justiça".A sentença é da juíza Priscila Anadon Carvalho, da 1ª Vara Judicial de São Sebastião do Caí. “O crime foi cometido mediante dissimulação, uma vez que o acusado, a fim de atrair a vítima, fingiu interesse na contratação de serviços de motorista, solicitando corridas através do aplicativo de transporte. Também presente o recurso que dificultou a defesa da vítima, já que o laudo pericial demonstra que os disparos se deram por indivíduo às costas da vítima”, fundamentou ela, sobre um dos ataques.
A magistrada também impôs ao réu indenização de danos morais de R$ 10 mil para cada família das vítimas. Priscila estabeleceu ainda que o condenado permaneça preso durante a apelação da sentença.
Solto no mesmo dia
Quando matou os motoristas de app, o morador do bairro Canudos estava em liberdade provisória por assaltos. Três meses antes, tinha sido preso em Novo Hamburgo com carro roubado e autuado em flagrante por receptação, mas acabou sendo solto no mesmo dia.
No início da madrugada de 9 de abril, chamou uma corrida de Novo Hamburgo para Bom Princípio, que foi aceita pelo motorista Marcos Miguel Menuzzi, 38, em um Ford Ka. O corpo foi encontrado por volta de 1h30 na Avenida Emancipação, perto do acesso a Bom Princípio, por duas pedestres. Estava com marcas de tiros dentro do carro. O celular e o dinheiro da vítima foram levados.
O cadáver ainda não tinha sido localizado quando o assassino pediu para um amigo chamar corrida em Bom Princípio para retornar a Novo Hamburgo. A vítima da vez foi o motorista Jeferson Murilo Soares, 33. O corpo, deixado à margem da RS-122, em São Sebastião do Caí, foi encontrado por volta das 5h30. O assaltante fugiu com o Onix da vítima e o abandonou perto de casa.
Menuzzi intensificava as corridas nos fins de semana para aumentar a renda da família, em Nova Santa Rita. Era casado e tinha dois filhos – um adolescente de 13 e uma menina de 4 anos. Soares tinha investido recentemente no Onix para trabalhar em transportes. O sapiranguense era casado e pai de menino de 8 anos.
Sem arrependimento
O assassino alegou que atirou porque os dois motoristas esboçaram reação. Relatou que queria roubar os carros para vendê-los no submundo da clonagem e peças, mas que abandonou um carro por medo de ser descoberto. A suspeita é que tenha agido com um comparsa, que não foi identificado.
“O indiciado contou em detalhes como agiu, sem demonstrar qualquer arrependimento. Disse que queria os carros das vítimas porque estava precisando de dinheiro para pagar uma dívida de R$ 20 mil e que venderia cada veículo por R$ 2 mil a um receptador”, comenta o delegado de Bom Princípio, Marcos Eduardo Pepe, que prendeu o criminoso na manhã de 20 de abril do ano passado, na casa onde morava com a mãe e uma irmã.
Um assaltante de Novo Hamburgo de 21 anos foi condenado, na última sexta-feira (31), a 50 anos de prisão por matar dois motoristas de aplicativos em sucessão de ataques no Vale do Caí. Os crimes aconteceram em abril do ano passado. As vítimas, de Sapiranga e Nova Santa Rita, levaram vários tiros. “Meu negócio é roubar”, declarou o acusado, com frieza, quando confessou os latrocínios. Mesmo com a condenação, o nome não é informado sob argumento do "segredo de justiça".A sentença é da juíza Priscila Anadon Carvalho, da 1ª Vara Judicial de São Sebastião do Caí. “O crime foi cometido mediante dissimulação, uma vez que o acusado, a fim de atrair a vítima, fingiu interesse na contratação de serviços de motorista, solicitando corridas através do aplicativo de transporte. Também presente o recurso que dificultou a defesa da vítima, já que o laudo pericial demonstra que os disparos se deram por indivíduo às costas da vítima”, fundamentou ela, sobre um dos ataques.
A magistrada também impôs ao réu indenização de danos morais de R$ 10 mil para cada família das vítimas. Priscila estabeleceu ainda que o condenado permaneça preso durante a apelação da sentença.
Solto no mesmo dia
Quando matou os motoristas de app, o morador do bairro Canudos estava em liberdade provisória por assaltos. Três meses antes, tinha sido preso em Novo Hamburgo com carro roubado e autuado em flagrante por receptação, mas acabou sendo solto no mesmo dia.
No início da madrugada de 9 de abril, chamou uma corrida de Novo Hamburgo para Bom Princípio, que foi aceita pelo motorista Marcos Miguel Menuzzi, 38, em um Ford Ka. O corpo foi encontrado por volta de 1h30 na Avenida Emancipação, perto do acesso a Bom Princípio, por duas pedestres. Estava com marcas de tiros dentro do carro. O celular e o dinheiro da vítima foram levados.
O cadáver ainda não tinha sido localizado quando o assassino pediu para um amigo chamar corrida em Bom Princípio para retornar a Novo Hamburgo. A vítima da vez foi o motorista Jeferson Murilo Soares, 33. O corpo, deixado à margem da RS-122, em São Sebastião do Caí, foi encontrado por volta das 5h30. O assaltante fugiu com o Onix da vítima e o abandonou perto de casa.
Menuzzi intensificava as corridas nos fins de semana para aumentar a renda da família, em Nova Santa Rita. Era casado e tinha dois filhos – um adolescente de 13 e uma menina de 4 anos. Soares tinha investido recentemente no Onix para trabalhar em transportes. O sapiranguense era casado e pai de menino de 8 anos.
Sem arrependimento
O assassino alegou que atirou porque os dois motoristas esboçaram reação. Relatou que queria roubar os carros para vendê-los no submundo da clonagem e peças, mas que abandonou um carro por medo de ser descoberto. A suspeita é que tenha agido com um comparsa, que não foi identificado.
“O indiciado contou em detalhes como agiu, sem demonstrar qualquer arrependimento. Disse que queria os carros das vítimas porque estava precisando de dinheiro para pagar uma dívida de R$ 20 mil e que venderia cada veículo por R$ 2 mil a um receptador”, comenta o delegado de Bom Princípio, Marcos Eduardo Pepe, que prendeu o criminoso na manhã de 20 de abril do ano passado, na casa onde morava com a mãe e uma irmã.
A magistrada também impôs ao réu indenização de danos morais de R$ 10 mil para cada família das vítimas. Priscila estabeleceu ainda que o condenado permaneça preso durante a apelação da sentença.
Solto no mesmo dia
Quando matou os motoristas de app, o morador do bairro Canudos estava em liberdade provisória por assaltos. Três meses antes, tinha sido preso em Novo Hamburgo com carro roubado e autuado em flagrante por receptação, mas acabou sendo solto no mesmo dia.
No início da madrugada de 9 de abril, chamou uma corrida de Novo Hamburgo para Bom Princípio, que foi aceita pelo motorista Marcos Miguel Menuzzi, 38, em um Ford Ka. O corpo foi encontrado por volta de 1h30 na Avenida Emancipação, perto do acesso a Bom Princípio, por duas pedestres. Estava com marcas de tiros dentro do carro. O celular e o dinheiro da vítima foram levados.
O cadáver ainda não tinha sido localizado quando o assassino pediu para um amigo chamar corrida em Bom Princípio para retornar a Novo Hamburgo. A vítima da vez foi o motorista Jeferson Murilo Soares, 33. O corpo, deixado à margem da RS-122, em São Sebastião do Caí, foi encontrado por volta das 5h30. O assaltante fugiu com o Onix da vítima e o abandonou perto de casa.
Menuzzi intensificava as corridas nos fins de semana para aumentar a renda da família, em Nova Santa Rita. Era casado e tinha dois filhos – um adolescente de 13 e uma menina de 4 anos. Soares tinha investido recentemente no Onix para trabalhar em transportes. O sapiranguense era casado e pai de menino de 8 anos.