REGIÃO
Asfaltamento de desvio de pedágio pode ser definido hoje em Portão
Prefeitura cogita obra caso não haja isenção do pedágio a portanenses
Última atualização: 22/01/2024 15:19
A colocação de pavimento asfáltico ou não no trecho de chão batido e calçamento do desvio do pedágio de Portão será tema de reunião na manhã de hoje na cidade. Conforme o prefeito Delmar Hoff, o Kiko, a administração municipal deve tratar da pauta com a nova concessionária - que assumirá a praça a partir de amanhã - e debater os novos valores determinados para o ponto e a possível continuidade da isenção para moradores da cidade. Em caso negativo para isenção, Hoff já havia sinalizado com a opção de asfaltar o trecho.
Enquanto a decisão não sai, os moradores observam que o movimento, que já costuma ser grande no desvio do pedágio no município de Portão, deve aumentar ainda mais a partir desta quarta-feira, quando o valor para cruzar a cancela, que fica entre as Rss 240 e 122, subirá 83% - passando de R$ 6,50 para R$ 11,90, no caso de veículos leves.
A praça de pedágio da cidade passará à gestão da concessionária Caminhos da Serra Gaúcha (CSG) e, com isso, além de aumentar expressivamente o valor da tarifa, também deve acabar a isenção da cobrança da mesma para moradores locais, pauta que Hoff ainda tenta que não aconteça.
Por esses motivos, o desvio, que já era bastante usado, deve receber ainda mais adeptos.
Incômodos
Mas junto ao aumento da movimentação no desvio, crescem também os problemas para os moradores do trecho. Entre as questões que têm incomodado nos últimos tempos, o morador da Rua Otávio Juventil da Rosa, uma das que faz parte do trecho do desvio, Osmar Cassel, 52 anos, cita o barulho de caminhões e carretas pesadas passando nas pedras do calçamento, especialmente pela madrugada, e prejudicando o sono dos trabalhadores.
"Lá em casa, fechamos a veneziana, fechamos os vidros da janela, e colocamos pregadores de roupa de madeira para trancar os vidros de noite e eles não ficarem batendo, para amenizar o barulho", comenta. "Imagina a partir de quarta, que vai praticamente dobrar (o movimento)", prevê.
Pavimentação do trecho deve ajudar moradores
Na mesma rua, já na parte asfaltada, Cassel possui uma oficina mecânica, onde trabalha com a irmã Josi Cassel, 41. Ele comenta que os caminhões normalmente cobram frete já com o valor do pedágio embutido, então, não teria motivo para desviarem da praça. “Se fossem só os carros não era um incômodo tão grande, porque de madrugada, quando estamos dormindo, o movimento de carro é insignificante”, relata, lembrando ainda o perigo de ter caminhões de combustível e produtos químicos passando por ruas com moradias.
“O lugar desses caminhões de carga perigosa rodar é na faixa, é na RS, não aqui”. O asfaltamento, porém, deve minimizar parte do problema e trazer benefícios. “Vai aumentar o movimento, mas o barulho dos caminhões vai diminuir pela metade, mesmo que aumente o fluxo. Final do ano, o pedágio sai e ficaremos com o asfalto”, lembra Cassel.
O morador também lamentou o aumento excessivo do valor que será cobrado a partir de amanhã. “Moto, motoneta, triciclo e bicicleta a motor, vai custar 6 reais. Imagina carro, R$ 11,90!”, exclamou, citando a cobrança de pedágio em outras praças, como na free way, por exemplo, que é menor e apresenta rodovia em condições muito melhores.
Alta velocidade e poeira
Outro problema relatado por Cassel é o desrespeito de alguns motoristas, que passam acima da velocidade na via e, às vezes, entre dois e até três veículos juntos, lado a lado, ocupando toda a largura da rua. “Tenho uma filha de 6 anos e chego a ficar neurótico, cuidando se o portão de casa e da oficina estão fechados. Porque desce ‘louco’ aí que passa a mais de 100 (quilômetros) por hora.” Moradora da parte asfaltada do trecho, Ester Lavandoski, 45, faz coro sobre o problema, lembrando que cuida para o cachorrinho não sair para a rua.
Ela ainda comenta ter notado que o movimento já é maior, mas que o que mais incomoda é o pó trazido pela parte de chão batido. “A poeira é horrível. Eu trabalhava e agora estou três meses em casa, então estou podendo notar isso”, relata. Sobre o asfaltamento, ela entende que vai aumentar mais o movimento, mas pondera que será bom. “Quando tirarem o pedágio daqui, aí sim vai ficar melhor.”
A colocação de pavimento asfáltico ou não no trecho de chão batido e calçamento do desvio do pedágio de Portão será tema de reunião na manhã de hoje na cidade. Conforme o prefeito Delmar Hoff, o Kiko, a administração municipal deve tratar da pauta com a nova concessionária - que assumirá a praça a partir de amanhã - e debater os novos valores determinados para o ponto e a possível continuidade da isenção para moradores da cidade. Em caso negativo para isenção, Hoff já havia sinalizado com a opção de asfaltar o trecho.
Enquanto a decisão não sai, os moradores observam que o movimento, que já costuma ser grande no desvio do pedágio no município de Portão, deve aumentar ainda mais a partir desta quarta-feira, quando o valor para cruzar a cancela, que fica entre as Rss 240 e 122, subirá 83% - passando de R$ 6,50 para R$ 11,90, no caso de veículos leves.
A praça de pedágio da cidade passará à gestão da concessionária Caminhos da Serra Gaúcha (CSG) e, com isso, além de aumentar expressivamente o valor da tarifa, também deve acabar a isenção da cobrança da mesma para moradores locais, pauta que Hoff ainda tenta que não aconteça.
Por esses motivos, o desvio, que já era bastante usado, deve receber ainda mais adeptos.
Incômodos
Mas junto ao aumento da movimentação no desvio, crescem também os problemas para os moradores do trecho. Entre as questões que têm incomodado nos últimos tempos, o morador da Rua Otávio Juventil da Rosa, uma das que faz parte do trecho do desvio, Osmar Cassel, 52 anos, cita o barulho de caminhões e carretas pesadas passando nas pedras do calçamento, especialmente pela madrugada, e prejudicando o sono dos trabalhadores.
"Lá em casa, fechamos a veneziana, fechamos os vidros da janela, e colocamos pregadores de roupa de madeira para trancar os vidros de noite e eles não ficarem batendo, para amenizar o barulho", comenta. "Imagina a partir de quarta, que vai praticamente dobrar (o movimento)", prevê.
Pavimentação do trecho deve ajudar moradores
Na mesma rua, já na parte asfaltada, Cassel possui uma oficina mecânica, onde trabalha com a irmã Josi Cassel, 41. Ele comenta que os caminhões normalmente cobram frete já com o valor do pedágio embutido, então, não teria motivo para desviarem da praça. “Se fossem só os carros não era um incômodo tão grande, porque de madrugada, quando estamos dormindo, o movimento de carro é insignificante”, relata, lembrando ainda o perigo de ter caminhões de combustível e produtos químicos passando por ruas com moradias.
“O lugar desses caminhões de carga perigosa rodar é na faixa, é na RS, não aqui”. O asfaltamento, porém, deve minimizar parte do problema e trazer benefícios. “Vai aumentar o movimento, mas o barulho dos caminhões vai diminuir pela metade, mesmo que aumente o fluxo. Final do ano, o pedágio sai e ficaremos com o asfalto”, lembra Cassel.
O morador também lamentou o aumento excessivo do valor que será cobrado a partir de amanhã. “Moto, motoneta, triciclo e bicicleta a motor, vai custar 6 reais. Imagina carro, R$ 11,90!”, exclamou, citando a cobrança de pedágio em outras praças, como na free way, por exemplo, que é menor e apresenta rodovia em condições muito melhores.
Alta velocidade e poeira
Outro problema relatado por Cassel é o desrespeito de alguns motoristas, que passam acima da velocidade na via e, às vezes, entre dois e até três veículos juntos, lado a lado, ocupando toda a largura da rua. “Tenho uma filha de 6 anos e chego a ficar neurótico, cuidando se o portão de casa e da oficina estão fechados. Porque desce ‘louco’ aí que passa a mais de 100 (quilômetros) por hora.” Moradora da parte asfaltada do trecho, Ester Lavandoski, 45, faz coro sobre o problema, lembrando que cuida para o cachorrinho não sair para a rua.
Ela ainda comenta ter notado que o movimento já é maior, mas que o que mais incomoda é o pó trazido pela parte de chão batido. “A poeira é horrível. Eu trabalhava e agora estou três meses em casa, então estou podendo notar isso”, relata. Sobre o asfaltamento, ela entende que vai aumentar mais o movimento, mas pondera que será bom. “Quando tirarem o pedágio daqui, aí sim vai ficar melhor.”