CENÁRIO POSITIVO

As frutas que prometem boas safras e preço baixo durante o verão

Brasileiros já se preparam para a ceia de Réveillon, mas devem conferir as frutas que serão tendência no decorrer dos próximos meses

Publicado em: 27/12/2024 08:54
Última atualização: 27/12/2024 10:07

Mal acabaram as comemorações de Natal já começam os preparativos para a ceia de Réveillon. E entre os brasileiros, uma das características para estas datas é a busca por frutas da estação, mesmo que algumas acabem servindo mais como enfeite em um primeiro momento, perdendo a batalha para outros pratos como as sobremesas e outras receitas típicas da época.

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Feirante e produtor, Paulo Reinaldo Strottmann está sagistfeito com a melhora na qualidade das frutas em 2024 Foto: Eduardo Amaral/GES-Especial

Seja como for, mesmo quando escolhidas muito mais para embelezar as mesas enquanto perdem espaço para o salpicão, a maionese e o churrasco, o consumo de frutas acaba crescendo e é muito bem-vindo ao longo do verão brasileiro. E para os gaúchos as notícias são positivas, já que mesmo com as enchentes de maio e os desafios climáticos dos últimos dois anos, a próxima safra promete ser positiva tanto em preços quanto em qualidade.

De acordo com projeção da Emater/RS-Ascar, o Rio Grande do Sul terá boas colheitas, com uma oferta crescente ao decorrer da estação refletindo ainda em uma queda no preço. Uma das frutas mais procuradas neste período de final de ano é o pêssego, que segundo o gerente técnico estadual da Emater/RS-Ascar, Luís Bohn, vai chegar à mesa dos consumidores com boa qualidade e com preço acessível.

“Já estão entrando as variedades tardias, e isso mantém um preço que eu diria dentro de um momento estável. E nesse momento é uma fruta muito boa, de boa oferta, qualidade e aparência.” Bohn projeta que o quilo do pêssego deve ser negociado entre R$ 5 e R$ 7 na Ceasa até o final de dezembro.

O cenário positivo deve começar a se intensificar também para outras frutas, como a uva. A perspectiva da Emater-RS é que nas próximas semanas avance a colheita gaúcha, impactando diretamente no preço final. “Estamos em início de safra, por isso o preço ainda elevado por essa condição. Mas essa é uma fruta que tende a baixar o preço por conta da oferta crescente nas próximas semanas”, projeta Bohn.

Na prática

Quem foi à feira em busca de produtos para os próximos dias pode constatar na prática o que a Emater apontou por suas pesquisas. Dono de uma fruteira no bairro Lomba Grande, Paulo Reinaldo Strottmann, 63 anos, levou os produtos para a feira itinerante que nesta quinta-feira (26) esteve no Centro de Novo Hamburgo.

“A qualidade aumentou muito, as frutas estão grandes e muito doces”, relata Strottmann que também é produtor. Enquanto a qualidade aumentou, os preços se mantiveram estáveis, o que tem sido positivo tanto para os feirantes quanto para o consumidor final.

Hora de comprar

Com o avanço da safra de uvas um dos impactos diretos será em relação ao vinho. “Agora, no final do ano a gente vê que os preços realmente são convidativos, até porque, como há a expectativa de safra boa e tivemos frustração em relação a vendas por causa do turismo, provavelmente a percepção que se tem é que nós vamos ter, oferta de estoque e agora que a gente tem que aproveitar”, projeta Bohn.

A expectativa positiva se espalha por outras culturas, como banana, melancia e ameixa, todas com estimativa de alta oferta, qualidade e bons preços. “Esse ano o clima colaborou, porque no ano passado tivemos 11 eventos que atrapalharam muito a fruticultura em 2023.

Abacaxi menor

Uma das poucas exceções na questão visual será ao abacaxi, que no Rio Grande do Sul vem predominantemente de Terra de Areia, cidade no Litoral Norte do Estado. “Este ano ele chegou antes, só que são frutas pequenas por conta do clima que ocorreu e nebulosidade que nós passamos ao longo da sua formação. Mesmo assim, a fruta está excelente em termos de sabor, só que a aparência e tamanho é menor”, explica Bohn.

De acordo com o pesquisador da Emater/RS, as enchentes de maio pouco interferiram na qualidade das frutas, já que os prejuízos se concentraram mais em questões estruturais das propriedades. O maior impacto sentido na hora de produzir foi causado pela nebulosidade registrada após as enchentes.

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