REVITALIZAÇÃO

Árvores são retiradas da Rua Independência e replantadas no Parque Imperatriz

Duas plantas da espécie Palmeiras Jerivá foram recolhidas na manhã desta sexta-feira (5); conheça o projeto de arborização planejado para a Rua Grande

Publicado em: 05/01/2024 14:50
Última atualização: 05/01/2024 14:57

Duas palmeiras Jerivá, que estavam na segunda quadra da Rua Independência, foram retiradas na manhã desta sexta-feira (5) e replantadas no Parque Imperatriz, no bairro Pinheiro, em São Leopoldo. A ação foi acompanhada por biólogos da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Semmam) e por engenheiros da Secretaria Municipal de Obras e Viação (Semov).

A remoção se fez necessária para as obras de revitalização da Independência, que nesta quinta-feira (4) chegaram à segunda quadra. Em outubro, na primeira quadra, uma outra árvore da mesma espécie foi removida e transplantada ao Parque Imperatriz.

Palmeiras Jerivá da Rua Independência são replantadas no Parque ImperatrizThales Ferreira/Prefeitura de São Leopoldo
Palmeiras Jerivá da Rua Independência são replantadas no Parque ImperatrizThales Ferreira/Prefeitura de São Leopoldo
Palmeiras Jerivá da Rua Independência são replantadas no Parque ImperatrizThales Ferreira/Prefeitura de São Leopoldo
Palmeiras Jerivá da Rua Independência são replantadas no Parque ImperatrizThales Ferreira/Prefeitura de São Leopoldo

Árvores com mais de 30 anos

A bióloga e chefe de arborização urbana da Semmam, Leslie Moog, avalia que as duas espécies têm mais de 30 anos de idade. De acordo com ela, o Jerivá, nome científico Syagrus romanzoffiana, é uma palmeira nativa da Mata Atlântica e ocorre em todo o Brasil.

“Seus frutos carnosos servem de alimento para uma grande variedade de pássaros, mamíferos como morcegos, graxains, cachorros-do-mato e também para insetos. É uma espécie que responde muito bem ao transplante, tendo uma alta taxa de sucesso”, disse Leslie. As árvores devem passar por um processo de adaptação natural ao solo e ao transplante. Antes da retirada, a bióloga da Semmam aferiu o norte magnético dos Jerivás com uma bússola para se certificar que no replantio, as mesmas ficassem na mesma posição solar e da corrente de vento, de como se encontravam na Rua Grande.

Oito espécies estão ameaças de extinção

O biólogo da Semmam, Joel Garcia Dias, afirma que oito espécies de Jerivás constam no livro vermelho das espécies ameaçadas. Ele destaca que ao todo são cerca de 80 espécies deste gênero e lembra a maneira de reprodução da espécie. “Sua dispersão é zoocórica, ou seja, através dos animais que consomem seus frutos e dispersam suas sementes através das fezes. Tem uma mariposa chamada de Hypercompe cunigunda que se alimenta exclusivamente do Jerivá. Além de ter um apelo paisagístico muito bonito, podemos observar algumas avenidas de São Leopoldo arborizadas com Jerivás”.

Projeto de arborização da Rua Grande

O projeto paisagístico de modernização e revitalização da Rua Independência terá em média oito árvores por quadra de duas espécies: Ipê Amarelo e Acer (folhas semelhantes ao Plátano). Elas serão plantadas em canos de concreto com cerca de um metro de circunferência. Também está previsto o plantio de espécies de folhagens.

O projeto prevê a remoção de algumas árvores de médio e grande porte. Como as raízes de algumas espécies são profundas, elas podem danificar a rede subterrânea da rede de energia elétrica e rede lógica (telefonia e internet), que estão sendo instaladas pelo Consórcio São Leopoldo, responsável pelas obras.

Gostou desta matéria? Compartilhe!
Matérias Relacionadas