Um ato simples, o de separar e juntar tampinhas plásticas, pode fazer uma enorme diferença para entidades da região. Isso porque, o material coletado reverte em recursos financeiros para diversas instituições do País através do programa Tampinha Legal, do Instituto SustenPlást. Em Sapucaia do Sul, um dos locais beneficiados pelo programa é a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), que atende mais de 400 pessoas.
Foto: Instituto SustenPlást
Segundo a coordenadora administrativa da Apae sapucaiense, Pierina Benin da Rosa, por ano, a entidade arrecada cerca de 12 toneladas de tampinhas, gerando um retorno financeiro de R$32 mil. “Enviamos quatro remessas por ano, uma a cada três meses. Em cada lote, são cerca de três toneladas, que nos revertem, a cada lote, em cerca de R$8 mil”, comenta.
Segundo Pierina, na cidade são 310 pontos de coleta de tampinhas para a Apae, incluindo mercados, lojas, clubes sociais e estações de trem. “O dinheiro que conquistamos com as tampinhas, é um valor importante, que entra para entidade como recurso livre e que usamos para despesas diversas”, diz. Segundo ela, outras formas de arrecadação de recursos da Apae são convênios, vendas no brechó e eventos, como o jantar baile em comemoração ao aniversário da entidade, que será realizado em outubro.
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Nesta semana, a Apae recebeu R$5 mil por meio da troca das tampinhas. Numa parceria com o Exército, mais de duas toneladas de tampas plásticas foram levadas para Porto Alegre, onde fica a sede do programa. Segundo o Instituto SustenPlást, com esta entrega, o Tampinha Legal contabiliza mais de 22 toneladas recebidas desde a retomada das atividades após a enchente que assolou o Rio Grande do Sul, destinando mais de R$60 mil reais para as entidades assistenciais gaúchas.
Conforme o Instituto, o Tampinha Legal é o maior programa socioambiental de caráter educativo em economia circular de iniciativa da indústria de transformação do plástico da América Latina e já ultrapassou mil toneladas de tampas plásticas ao longo dos mais de sete anos de atuação. O volume converteu-se em mais de R$ 3,8 milhões destinados integralmente às 346 entidades assistenciais participantes. O “tampômetro”, contador exposto no site e no app do Tampinha Legal, informa 842.932.872 milhões de unidades de tampas plásticas já coletadas.
O Tampinha Legal conta com 2.847 pontos de coleta, distribuídos pelos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais, São Paulo, Alagoas, Pernambuco, Goiás, Distrito Federal e Bahia. Para Simara Souza, gerente do Instituto SustenPlást, os números são indicadores de que a sociedade compreende o quanto o material plástico tem valor e que deve retornar para a indústria ao mesmo tempo em que faz o bem para inúmeras famílias.
“O Tampinha Legal cresce a cada ano. Em 2023, completamos sete anos e ultrapassamos o valor de R$3 milhões de reais destinados 100% para as entidades assistenciais participantes. É incontestável que o Tampinha Legal faz parte da vida dos brasileiros. Criamos um novo hábito, que associa solidariedade à consciência socioambiental. Precisamos nos lembrar que plástico é matéria prima nobre e que consequentemente proporciona melhor qualidade de vida a várias famílias com a simples atitude de separar uma tampa plástica.”, afirma.
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Participam do Tampinha Legal, entidades assistenciais do terceiro setor devidamente regularizadas como APAEs, Ligas Femininas, escolas, ONG’s, asilos, associações, hospitais, etc. Com os recursos obtidos através do Tampinha Legal, as entidades assistenciais podem adquirir medicamentos, alimentos, equipamentos, ração animal e/ou materiais escolares, bem como custear tratamentos e exames de saúde humana e animal, melhorias em suas sedes, entre outras ações.
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