Um grupo de 50 arquitetos e urbanistas de diferentes estados brasileiros deverá integrar a equipe que está realizando vistorias em casas atingidas pela enchente de maio em São Leopoldo. Isso porque, a cidade foi selecionada para participar do projeto-piloto de Assistência Técnica de Interesse Público (ATIP), do Conselho de Arquitetura de Urbanismo do Brasil (CAU-BR) em parceria do CAU-RS.
De acordo com a diretora de Urbanismo da Secretaria-Geral de Governo da Prefeitura de São Leopoldo, Alice Beatriz Scholz, o projeto visa atender as necessidades das famílias após a inundação do RS, produzindo laudos técnicos de vistoria das residências atingidas pela cheia.
“Estes laudos mostram para os moradores em qual condição se encontra a casa deles, se pode ser habitada ou se apresenta riscos. Para aquelas famílias que tiveram as casas completamente destruídas ou interditadas definitivamente, na qual não há condição de moradia, é o laudo que direciona os moradores para se habilitaram nos programas de moradias do Governo Federal, o Minha Casa Minha Vida – Reconstrução. Com essa motivação foi firmado com o Município o ACT/ATIP (Acordo de Cooperação Técnica/ATIP), sem custos para o Município”, explica Alice.
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Segundo ela, as ordens de serviço, que permitem o começo do projeto, começaram a ser emitidas pelo CAU-BR na última segunda-feira (14). “Aguardamos os primeiros profissionais a partir dessa semana”, explica. A previsão, segundo ela, é de retorno para o Município de aproximadamente 1.020 laudos. “Esperamos que as equipes trabalhem até meados de novembro na cidade”, completa a diretora.
Mais de 4,9 mil pedidos de vistorias na cidade
De acordo com Alice, após a enchente, a Defesa Civil Municipal recebeu mais de 4,9 mil pedidos de vistorias. Mais de 3 mil já foram realizadas pela Prefeitura, com o apoio de empresas especializadas e universidades, mas ainda há muito a ser feito.
“A iniciativa vem de encontro à necessidade de produzir um grande número de laudos em um curto espaço de tempo, com um reduzido número de técnicos do Município”, analisa. “As famílias atingidas pela enchente, cujos laudos confirmarem a destruição ou danos irreparáveis de sua casa, e atestados pela Defesa Civil Nacional, terão os respectivos documentos técnicos cadastrados no sistema S2ID do Governo Federal, onde será analisado o ingresso da família no programa Minha Casa Minha Vida – Reconstrução, o que permitirá aos moradores ganharem uma nova moradia”, explica Alice.
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Conforme a presidente do CAU-BR, Patrícia Herden, a criação da ATIP é uma forma de responder às necessidades do Rio Grande do Sul no pós-enchente. “Estamos colocando à disposição nossos profissionais, que vêm de 10 Estados do País, para apresentarem soluções e propostas, trabalhando junto com a Defesa Civil, para contribuírem com as cidades”, destaca. Além de São Leopoldo, a ATIP também será realizada no município de Canoas.
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