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Regiões de perigo

Áreas de risco na região serão mapeadas para prevenção de desastres; saiba em quais cidades

Ao todo, Serviço Geológico do Brasil (SGB) vai mapear áreas de risco de 93 cidades gaúchas para auxiliar gestores públicos na tomada de decisão

Débora Ertel
Publicado em: 31/10/2024 às 16h:42 Última atualização: 31/10/2024 às 16h:43
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O Serviço Geológico do Brasil (SGB) vai mapear áreas de risco de 93 cidades gaúchas, sendo 18 delas na região. O objetivo é a prevenção de desastres em áreas onde vivem 3,8 milhões de pessoas depois da catástrofe climática que atingiu o Rio Grande do Sul. Os estudos, que já tiveram início neste ano, se estenderão ao longo de 2025.

A ideia é que levantamento apresente aos gestores públicos informações sobre onde estão os imóveis com risco de sofrer danos em caso de desastres e as áreas que necessitam de intervenções.

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O município de Agudo, na região central, faz parte dos municípios contemplados pelo estudo | abc+



O município de Agudo, na região central, faz parte dos municípios contemplados pelo estudo

Foto: Divulgação/SGB

Foram selecionados Bom Princípio, Campo Bom, Canela, Esteio, Feliz, Igrejinha, Montenegro, Nova Petrópolis, Nova Santa Rita, Novo Hamburgo, Pareci Novo, Parobé, Rolante, São Leopoldo, São Sebastião do Caí, Sapucaia do Sul, Taquara e Três Coroas.

Destes, Canela, Esteio, Feliz, Gramado e Nova Petrópolis foram selecionados para a primeira etapa de levantamentos.

No entanto, nem todas as cidades foram informadas que serão mapeadas, como é o caso de Campo Bom e São Leopoldo, por exemplo. A reportagem questionou o SGB sobre o assunto, mas não recebeu retorno. 

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Conforme o chefe do Departamento de Gestão Territorial do SGB, Diogo Rodrigues, o trabalho de campo é uma das etapas do mapeamento.

A identificação das áreas de risco relacionadas aos movimentos de massa é feita com base nas características naturais do terreno, levando em conta os indícios de instabilidade, como árvores inclinadas, trincas no solo, muros embarrigados, entre outros.

“Já as áreas de risco associadas aos processos hidrológicos fluviais são cartografadas com base nas características morfológicas dos cursos d’água, frequência dos eventos hidrológicos e distância da ocupação em relação às drenagens fluviais”, explica Rodrigues.

Nova Petrópolis teve mapeamento concluído

Nova Petrópolis, que teve 68 áreas de risco identificadas depois das chuvas de abril e maio, é um dos municípios onde o mapeamento já foi concluído. São 52 regiões com risco de desmoronamento, sendo 21 com risco alto e 31 de risco muito alto.

Já áreas suscetíveis às enchentes, foram identificadas 16, nove com risco alto e sete de risco muito alto. O município está inserido na bacia hidrográfica do Rio Caí, sendo que os afluentes Arroio Pirajá e Arroio da Paixão são os responsáveis pelas principais cheias.

Áreas de risco mapeadas em Nova Petrópolis  | abc+



Áreas de risco mapeadas em Nova Petrópolis

Foto: Divulgação/Prefeitura de Nova Petrópolis

O SGB alertou que se o município não adotar programas de fiscalização para construção em áreas impróprias, o problema tende a se agravar.

Dentre as 12 ações sugeridas para serem realizadas, estão a avaliação de remover e de realocar temporariamente, durante o período de chuvas, os moradores de áreas risco para locais seguros; manutenção das drenagens pluviais e dos canais de córregos; e instalação de sistema de alerta, permitindo a remoção dos moradores em caso de alertas de chuvas intensas ou contínuas.

Áreas de risco mapeadas em Nova Petrópolis  | abc+



Áreas de risco mapeadas em Nova Petrópolis

Foto: Divulgação/Prefeitura de Nova Petrópolis

Segundo a prefeitura, a Defesa Civil e a Secretaria de Planejamento estão realizando encontros nas comunidades, para esclarecer as informações levantadas no mapeamento.

Já foram reunidos os moradores das localidades de Linha Brasil, Linha Brasil Fundos, Linha Riachuelo, Linha Gonçalves Dias, Pedancino e Linha Araripe, além de Linha Temerária, São José do Caí, Stille Eck, Linha Pirajá Baixa, Tirol e Arroio Paixão. “Essas reuniões são para informar e esclarecer as implicações técnicas destes estudos”, diz a nota. 

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