Quase 260 quilos de drogas foram encontrados em um sítio na área rural de Araricá, no Vale do Sinos, neste fim de semana. Ao todo, foram apreendidos 96 quilos de crack, 97 quilos de cocaína e 66 quilos de maconha. O prejuízo ao tráfico foi avaliado em mais de R$ 10 milhões.
Segundo o delegado à frente da apreensão, Gabriel Borges, a quantidade de crack poderia render mais de meio milhão de pedras a serem vendidas pelas ruas da região metropolitana de Porto Alegre e interior do Estado. A apreensão é considerada como a maior deste tipo de entorpecente da história da Polícia Civil gaúcha.
A cocaína é de origem peruana e possui altíssimo grau de pureza. Segundo a PC, se submetida a processos químicos, a droga poderia render até 5 vezes a quantidade.
A apreensão aconteceu no sábado (1º) pela Divisão de Investigações do Narcotráfico do Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico (Din/Denarc). As informações sobre o caso foram divulgadas nesta segunda-feira (3) em coletiva de imprensa.
Segundo o delegado Gabriel Borges, a investigação teve início há 60 dias em Sapiranga, na sequência de investigações realizadas no Vale dos Sinos.
Ainda conforme o delegado, o grupo responsável pelas drogas apreendidas em janeiro e em março, ambas em Novo Hamburgo, “estava tentando se reorganizar no esquema de abastecimento de entorpecentes em larga escala no Estado do Rio Grande do Sul”.
Com o avanço da investigação, a Polícia apurou que os criminosos mudaram a forma de atuação. Eles passaram a usar áreas rurais para o armazenamento das grandes quantidades de entorpecentes.
Durante monitoramento do homem responsável pela entrega das drogas, foi constatado que ele se dirigia frequentemente a um sítio localizado em uma área rural em Araricá. Então, no sábado, quando o homem saiu do interior do local em um carro, os policiais realizaram a abordagem.
No interior do veículo tinha três quilos de cocaína pura e R$ 20 mil em dinheiro. Em função do flagrante, a equipe ingressou no interior do sítio. Em um galpão, localizado no final da propriedade, foi encontrado o restante dos entorpecentes, que estavam escondidos em tonéis.
Também foram apreendidos telefones celulares, material para embalar o entorpecentes, balanças para pesagem e o veículo usado para a entrega das drogas.
Por se tratar de uma área rural, foi acionado o canil do Denarc, o qual auxiliou nas buscas e localizou algumas munições com o auxílio dos cães farejadores de drogas e explosivos.
Um segundo homem saia da parte da frente do sítio no momento em que a equipe policial chegou e também foi conduzido à Delegacia de Polícia.
O diretor-geral do Denarc, o delegado Carlos Wendt, ressalta que, em um espaço de dez dias, o Denarc impôs um prejuízo de, aproximadamente, R$ 20 milhões ao crime organizado, demonstrando a eficácia da estratégia adotada para a descapitalização desses grupos criminosos.
Investigação continua
A investigação do Denarc prossegue para identificar e responsabilizar criminalmente os demais membros do grupo criminoso. Conforme Borges, a ação do fim de semana quebrou a logística e afetou de forma muito significativa as finanças do crime organizado.
A ação integra a estratégia da Polícia Civil de intensificar a presença do Estado em áreas conflagradas em razão do tráfico de drogas, com o objetivo de buscar a descapitalização das organizações criminosas e a responsabilização criminal das lideranças.
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Apreensão histórica de pedras de crack é feita em sítio do Vale do Sinos
???? Além da droga, cocaína e maconha foram encontradas em sítio de área rural; prejuízo ao tráfico é avaliado em 10 milhões de reais.
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— Jornal NH (@jornalnh) April 3, 2023
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