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Após ter sede atingida pela enchente, Banco de Alimentos deve reabrir em novo endereço

Previsão é de que a volta dos atendimentos da instituição ocorra entre 45 e 60 dias

Publicado em: 19/09/2024 07:35
Última atualização: 19/09/2024 07:38

Com as portas fechadas desde maio, o Banco de Alimentos do Vale do Sinos ainda não tem data certa para reabrir. A única definição até agora é que a sede da instituição passará a funcionar em outro endereço. Isso porque, o prédio onde antes funcionava o Banco, na Rua Dr. Hillebrand, 595, no bairro Rio dos Sinos, foi severamente atingido pela enchente, há quatro meses. Além de todo o estoque que estava no local, cerca de 250 quilos de alimentos, foram perdidos todo o mobiliário, equipamentos eletrônicos e documentos.

Banco de Alimentos terá sede no Centro Medianeira Foto: Acervo Pessoal

“Não vamos conseguir retornar para a sede onde estávamos. Estamos conseguindo um novo espaço, num prédio anexo ao Centro Medianeira, na Campina. Ele está sendo reformado. Devemos demorar ainda uns 45 a 60 dias para a mudança”, comenta o coordenador da instituição, Jair Reginato.

Enquanto segue sem sede, o Banco continua com as ações paralisadas, sem recebimento de alimentos e sem a participação no Sábado Solidário. A ação, que acontece sempre no primeiro sábado de cada mês nas portas dos supermercados, é a principal forma de arrecadação da instituição, que na região contribui com 78 entidades de São Leopoldo, Sapucaia do Sul, Esteio e Portão. “As esporádicas doações que nos são oferecidas estão sendo direcionadas diretamente às entidades”, explica Reginato.

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Por mês, o Banco arrecada cerca de 3,5 toneladas de alimentos. Um número baixo, em comparação com as arrecadações conseguidas até antes da pandemia de Covid-19, que chegavam a cerca de seis toneladas todos os meses. Conforme Reginato, para conseguir atender a todas as entidades cadastradas todos os meses, o ideal seria a arrecadação mensal de 10 toneladas de alimentos.

Reforma

Diretora do Centro Medianeira, Renata Rodrigues, destaca que a entidade, voltada a crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade, é, também, uma das beneficiadas pelo trabalho desenvolvido pelo Banco de Alimentos. “Justamente por saber da importância do Banco e do impacto das doações para as entidades, que estamos tão empenhados em ajudar a instituição a se reerguer. O Banco de Alimentos é um lugar onde nos sentimos seguros. Quando falta algo nos nossos estoques, sempre temos o Banco como nosso grande parceiro”, diz.

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Segundo Renata, a sala na Campina está sendo reformada, uma vez que a sede do Centro Medianeira também foi atingida pela enchente, e deverá servir de espaço provisório para o Banco. “A ideia é trazermos o Banco de Alimentos para um prédio maior, que temos no nosso núcleo no Centro, também em concessão do espaço. Para isto, este local também deverá ser reformado. Tudo depende de recurso, mas acreditamos que em 2025 o Banco de Alimentos já esteja operando no núcleo Centro”, conta.

Como ajudar 

Interessados em ajudar o Banco de Alimentos podem realizar doações em dinheiro, que reverterão em cestas básicas para as entidades assistidas. As doações podem ser feitas através da conta no Banco do Brasil, Agência 0185- 6, Conta Corrente 80000-7, CNPJ: 10.416.700/0001- 15 ou pela chave Pix, usando o número do CNPJ.

Como funciona a Rede de Bancos de Alimentos do RS 

A Rede de Bancos de Alimentos do RS é uma organização sem fins lucrativos que possui 25 bancos associados, e que reúne esforços de toda a sociedade para erradicar a fome, combater o desperdício e a má nutrição. Para cumprir sua missão, os Bancos de Alimentos atuam como gerenciadores de desperdícios administrando coleta, armazenamento e distribuição qualificada de alimentos.

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Segundo a Rede, todos os bancos utilizam da mesma metodologia e funcionam de forma padronizada. A sistemática de trabalho é muito simples. Os alimentos doados são coletados e armazenados na central de arrecadações, um depósito próprio do Banco de Alimentos.

Neste local, as nutricionistas analisam e determinam quais os tipos de alimentos necessários para as instituições, conforme as quantidades e valores nutricionais ideais para suprir suas necessidades. Posteriormente ocorre a distribuição qualificada dos alimentos, entregues gratuitamente às instituições assistenciais previamente cadastradas no Banco de Gestão e Sustentabilidade.

 

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