TEM SINALEIRA!
Após remoção de passarela, aumenta o risco de acidente na faixa de pedestres da Scharlau
Moradores relatam que muitos motoristas não param no semáforo que foi instalado no ponto, na RS-240
Última atualização: 29/02/2024 09:11
Devido às obras do complexo de viadutos da Scharlau, no domingo (26), foi finalizada a retirada da passarela localizada em frente à Paróquia Nossa Senhora Aparecida, no bairro Scharlau, em São Leopoldo. De acordo com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), a remoção foi necessária para a obra e a adequação do sistema viário. Para facilitar a travessia de pedestres, foram instalados dois semáforos de pedestres e faixas de segurança no local.
Como os motoristas e os pedestres ainda estão se familiarizando com a mudança, nesta segunda-feira (27), no horário das 18 horas, foi possível presenciar veículos que não respeitaram o semáforo. Isso também foi relatado por pedestres que passam diariamente no local. "A estrutura da passarela era mais antiga e eu tinha muito medo de assalto, eu preferia passar no meio dos carros do que subir uma passarela que não conseguia ver quem estava lá em cima. Achei bem melhor assim. Eu venho de carro sempre, está dando uma congestionada, mas nada que antes já não teria. Como pedestre achei melhor o semáforo, mas como motorista levei um susto e passei pela primeira vez com a sinaleira fechada, é questão de costume", disse a publicitária Inajara Pommer, 28 anos, moradora de São Leopoldo.
Mais de R$ 700 milhões são necessários para concluir obras na BR-116
Pedestres apreensivos
O padeiro Carlos Alberto Menezes da Silva, 57, estava atravessando a faixa para esperar o ônibus do outro lado. Ele relata que faz esse percurso diariamente e que sente medo ao atravessar no local. Enquanto dava seu relato, um motociclista decidiu driblar a sinaleira e entrar pela lateral, passando perto da parada de ônibus e de Silva. "Eu ia pela passarela, ando seguido aqui. Em termos de segurança, na minha opinião, era melhor a passarela. Como foi uma surpresa para muitos motoristas, eles vinham muito embalados e não dava tempo de parar quando o sinal fechava, nesse final de semana. Sábado para mim foi muito difícil de conseguir atravessar aqui. O ruim é quando tem muito movimento, tem que estar muito consciente que muitos que não vão saber e vão passar, tem que atravessar com medo", disse ele.
Apesar dos impasses, a remoção da passarela foi uma das ações necessárias para o início das obras, assim como o bloqueio da pista lateral do viaduto da BR-116, próximo ao cruzamento com a RS-240, para a construção da nova estrutura.
Segurança é questionada após remoção da passarela
A dona de casa e moradora do bairro Scharlau, Fabiane Vincenzi, 53, explica que a passarela proporcionava mais segurança ao atravessar o trajeto, especialmente para famílias com crianças. "Prefiro uma passarela, ela era ruim porque tinha a escada, mas estamos vendo se as pessoas vão respeitar o semáforo, nem todos respeitam, então eu acho problemático. Antes da passarela morria muita gente aqui, nós moradores, quando falaram em tirar a passarela, nos assustamos. Dizem que vão fazer uma outra, mas quando?", questiona.
"Garantia é quando o carro freia"
O argentino, morador de São Leopoldo, Ivo Roberto, 64, trabalha como músico e vive no bairro Scharlau. O segredo para atravessar com segurança, segundo ele, é não confiar no verde, mas apenas nos carros parados. "Tem que esperar que freiem o carro primeiro para poder passar, principalmente dos que vêm de Portão para cá. Eles vêm em uma velocidade muito alta. A sinaleira não é garantia, a garantia é quando o carro freia", disse ele.
Devido às obras do complexo de viadutos da Scharlau, no domingo (26), foi finalizada a retirada da passarela localizada em frente à Paróquia Nossa Senhora Aparecida, no bairro Scharlau, em São Leopoldo. De acordo com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), a remoção foi necessária para a obra e a adequação do sistema viário. Para facilitar a travessia de pedestres, foram instalados dois semáforos de pedestres e faixas de segurança no local.
Como os motoristas e os pedestres ainda estão se familiarizando com a mudança, nesta segunda-feira (27), no horário das 18 horas, foi possível presenciar veículos que não respeitaram o semáforo. Isso também foi relatado por pedestres que passam diariamente no local. "A estrutura da passarela era mais antiga e eu tinha muito medo de assalto, eu preferia passar no meio dos carros do que subir uma passarela que não conseguia ver quem estava lá em cima. Achei bem melhor assim. Eu venho de carro sempre, está dando uma congestionada, mas nada que antes já não teria. Como pedestre achei melhor o semáforo, mas como motorista levei um susto e passei pela primeira vez com a sinaleira fechada, é questão de costume", disse a publicitária Inajara Pommer, 28 anos, moradora de São Leopoldo.
Mais de R$ 700 milhões são necessários para concluir obras na BR-116
Pedestres apreensivos
O padeiro Carlos Alberto Menezes da Silva, 57, estava atravessando a faixa para esperar o ônibus do outro lado. Ele relata que faz esse percurso diariamente e que sente medo ao atravessar no local. Enquanto dava seu relato, um motociclista decidiu driblar a sinaleira e entrar pela lateral, passando perto da parada de ônibus e de Silva. "Eu ia pela passarela, ando seguido aqui. Em termos de segurança, na minha opinião, era melhor a passarela. Como foi uma surpresa para muitos motoristas, eles vinham muito embalados e não dava tempo de parar quando o sinal fechava, nesse final de semana. Sábado para mim foi muito difícil de conseguir atravessar aqui. O ruim é quando tem muito movimento, tem que estar muito consciente que muitos que não vão saber e vão passar, tem que atravessar com medo", disse ele.
Apesar dos impasses, a remoção da passarela foi uma das ações necessárias para o início das obras, assim como o bloqueio da pista lateral do viaduto da BR-116, próximo ao cruzamento com a RS-240, para a construção da nova estrutura.
Segurança é questionada após remoção da passarela
A dona de casa e moradora do bairro Scharlau, Fabiane Vincenzi, 53, explica que a passarela proporcionava mais segurança ao atravessar o trajeto, especialmente para famílias com crianças. "Prefiro uma passarela, ela era ruim porque tinha a escada, mas estamos vendo se as pessoas vão respeitar o semáforo, nem todos respeitam, então eu acho problemático. Antes da passarela morria muita gente aqui, nós moradores, quando falaram em tirar a passarela, nos assustamos. Dizem que vão fazer uma outra, mas quando?", questiona.
"Garantia é quando o carro freia"
O argentino, morador de São Leopoldo, Ivo Roberto, 64, trabalha como músico e vive no bairro Scharlau. O segredo para atravessar com segurança, segundo ele, é não confiar no verde, mas apenas nos carros parados. "Tem que esperar que freiem o carro primeiro para poder passar, principalmente dos que vêm de Portão para cá. Eles vêm em uma velocidade muito alta. A sinaleira não é garantia, a garantia é quando o carro freia", disse ele.