A ponte definitiva na VRS-843, na cidade de Feliz, começará a tomar forma nas próximas semanas. A nova estrutura permitirá a retomada do trânsito de veículos pesados entre o município e Linha Nova e as obras devem iniciar em breve.
Foto: Weslei Fillmann/Especial
A estrutura original caiu durante a enchente de maio. Já a ponte emergencial, construída pela comunidade, foi destruída por um temporal na última quinta-feira (2).
De acordo com a Secretaria Estadual de Logística e Transportes, a empresa licitada apresentou no fim do ano os estudos e levantamentos de campo. Já o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) solicitou complementações e os procedimentos necessários para que o início da construção ocorra. Outra obrigação da empresa é entregar, até fevereiro, a concepção da estrutura e o projeto das fundações, para que o Daer aprove o início das fundações.
A nova ponte terá 120 metros de extensão e está avaliada em R$ 11,7 milhões. Toda a obra, desde as etapas de projeto, executivo e construção, está sendo executada pela Trilha Engenharia, de Santa Catarina. O investimento faz parte das 30 obras prioritárias do Plano Rio Grande, que busca reconstruir estruturas vitais para o estado após a maior catástrofe climática já registrada em território gaúcho.
A previsão é que a obra seja concluída no final de 2025.
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Ponte emergencial foi levada pela correnteza no início de janeiro
Inaugurada em 12 de outubro, a Ponte da Felizcidade, construída pelas mãos da comunidade, não ficou 3 meses em pé antes de um novo levante do Rio Caí destruir a estrutura. O investimento total foi de R$ 800 mil e fez parte da campanha #ReConstruindo Conexões. A estrutura ligava os municípios pelas localidade de Cará e Arroio Feliz e facilitava, inclusive, as viagens até o interior de Nova Petrópolis.
Na ocasião da queda, o prefeito de Feliz, Junior Freiberger, conta que recebeu a notícia de que a ponte havia caído com impacto. “É uma tristeza, uma angústia, ver todo esse trabalho, que é fruto de muitas mãos e voluntários, que doaram tempo e dinheiro, e que simplesmente foi levada”, conta. Ele ressalta que, a travessia tinha riscos, por ser baixa, mas que ela seria destruída em pouco tempo, cerca de dois meses após a inauguração, não era esperado.
Como era uma estrutura fora da rota da rodovia estadual, passando por terras particulares, nem o Estado e nem município interviram na obra, que foi construída de forma emergencial. Visto isso, não há qualquer iniciativa em reerguer a estrutura, que reduzia em 20 quilômetros a travessia entre os dois municípios. “As pontes provisórias são executadas fora da área de domínio da rodovia, por isso, não são de responsabilidade do governo do Estado. Além disso, destacamos que são estruturas adaptadas às realidades locais e de caráter emergencial”, destaca nota encaminhada pela Secretaria Estadual de Logística e Transportes.
Estrutura paralela à Ponte de Ferro
Pelo município, está em construção uma nova ponte ao lado da histórica Ponte de Ferro, com perspectiva de finalização em 3 a 4 meses, podendo receber veículos de grande porte e mantendo a antiga estrutura apenas para a passagem de pedestres. No entanto, a malha viária da região central, onde os caminhões e ônibus passariam, preocupa o prefeito. “É uma malha viária de trecho urbano e não de rodovia. Então, ela não tem uma estrutura de base para suportar o peso que uma rodovia recebe”, comenta Freiberger.
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