O novo radar de monitoramento meteorológico que será instalado no Rio Grande do Sul promete uma precisão de dados e previsão de eventos climáticos com até três horas de antecedência. Sob responsabilidade da empresa Southern, de São Paulo, o novo equipamento será instalado em Porto Alegre, mas além da capital, deve atender cidades da região metropolitana.
Para vencer o pregão que definiu a responsável pelo novo serviço meteorológico, a Southern apresentou um lance de R$ 25,94 milhões. Atualmente, o Rio Grande do Sul conta com três radares das Forças Armadas para monitorar as condições climáticas. Dois deles estão localizados no Estado, nas cidades de Canguçu e Santiago, enquanto o terceiro está instalado no município de Morro da Igreja, em Santa Catarina.
Com esse desenho, a Defesa Civil gaúcha entendia que Porto Alegre e as cidades da região metropolitana estavam descobertas e “acabam não recebendo cobertura adequada”, admite o órgão.
Após chuvas
O anúncio do novo equipamento veio no dia 28 de novembro, após o estado sofrer, mais uma vez neste ano, as consequências de chuvas intensas que causaram enchentes históricas deixando pelo menos cinco pessoas mortas, 30 mil pessoas desabrigadas e 170 cidades afetadas.
De acordo com a Defesa Civil, o novo radar não irá substituir nenhum dos três já utilizados. “Esse serviço irá agregar, complementar o serviço que já é realizado, não se trata de uma substituição aos sistemas em uso.” O pedido de aquisição do novo radar partiu da subchefia de Proteção e Defesa Civil da Casa Militar.
“Com mais essa tecnologia à disposição da Defesa Civil, teremos condições de qualificar e refinar as informações produzidas pelo monitoramento, auxiliando na gestão do risco com até três horas de antecedência”, projeta o órgão. O novo radar irá monitorar as condições climáticas em um raio de 150 quilômetros a partir do local instalado.
Prazo indeterminado
A Southern ficará responsável por fornecer materiais como imagens, vídeos entre outras leituras para as equipes da Sala de Situação. Apesar de ser vencedora do leilão, o contrato entre a empresa paulista e o governo do Estado ainda não foi assinado, já que a Central de Licitações (Celic), está analisando a documentação da empresa.
Depois que o contrato for assinado, a empresa terá 60 dias para fazer o estudo técnico que vai definir o local de instalação do radar.
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