PERTO DA CURA
ANEMIA DE FANCONI: Menino que luta contra doença rara já tem data para transplante
João Henrique, de apenas 7 anos, receberá doação de medula do irmão na próxima semana em Curitiba
Última atualização: 17/09/2024 12:51
A espera de João Henrique em busca da cura da Aplasia Medular Secundária, uma forma rara de Anemia de Fanconi, está cada vez mais perto. O menino de apenas 7 anos, morador de Igrejinha, já está em Curitiba, onde passará pelo transplante de medula óssea, que será doada pelo irmão Davi, de apenas 2 anos.
LEIA TAMBÉM: ANEMIA DE FANCONI: Menino de 7 anos da região luta por tratamento para doença rara; saiba como ajudar
O procedimento está marcado para o dia 25 de setembro, no Hospital Pequeno Príncipe, e os dois estão acompanhados na capital paranaense pela mãe, Ana Paula Araújo. “Estamos a mil, eu estou nervosa, mas estamos com muita fé e só pensando positivo que dará tudo certo e que essa fase passará logo. Ficaremos aqui em Curitiba 100 dias após o transplante, até o João ficar 100%, e podermos retornar pra Igrejinha”, conta a mãe dos meninos.
Foi ainda na semana passada que a família chegou a Curitiba, e todos estão hospedados na Associação Paranaense de Apoio à Criança (APACN). Ana Paula conta que o filho também se mostra bastante otimista com a transfusão. “O João está feliz que já estamos aqui. Ele estava em casa contando os dias pra ele ele quer se curar logo pra voltar pra escola.”
Custos e ajuda
Mesmo com hospedagem gratuita, a família segue precisando de ajuda para custear outros gastos como transporte e alimentação. “Estamos tendo bastante gastos e com Uber também, pois é longe do hospital Pequeno Príncipe", conta Ana Paula.
Para conseguir apoio no custeio do tratamento, a família de João Henrique uma vaquinha online: Ajuda ao João com Anemia de Fanconi. Doações também são recebidas através da chave Pix/telefone: (51) 99553-6426, em nome nome de Ana Paula Machado Soares.
Descoberta
João Henrique descobriu a doença no fim do ano passado, quando consultava no Hospital de Igrejinha para tratar uma tosse. "A pediatra achou ele pálido e pediu um hemograma", conta a mãe.
Encaminhado para o Hospital Santo Antônio, em Porto Alegre, João Henrique passou por uma série de exames e biópsias. "Entre essa internação, fez duas biópsias, onde diagnosticou a Aplasia Medular. Começou com medicamentos, mas antes de ganhar alta, fez um exame de quebra de cromossomo que demorou 30 dias para o resultado", explica Ana.
A doença, que é genética e muito rara, leva à falência de medula óssea progressiva, malformações congênitas e predisposição para tumores.
Colaborou: Laura Rolim