Depois de ser diagnosticado no fim do ano passado com Aplasia Medular Secundária, uma forma rara de Anemia de Fanconi, o pequeno João Henrique, de 7 anos, está mais próximo de realizar o transplante de medula óssea. No domingo, dia 9 de junho, ele e a mãe embarcam para Curitiba, no Paraná, para iniciar as quimioterapias antes do procedimento cirúrgico.
Em março, a reportagem do ABC+ contou a história do morador de Igrejinha, que pediu ajuda com recursos para o tratamento. Agora, a mãe Ana Paula Soares, conta novamente com a solidariedade para cobrir os custos com a viagem para o Paraná.
Os dois vão precisar ficar cerca de 100 dias em Curitiba. O pequeno João ficará internado no Hospital Pequeno Príncipe, onde fará o transplante através do Sistema Único de Saúde (SUS). As passagens aéreas a família recebeu do Estado, mas conforme explica a mãe, que não trabalha para poder cuidar do filho, todos os outros custos serão com recursos próprios.
“Não sei, em média, quanto iremos precisar, mas qualquer valor, qualquer ajuda já será muito para nós”, afirma Ana. Além disso, alguns dias depois, o pai, que trabalha como construtor civil, e o irmão Davi, de 2 anos, também viajarão ao encontro de João Henrique, pois o doador da medula será Davi. “Estou tentando arrecadar recursos para custear gastos durante este período fora do Estado”, reforça a mãe.
Ao chegar no Hospital, João fará exames e passará por alguns dias de quimioterapia, para, então, realizar a cirurgia de transplante de medula, que é a única forma de tratamento curativo. Depois de completar os 100 dias de internação, o morador de Igrejinha deverá receber alta hospitalar e poderá voltar para o Rio Grande do Sul.
Para cuidar do filho enquanto ele estiver internado, Ana se diz preocupada, pois a família não tem nenhuma reserva de dinheiro. Em março, a família custeou o exame do filho Davi, cerca de R$ 1.400, para saber se ele poderia ser o doador da medula.
“Tudo que arrecadei na vaquinha online foi para o exame, para medicamentos e gastos em Porto Alegre, pois ainda vamos a consulta”, conta. Ainda nesta semana, a família deve ir duas vezes à Capital para consulta com a hematologista.
Descoberta da doença
João Henrique descobriu a doença no fim do ano passado, quando consultava no Hospital de Igrejinha para tratar uma tosse. “A pediatra achou ele pálido e pediu um hemograma”, conta a mãe.
Encaminhado para o Hospital Santo Antônio, em Porto Alegre, João Henrique passou por uma série de exames e biópsias. “Entre essa internação, fez duas biopsias, onde diagnosticou a Aplasia Medular. Começou com medicamentos, mas antes de ganhar alta, fez um exame de quebra de cromossomo que demorou 30 dias para o resultado”, explica Ana.
A doença, que é genética e muita rara, leva a falência de medula óssea progressiva, malformações congênitas e predisposição para tumores.
Ajude João Henrique
Para contribuir com o tratamento de João Henrique e acompanhar sua jornada, acesse o link da vaquinha online: Ajuda ao João com Anemia de Fanconi. Para doações via Pix ou mais informações, entre em contato pelo telefone (51) 995536426.
*Colaborou: Giordanna Vallejos
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