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SÃO LEOPOLDO

Alvos de operação eram "justiceiros do crime organizado", aponta Polícia

Uma das vítimas do bando, um homem de 35 anos, foi morta com 20 tiros na frente de casa após acertar, sem querer, a avó de um traficante com um tiro de pressão

Renata Strapazzon
Publicado em: 11/05/2023 às 11h:52
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Mandantes e executores de homicídios registrados neste ano em São Leopoldo foram presos em uma operação integrada deflagrada na manhã desta quinta-feira (11). A investida, coordenada pela Delegacia de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DPHPP), contou com apoio da Brigada Militar (BM) e da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe).

Resultados da operação foram apresentados em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (11)



Resultados da operação foram apresentados em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (11)

Foto: Renata Strapazzon/GES-Especial

Ao todo, 250 policiais civis e militares participaram do cumprimento de 43 ordens judiciais nas cidades de São Leopoldo, Charqueadas e Montenegro. Pelo menos 13 pessoas foram presas, entre elas duas mulheres. Também foram apreendidas três pistolas, uma carabina, munições, R$300 mil em dinheiro, sete quilos de maconha e porções de crack e ecstasy.

A operação é resultado de três inquéritos, que investigaram crimes cometidos em janeiro. De acordo com a titular da DPHPP, a delegada Mariana Lamar Pires Studart, os investigados agiam como “justiceiros do crime organizado”.

Investida envolveu mais de 250 policiais no cumprimento de 43 ordens judiciais



Investida envolveu mais de 250 policiais no cumprimento de 43 ordens judiciais

Foto: Polícia Civil/Especial

Um dos casos apurados foi o de um homem de 35 anos executado com 20 tiros na frente da casa onde morava, na Rua Taquari, no bairro Arroio da Manteiga. O caso aconteceu no dia 19 de janeiro e vitimou Cristiano de Souza Fagundes. De acordo com a investigação, ele foi morto depois de ter atingido, sem querer, a vó de um traficante com um tiro de pressão, durante um desentendimento com outro homem em um bar, no mesmo bairro onde residia.

Outro caso foi o de um homem, marido da viúva de um traficante, que teve a morte ordenada pela mulher depois de ter molestado a filha dela.

A terceira ocorrência, segundo a delegada, foi uma emboscada contra uma mulher, ordenada de dentro da Penitenciária Estadual do Jacuí (PEJ), em Charqueadas. A jovem teria sido atraída ao local para supostamente usar drogas, mas acabou torturada e mantida em cárcere privado, tendo sido atingida por facadas e disparos de arma de fogo.

Após as agressões, a mulher teria sido retirada do cativeiro, no bairro Rio dos Sinos, e levada ao Morro do Paula, onde foi deixada em um ponto de tráfico. De acordo com a delegada, a vítima sobreviveu por ter se fingido de morta.

“Foi um trabalho intenso de investigação que efetuamos durante meses e que conseguiu resultar nesta gama de prisões e apreensões. É gratificante verificar que através do nosso trabalho, a fim de elucidar homicídios, conseguimos também combater facções criminosas que comandam crimes em São Leopoldo”, frisa a delegada.

Resultado exitoso

Os resultados da operação foram apresentados em uma coletiva de imprensa, que contou com as presenças do subchefe de Polícia, o delegado Heraldo Chaves Guerreiro, do diretor do Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa, o delegado Mário Souza, do delegado da Divisão de Homicídios da Região Metropolitana, Rafael Pereira, e do subcomandante do 25º Batalhão de Polícia Militar (25º BPM), o capitão Juliano Antônio Giboski.

“A Polícia Civil e a Brigada Militar têm feito nos últimos dias um enfrentamento intenso contra a criminalidade e o crime organizado, e aqui, hoje, temos mais um resultado exitoso das instituições neste combate. Foi uma ação muito positiva, com êxito em todos os mandados”, pontua o subchefe de Polícia.

Em sua fala, o delegado Mário Souza destacou a quantidade em dinheiro apreendida. “Notas grandes, a maioria de R$ 200, o que demonstra os valores envolvidos no crime organizado”, observa. “Ações como esta são importantes para que o crime organizado perceba que, enquanto continuarem ordenando mortes, executando pessoas, nós vamos agir firmemente contra, para que eles tenham o maior prejuízo possível. E essa união da BM e da Polícia Civil é importante para isso”, avalia.

“Estas são armas que estavam sendo utilizadas por grupos criminosos e que já não estão mais nas ruas, assim como drogas, munições e dinheiro, que provavelmente seria utilizado para financiar estes grupos criminosos. Com todo este material retirado da rua e todos os presos, quem ganha é a sociedade gaúcha”, finaliza o capitão Giboski.

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