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INOVAÇÃO E TECNOLOGIA

Alunos de Sapiranga são premiados em Feira de Pesquisa Científica na Tunísia

Com um projeto sustentável sobre biodiesel e outro que visa ajudar pessoas com Parkinson, estudantes têm se destacado mundo afora

Dário Gonçalves
Publicado em: 03/04/2024 às 18h:50
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Estudantes da Escola Luterana São Mateus, em Sapiranga, conquistaram reconhecimento internacional ao serem premiados em uma Feira de Pesquisa Científica realizada na Tunísia, no continente africano, em março. Sob a orientação do professor Rômulo Cândido de Souza, dois grupos de alunos apresentaram seus projetos inovadores na feira I-FEST², destacando-se entre centenas de participantes de todo o mundo.

Matheus e Tiago representarão o projeto sobre biodiesel na Coreia do Sul, enquanto Maitê apresentou o trabalho na Tunísia | abc+



Matheus e Tiago representarão o projeto sobre biodiesel na Coreia do Sul, enquanto Maitê apresentou o trabalho na Tunísia

Foto: Divulgação

Um dos projetos que brilharam na feira internacional foi intitulado “Biodiesel: Transformando um resíduo em biocombustível”. Desenvolvido pelos estudantes Maitê Wingert, Matheus Gabriel de Souza e Tiago Rafael Wasen, ambos de 16 anos, o projeto investiga a produção de biodiesel a partir de óleo de cozinha usado. Na ocasião, apenas Maitê esteve presente na I-FEST², uma vez que, em agosto, está prevista a participação da pesquisa do Biodiesel em uma feira na Coreia do Sul, ocasião em que Matheus e Tiago devem estar presentes.

Para a estudante, foram dias intensos de imersão em uma cultura incrivelmente rica e diversa. “Foi uma jornada repleta de desafios, descobertas e aprendizados, revelando como diferentes culturas podem compartilhar problemas semelhantes”, disse Maitê.



Iniciado em 2021, o projeto já recebeu prêmios em feiras nacionais e até conquistou a medalha de prata na Genius Olympiad 2023, realizada em Nova Iorque. “O evento reuniu representantes de mais de 50 países nos Estados Unidos e nossos alunos se destacaram entre 1.500 trabalhos, elevando o nome do Brasil no cenário global”, explicou a professora Dione Galvani. Na Tunísia, o trabalho ficou entre os dez melhores entre mais de 200 projetos, garantindo aos alunos uma medalha de ouro.

Ajuda contra o Parkinson

Outro projeto de destaque foi o “Protótipo de luva com aquecimento para a diminuição da rigidez articular nos portadores de Parkinson”. Idealizado pelas estudantes Ana Luísa Fülber Cardoso e Fernanda Kovalski Cavalheiro em 2018, o projeto, que ficou com a medalha de bronze, visa desenvolver uma solução para auxiliar pacientes com Parkinson a lidar com a rigidez articular.

Fernanda e Ana Luísa ficaram com a medalha de bronze | abc+



Fernanda e Ana Luísa ficaram com a medalha de bronze

Foto: Divulgação

A inspiração para a criação deste projeto surgiu na casa de Fernanda, cujo tio, Gilson Kovalski, é portador da doença. “A trajetória da Fernanda e da Ana se resume em empatia, carinho e respeito, pois tive a grata surpresa de vê-las fazendo isso tudo para me ajudar e me oferecer uma qualidade de vida melhor. Tenho orgulho e, ao mesmo tempo, a certeza de que elas ainda vão ajudar muitas pessoas com Parkinson”, relatou Kovalski. O grupo foi agraciado com uma medalha de bronze na feira realizada na Tunísia.

De acordo com a diretora Dione Galvani, a participação desses jovens talentosos em eventos científicos internacionais não apenas destaca a excelência educacional da Escola Luterana São Mateus, mas também promove a valorização de práticas sustentáveis e o desenvolvimento de soluções inovadoras para desafios sociais. “Trabalhamos todos os anos, com nossos estudantes, a pesquisa científica. E eles participam da nossa multifeira interna. A partir disso, os principais trabalhos são encaminhados para outras feiras no Brasil. Hoje somos filiados em oito, dentre elas a Febrace/SP e Mostratec/RS”, explica.

A professora conclui dizendo que estas feiras são espaços de aprendizado que promovem a compreensão de questões ambientais e sociais que fomentam a valorização de práticas entre a juventude global. “Nossa imensa alegria é poder contar a trajetória das pesquisas científicas dos nossos estudantes, todo o reconhecimento que já receberam e os novos caminhos que estão por vir. Também, buscamos apoio de empresas ou pessoas físicas para apoiar esta nova feira”, conclui.

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