RECONHECIMENTO
Aluna da Unisinos é selecionada para treinamento em alto mar na África do Sul
Tamires Nunes Zardin é pesquisadora do Instituto Tecnológico de Paleoceanografia e Mudanças Climáticas e aluna de doutorado na Escola Politécnica da universidade
Última atualização: 06/03/2024 12:21
Embarcar em uma viagem pelos mares revoltos da costa sul-africana pode provocar apreensão em muitas pessoas. Mas para algumas, como a bióloga Tamires Nunes Zardin, pesquisadora do Instituto Tecnológico de Paleoceanografia e Mudanças Climáticas (itt Oceaneon) e aluna de doutorado na Escola Politécnica da Unisinos, pode representar uma grande oportunidade de avançar em pesquisas. Tamires foi selecionada e participou de um treinamento técnico sobre o uso de equipamentos oceanográficos, na Cidade do Cabo, África do Sul.
Conforme a Unisinos, o programa incluiu treinamento teórico em terra e aplicação e uso dos equipamentos em alto mar. As atividades foram custeadas pelo laboratório alemão ZMT (Leibniz Zentrum für Marine Tropenforschung) e realizadas a partir das ações do All-Atlantic Cooperation for Ocean Research and Innovation (AANChOR-CS), projeto que é resultado de cooperação entre diversos países banhados pelo Oceano Atlântico.
O objetivo é compreender melhor e gerenciar de maneira sustentável o oceano como um todo. O edital para o treinamento estava aberto para estudantes da área de oceanografia e geociências que fossem cidadãos de países signatários da Declaração de Belém.
"No itt Oceaneon, trabalho com foraminíferos planctônicos. São organismos protistas, unicelulares, que produzem uma carapaça calcária que fica preservada no sedimento oceânico mesmo após a morte deles", conta a pesquisadora. Conforme a universidade, em seu mestrado, Tamires trabalhou com a espécie Globigerinoides ruber, na qual observou existir vários morfotipos.
São espécies utilizadas em pesquisas paleoceanográficas. "Meu questionamento é se são realmente morfotipos da mesma espécie ou se são espécies diferentes. Para descobrir isso, podemos usar técnicas de análise genética. Então, esse curso me ajudou a aprender a fazer a coleta dos organismos vivos no oceano."
Simpósio na Itália
Para completar, Tamires participará de um simpósio na Itália em junho. Ela foi contemplada com a bolsa Joseph A. Cushman Award, que auxilia estudantes a apresentarem seus trabalhos em eventos internacionais e custeará a sua ida ao Simpósio Internacional de Foraminíferos (Forams 2023). O congresso ocorre em Perugia, na Itália, entre 26 e 30 de junho. Ela apresentará um trabalho sobre “as mudanças ocorridas no ambiente e na distribuição de nutrientes e fauna de foraminíferos planctônicos durante o último máximo glacial do planeta, que ocorreu há aproximadamente 23 mil anos”.
Embarcar em uma viagem pelos mares revoltos da costa sul-africana pode provocar apreensão em muitas pessoas. Mas para algumas, como a bióloga Tamires Nunes Zardin, pesquisadora do Instituto Tecnológico de Paleoceanografia e Mudanças Climáticas (itt Oceaneon) e aluna de doutorado na Escola Politécnica da Unisinos, pode representar uma grande oportunidade de avançar em pesquisas. Tamires foi selecionada e participou de um treinamento técnico sobre o uso de equipamentos oceanográficos, na Cidade do Cabo, África do Sul.
Conforme a Unisinos, o programa incluiu treinamento teórico em terra e aplicação e uso dos equipamentos em alto mar. As atividades foram custeadas pelo laboratório alemão ZMT (Leibniz Zentrum für Marine Tropenforschung) e realizadas a partir das ações do All-Atlantic Cooperation for Ocean Research and Innovation (AANChOR-CS), projeto que é resultado de cooperação entre diversos países banhados pelo Oceano Atlântico.
O objetivo é compreender melhor e gerenciar de maneira sustentável o oceano como um todo. O edital para o treinamento estava aberto para estudantes da área de oceanografia e geociências que fossem cidadãos de países signatários da Declaração de Belém.
"No itt Oceaneon, trabalho com foraminíferos planctônicos. São organismos protistas, unicelulares, que produzem uma carapaça calcária que fica preservada no sedimento oceânico mesmo após a morte deles", conta a pesquisadora. Conforme a universidade, em seu mestrado, Tamires trabalhou com a espécie Globigerinoides ruber, na qual observou existir vários morfotipos.
São espécies utilizadas em pesquisas paleoceanográficas. "Meu questionamento é se são realmente morfotipos da mesma espécie ou se são espécies diferentes. Para descobrir isso, podemos usar técnicas de análise genética. Então, esse curso me ajudou a aprender a fazer a coleta dos organismos vivos no oceano."
Simpósio na Itália
Para completar, Tamires participará de um simpósio na Itália em junho. Ela foi contemplada com a bolsa Joseph A. Cushman Award, que auxilia estudantes a apresentarem seus trabalhos em eventos internacionais e custeará a sua ida ao Simpósio Internacional de Foraminíferos (Forams 2023). O congresso ocorre em Perugia, na Itália, entre 26 e 30 de junho. Ela apresentará um trabalho sobre “as mudanças ocorridas no ambiente e na distribuição de nutrientes e fauna de foraminíferos planctônicos durante o último máximo glacial do planeta, que ocorreu há aproximadamente 23 mil anos”.