Fechado desde maio durante as enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul, o Aeroporto Internacional Salgado Filho reabrirá parcialmente a partir de outubro. A informação foi confirmada pelo ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, após reunião realizada com representantes da concessionária Fraport na tarde desta terça-feira (16), que anunciou a retomada de 50 voos por dia, o que deve representar 350 voos semanais, a partir de outubro.
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Foto: Paulo Pires/GES
De acordo com Costa, até dezembro o Salgado Filho será aberto totalmente. “O que ficou estabelecido é que agora no mês de outubro iremos reabrir parcialmente o aeroporto e até dezembro o aeroporto estará aberto 100% aberto e operando como estava antes da enchente”, afirmou o ministro em coletiva de imprensa concedida após o encontro com o CEO global da Fraport, Stefan Schulte.
No encontro, a concessionária apresentou o plano de retomada que prevê o restabelecimento de 1,7 mil metros de pista em outubro, o que permitirá a operação parcial. Em dezembro devem ser finalizadas as ações de conserto no restante da pista, que soma cerca de 2 mil metros, permitindo o retorno completo do Salgado Filho, que nesta segunda-feira (15) retomou a operação de check-in, mas os voos seguem partindo e chegando na Base Aérea de Canoas.
Costa garantiu que o governo seguirá trabalhando para ampliar a capacidade de atendimento de outros terminais do Estado. A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), empresa estatal responsável pela administração de aeroportos no país, já anunciou que irá assumir a gestão dos aeroportos de Torres e Canoas, atualmente sob a responsabilidade do governo do Estado.
Fraport pede recursos
Um valor de R$ 700 milhões foi solicitado pela Fraport durante a reunião que contou também com a presença do ministro da Casa Civil, Rui Costa. O pedido será analisado pela Advocacia Geral da União (AGU) até sexta-feira (19), e o parecer deve ser levado para análise do Tribunal de Contas da União (TCU) já na próxima segunda-feira (22).
Segundo Silvio Costa, antes de o governo injetar dinheiro na empresa será analisado o que as seguradoras contratadas pela concessionária antes das enchentes de maio. “A concessionária está solicitando recursos de ações que a seguradora pode não pagar. “A própria Fraport tem trabalhado junto às seguradoras para que tenha direito ao seguro.”
Valor das passagens
O ministro de Portos e Aeroportos também comentou a alta nas tarifas de voos desde que o Salgado Filho foi fechado. Segundo ele, o fechamento do terminal gaúcho tem impactado nos preços das passagens de todo país. “Tendo em vista uma redução no número de voos por fechamento do Salgado Filho temos passagens caras”.
Para minimizar este impacto, Costa Filho afirma que o governo tem conversado com as empresas para encontrar alternativas. “Tendo em vista uma redução no número de voos por fechamento do Salgado Filho temos passagens caras”, afirmou Costa Filho defendendo que as empresas realizem compras antecipadas de passagens aéreas.
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