MUDANÇAS
AEROPORTO: O que os passageiros precisam saber sobre a volta dos voos ao Salgado Filho
Principal aeroporto da região Sul, terminal volta a operar parcialmente a partir desta segunda-feira
Última atualização: 20/10/2024 15:48
Fechado por mais de cinco meses, o Aeroporto Internacional Salgado Filho volta a receber nesta segunda-feira (21) voos comerciais.
Mas antes da retomada das operações, o primeiro avião que aterrissou na pista do terminal foi o que trouxe os ministros de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, e da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta, ainda na sexta-feira (18).
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Os ministros vieram a Porto Alegre para a cerimônia oficial de reabertura do terminal, que retomará suas operações apenas para voos domésticos até dezembro.
Nos primeiros sete dias de funcionamento estão previstos 71 voos diários que atenderão cerca de 9 mil passageiros por dia. Os destinos iniciais irão ligar a capital gaúcha com as cidades de São Paulo, Campinas, Rio de Janeiro e Brasília.
Mas o atendimento já deve crescer na primeira semana, com previsão de 98 voos e 15 mil passageiros atendidos diariamente já no dia 28 de outubro. No dia 4 de novembro serão 122 voos e 16 mil passageiros diários.
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Mudanças
Os passageiros precisam ficar atentos a algumas alterações até a retomada completa do Salgado Filho em dezembro. Uma das alterações é em relação ao horário, pois o terminal ficará fechado para passageiros entre 22h e 7h59 para manutenção. Já os embarques acontecerão entre 8h e 22h sempre no pavilhão 2, onde antes da enchente funcionava o embarque internacional.
Como apenas 1,2 mil metros de pista foram recuperados por enquanto, as viagens serão feitas entre Porto Alegre e os aeroportos de Guarulhos e Congonhas, em São Paulo, Viracopos, em Campinas, Galeão, no Rio de Janeiro, e o Aeroporto Internacional de Brasília.
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Rusgas políticas
Eventos solenes como a reabertura do Salgado Filho costumam ser marcados por amabilidades entre as lideranças políticas. Mas não foi o que aconteceu durante a cerimônia de sexta.
Vice-prefeito de Porto Alegre, Ricardo Gomes (sem partido), conhecido desafeto de partidos de esquerda e da intervenção estatal, uma crítica bastante direta. “Diria da irresponsabilidade daqueles que tentaram atribuir a uma ou duas casas de bombas ou a uma só comporta”, iniciou disparando em defesa do governo municipal.
Na sequência, mesmo diante de ministros de Estado, exaltar a privatização e criticar a ação estatal. “Quis destino que no momento de desafio maior a nossa cidade tivesse um aeroporto e as vidas das pessoas nas de uma romena e de uma empresa alemã. Deus sabe quanto tempo levaríamos para estar vivendo esse momento se a administração do aeroporto ainda fosse estatal”, afirmou.
A fala não ficou sem resposta imediata, já que na sequência quem tomou a palavra foi o deputado federal Dionilso Marcon (PT/RS). “Tem sim muito dinheiro do Estado para recuperar este aeroporto”, destacou o parlamentar.
Coube ao vice-governador o papel de bombeiro em seu discurso. “Poderia aqui elencar uma série de obras e de investimentos na maior parte delas estatais, mas também privados, que são fundamentais para que nós possamos fazer com que a economia do Estado retorne plenamente para que o Estado seja melhor ainda do que era antes.”
Mais tarde, durante a coletiva, Pimenta descartou qualquer mal-estar em razão da postura de Gomes.
Investimento
Envolta em polêmicas e mistérios, os investimentos para a recuperação do Salgado Filho foram confirmados pela CEO da empresa, Andrea Pall, após os discursos. De acordo com ela, serão necessários investimentos bem abaixo dos R$ 900 milhões previstos inicialmente. “O investimento ficará entre R$ 400 e R$ 450 milhões”, afirmou ela já projetando a parte final da obra que vai totalizar a recuperação de 3,2 mil metros de pista.
Por parte do governo federal estão garantidos repasses que totalizam R$ 425 milhões, dos quais R$ 49 milhões foram depositados justamente na sexta. Outros recursos virão de empréstimos subsidiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e do seguro da empresa.
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