PORTO ALEGRE

AEROPORTO: Investimento para reconstrução do Salgado Filho pode chegar a R$ 450 milhões

Cerimônia de reinauguração ocorreu nesta sexta-feira na capital gaúcha

Publicado em: 18/10/2024 17:31
Última atualização: 18/10/2024 17:32

Nos últimos cinco meses, o Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, permaneceu fechado para pousos e decolagens devido à maior enchente da história do Rio Grande do Sul.

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Principal terminar do Sul do Brasil foi reinaugurado nesta sexta-feira Foto: Isaías Rheinheimer/GES-Especial

Nesta sexta-feira (18), o principal terminal aéreo da região Sul foi reinaugurado oficialmente, em uma cerimônia que contou com a presença dos ministros Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos) e Paulo Pimenta (Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República).

O primeiro avião a aterrissar na nova pista do aeroporto, após 160 dias de fechamento, foi uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB), que trouxe os ministros e uma comitiva de deputados e assessores para o evento. Às 9h48, a aeronave tocou o solo.

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As obras de reconstrução do Salgado Filho, que teve a pista e o primeiro piso totalmente inundados, ainda estão em andamento. Além da pista, diversos equipamentos sofreram danos, e a previsão de conclusão dos trabalhos é para dezembro, quando a Fraport espera retomar completamente as operações.

Durante a coletiva de imprensa após a cerimônia, a CEO da Fraport Brasil, Andrea Pal, informou que o investimento para a reconstrução do aeroporto pode alcançar R$ 450 milhões. "Ainda estamos finalizando as contratações, mas o investimento ficará entre R$ 400 milhões e R$ 450 milhões", afirmou.

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Fraport recebe R$ 709 milhões em aportes

Inicialmente, a Fraport chegou a estimar que seriam necessários R$ 900 milhões para reabrir o aeroporto. No entanto, segundo Andrea Pal, essa foi uma projeção feita antes de se ter uma avaliação detalhada dos danos. "Pensávamos que precisaríamos consertar e substituir tudo. Porém, ao avaliarmos a situação, conseguimos recuperar grande parte dos equipamentos, o que reduziu o custo para cerca de R$ 400 milhões a R$ 450 milhões", explicou.

Apesar da redução no valor estimado, a Fraport captou R$ 709 milhões para o processo de reconstrução. Desse montante, R$ 426 milhões foram aportados pelo Governo Federal, valor quase suficiente para cobrir os investimentos previstos pela concessionária. A Fraport também obteve R$ 100 milhões em financiamento do BNDES e R$ 183 milhões do seguro.

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Na quinta-feira (17), segundo o ministro Paulo Pimenta, o governo fez o depósito de R$ 49 milhões na conta da concessionária. O restante dos valores será repassado de forma parcelada, à medida que a necessidade dos gastos for comprovada.

No entanto, o aporte governamental não será destinado exclusivamente para a reconstrução. O montante faz parte de uma negociação de reequilíbrio econômico do contrato de concessão, solicitado pela Fraport.

Durante a revisão contratual, serão avaliados os direitos e obrigações da concessionária e do poder concedente. A análise poderá confirmar ou revogar a medida cautelar, reconhecer que não há direito ao reequilíbrio, ou determinar que o valor a ser reequilibrado é inferior ao solicitado. Caso o montante final seja menor, a Fraport deverá ajustar os valores e restituir o excedente ao Poder Público.

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