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ANDAMENTO DAS OBRAS

AEROPORTO: Com 1,5 quilômetro de pista por fazer, Fraport detalha processo de reconstrução do Salgado Filho

Concessionária estima que 55% da recomposição da principal pista, incluindo as áreas de taxiway, estejam concluídas

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Publicado em: 29/08/2024 às 16h:38 Última atualização: 29/08/2024 às 17h:27
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Uma visita técnica exclusiva para a imprensa ao Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, permitiu um detalhamento do andamento das obras de reconstrução do principal terminal aéreo do Rio Grande do Sul após a enchente histórica de maio deste ano. A tragédia forçou o fechamento do aeroporto e trouxe consequências dramáticas para diversos setores do Estado.

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Obras no aeroporto Salgado Filho | abc+



Obras no aeroporto Salgado Filho

Foto: Isaías Rheinheimer/GES-Especial

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A visita foi organizada pela Fraport, concessionária que administra o terminal, e que é responsável pelo trabalho de reconstrução do aeroporto. Durante o encontro, ocorrido nesta quinta-feira (29), diretores da Fraport reafirmaram o compromisso assumido há cerca de um mês de reabrir parcialmente o Salgado Filho no dia 21 de outubro para voos domésticos.

Até lá, contudo, as equipes empregadas no processo de reconstrução do terminal, que ficou com todo o primeiro pavimento – incluindo a pista e as áreas de embarque e desembarque – tomado por água, terão dias e noites de um trabalho intenso e desafiador, já que os sinais da enchente seguem vivos em diferentes espaços do aeroporto, apesar de passados cerca de quatro meses da catástrofe climática que assolou o Estado.

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O diretor de infraestrutura da Fraport, Cássio Gonçalves, explica que as obras estão na chamada fase 2, que irão permitir a reabertura parcial do aeroporto no prazo previsto, com 1.730 metros de pista totalmente nova. “Estamos trabalhando diuturnamente, e não é de agora, mas desde a primeira semana da enchente. Tudo isso que está acontecendo agora é resultado de um trabalho iniciado quando isso aqui estava tudo embaixo d’água”, colocou.

Gonçalves explicou que para a reconstrução do terminal foram firmados cerca de 70 contratos, totalizando o emprego de 700 trabalhadores e cerca de 150 veículos e equipamentos envolvidos na obra.



Reconstrução da pista

A pista ao Salgado Filho tem 3,2 quilômetros e praticamente toda ela precisou ser refeita. Entretanto, nesse processo de retomada de voos apenas uma parte da pista estará apta a receber pousos e decolagens, e é por isso que neste primeiro momento o aeroporto irá operar somente com voos domésticos.

O gerente de infraestrutura da Fraport, Diógenes Sartor, explicou que o trecho da pista que estará apto a receber voos em outubro é o que fica para o lado leste, onde o asfalto já está em fase final de recomposição, com as últimas camadas sendo aplicadas. Este trecho da pista tem pouco mais de 1,7 quilômetro.

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Nesta quinta-feira, foi possível observar uma grande mobilização nesta frente de trabalho, com pavimentadoras de asfalto, rolos compactadores e caminhões carregados com asfalto quente circulando neste trecho. “Nossa pista tem 3,2 quilômetros e precisamos refazer 2,3 quilômetros. Hoje estamos com cerca de 55% de execução”, detalhou. Neste percentual está incluída a área de taxiway, que já foi refeita, e de taxilane.

Na outra metade da pista, de cerca de 1,4 quilômetro, o trabalho é lento e desafiador, mas também é o ponto que mais foi afetado com a cheia, pois chegou a ficar com 1,5 metros de água por dias.

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Neste trecho, segundo Sartor, ainda ocorre a fase de fresagem, que consiste na remoção do asfalto ruim até a base da pista, que é de concreto. Só depois disso é que a Fraport inicia o processo de recomposição do asfalto. Neste local, há pontos com uma “cratera” de 40 centímetros. Essa é a espessura de asfalto que há sobre a pista após a base de concreto.

Pelo trabalho que ainda há por ser feito, a previsão é de que essa parte da pista esteja pronta somente na segunda quinzena de dezembro, que é quando a concessionária espera que o Salgado Filho volte a operar com 100% da sua capacidade.

Usina de asfalto foi montada dentro do aeroporto

Para garantir celeridade ao processo de recomposição da pista, uma usina de asfalto foi montada dentro do terminal aéreo. Somente ela produz 1,5 tonelada de asfalto por hora desde o dia 17 de agosto, quando entrou em operação.

Além dessa, a concessionária recebe asfalto de outras duas usinas que ficam, respectivamente, 30 quilômetros e 60 quilômetros distantes de Porto Alegre.

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O que motivou a visita técnica

Embora não tenham falado publicamente, a abertura do aeroporto à imprensa pela Fraport busca contrapor uma teoria criada a partir de uma publicação de um veículo de comunicação de que o Governo Federal estaria boicotando a reabertura do terminal por questões políticas.

A notícia provocou, inclusive, um pedido de investigação do TCU sobre o assunto por deputados ligados à oposição, e também motivou manifestações do ministro Paulo Pimenta classificando como criminosas as ilações feitas. A própria Fraport também lançou uma nota pública desmentindo o assunto.

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