A chegada de um avião Cessna Skyhawk PT-JME ao Aeroclube de Novo Hamburgo, em 1974, mudou o patamar da aviação local. A primeira aeronave tecnológica do aeroclube da cidade foi adquirida através de um financiamento cujas parcelas foram pagas, preponderantemente, por meio de voos comerciais realizados para as indústrias do setor coureiro-calçadista do Vale do Sinos, que precisam expandir os negócios devido ao boom das exportações.
No último dia 24, quando a chegada do avião a Novo Hamburgo completou meio século, o aeroclube reuniu os associados para comemorar o feito e relembrar as histórias envolvendo o Cessna, que segue até hoje operando e auxiliando na formação de novos pilotos. “Esse avião é um Cessna, modelo 172, de quatro lugares, que qualificou muito a questão da instrução de voo na formação de novos pilotos nesses 50 anos”, explica o atual presidente do aeroclube, Alceu Mario Feijo Filho.
Durante a celebração, também foi realizada uma homenagem ao piloto Harro Otto Schmitt, que na época era o presidente do aeroclube e foi quem viajou aos Estados Unidos para buscar a aeronave. “Foi uma navegação épica. Foram 12 mil quilômetros numa época em que não existia GPS e a navegação tinha que ser feita guiado por bússola”, recorda Feijo.
O veterano aviador, hoje com 89 anos, marcou presença no evento e foi surpreendido ao saber que a diretoria do Aeroclube de Novo Hamburgo decidiu rebatizar a aeronave que ele comprou na década de 70 com seu nome. “Ele ficou muito emocionado”, sublinha. Após a revelação, Schmitt repetiu um gesto realizado quando o avião pousou pela primeira vez em Novo Hamburgo: deu um banho de champanhe na aeronave.
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