CRIME DE ÓDIO
Adolescente é apreendido em Novo Hamburgo por atos de racismo no Mato Grosso do Sul
"Se for preto saia do grupo ou pinte-se de branco" era uma das "regras" para pertencer à comunidade virtual administrada pelo estudante de 15 anos
Última atualização: 01/02/2024 16:45
Atos de racismo cometidos por alunos de uma escola estadual da cidade de Aral Moreira, no Mato Grosso do Sul, resultaram na apreensão de um adolescente de 15 anos em Novo Hamburgo na tarde desta segunda-feira (6). Ele era um dos três administradores de grupo de WhatsApp que pregava segregação racial. O estudante foi liberado após atualizar o endereço no Vale do Sinos e se comprometer a comparecer às audiências.
Com a disseminação de áudios e mensagens racistas, o caso começou a ser investigado em agosto do ano passado no município sul-matogrossense. A denúncia partiu da direção da escola, que fica perto da fronteira com o Paraguai. Policiais militares foram ao colégio e constataram o crime, que envolvia alunos de quatro turmas do oitavo ano.
Violência
O grupo tinha estabelecido regras para os membros com mensagens discriminatórias: “Se for preto saia do grupo ou pinte-se de branco”. E incitavam violência física: “E quem for do grupo e achar um dessa raça na rua, encha de bicuda…” Na delegacia, acompanhados dos pais, os três alegaram que era “brincadeira”. O processo tramita no fórum de Ponta Porã.
Estudante reagiu com tranquilidade
No fim do ano passado, o Ministério Público pediu mandado de busca e apreensão a um dos três, que teria ido embora do Estado com a família. Um possível paradeiro foi descoberto em Novo Hamburgo, cidade de nascimento do menor foragido e onde tem parentes. A 1ª Delegacia de Polícia local confirmou o endereço da casa, no bairro Vila Diehl, e apreendeu o menor por volta das 14h30.
O adolescente reagiu com tranquilidade. O pai estava apreensivo e contrariado. Segundo o delegado da 1ª DP hamburguense, Tarcísio Kaltbach, o menor infrator foi levado à Central de Polícia para os despachos. No fim da tarde, conforme determinação judicial, foi liberado. Na nova escola em Novo Hamburgo, não há relatos de infrações.
Um infrator já recebeu sentença
Um ex-colega do hamburguense, que é da cidade de Aral Moreira, recebeu como sentença uma advertência no Juizado da Infância e da Juventude. “Foi devidamente advertido nesta audiência a não mais se envolver em atos infracionais, sob pena de sofrer punições mais severas”, despachou a juíza Thielly Pitthan. O hamburguense ainda aguarda a decisão judicial, junto com o terceiro administrador do grupo, que é de Ponta Porã-MS.
A Polícia Civil do MS enalteceu a parceria. “Com a apreensão, o adolescente ficará à disposição da justiça na cidade de Novo Hamburgo, para que o processo judicial, oriundo do Estado de Mato Grosso do Sul, possa retomar ao seu curso normal, com a possibilidade de responsabilização do adolescente. O apoio da Polícia Civil do Estado do Rio Grande do Sul foi de grande importância para o sucesso na apreensão, evitando o deslocamento oneroso dos policiais civis deste Estado para a já mencionada cidade distante, ação a qual reforçou a importância da atuação conjunta entre as forças de Estados diversos.”
Atos de racismo cometidos por alunos de uma escola estadual da cidade de Aral Moreira, no Mato Grosso do Sul, resultaram na apreensão de um adolescente de 15 anos em Novo Hamburgo na tarde desta segunda-feira (6). Ele era um dos três administradores de grupo de WhatsApp que pregava segregação racial. O estudante foi liberado após atualizar o endereço no Vale do Sinos e se comprometer a comparecer às audiências.
Com a disseminação de áudios e mensagens racistas, o caso começou a ser investigado em agosto do ano passado no município sul-matogrossense. A denúncia partiu da direção da escola, que fica perto da fronteira com o Paraguai. Policiais militares foram ao colégio e constataram o crime, que envolvia alunos de quatro turmas do oitavo ano.
Violência
O grupo tinha estabelecido regras para os membros com mensagens discriminatórias: “Se for preto saia do grupo ou pinte-se de branco”. E incitavam violência física: “E quem for do grupo e achar um dessa raça na rua, encha de bicuda…” Na delegacia, acompanhados dos pais, os três alegaram que era “brincadeira”. O processo tramita no fórum de Ponta Porã.
Estudante reagiu com tranquilidade
No fim do ano passado, o Ministério Público pediu mandado de busca e apreensão a um dos três, que teria ido embora do Estado com a família. Um possível paradeiro foi descoberto em Novo Hamburgo, cidade de nascimento do menor foragido e onde tem parentes. A 1ª Delegacia de Polícia local confirmou o endereço da casa, no bairro Vila Diehl, e apreendeu o menor por volta das 14h30.
O adolescente reagiu com tranquilidade. O pai estava apreensivo e contrariado. Segundo o delegado da 1ª DP hamburguense, Tarcísio Kaltbach, o menor infrator foi levado à Central de Polícia para os despachos. No fim da tarde, conforme determinação judicial, foi liberado. Na nova escola em Novo Hamburgo, não há relatos de infrações.
Um infrator já recebeu sentença
Um ex-colega do hamburguense, que é da cidade de Aral Moreira, recebeu como sentença uma advertência no Juizado da Infância e da Juventude. “Foi devidamente advertido nesta audiência a não mais se envolver em atos infracionais, sob pena de sofrer punições mais severas”, despachou a juíza Thielly Pitthan. O hamburguense ainda aguarda a decisão judicial, junto com o terceiro administrador do grupo, que é de Ponta Porã-MS.
A Polícia Civil do MS enalteceu a parceria. “Com a apreensão, o adolescente ficará à disposição da justiça na cidade de Novo Hamburgo, para que o processo judicial, oriundo do Estado de Mato Grosso do Sul, possa retomar ao seu curso normal, com a possibilidade de responsabilização do adolescente. O apoio da Polícia Civil do Estado do Rio Grande do Sul foi de grande importância para o sucesso na apreensão, evitando o deslocamento oneroso dos policiais civis deste Estado para a já mencionada cidade distante, ação a qual reforçou a importância da atuação conjunta entre as forças de Estados diversos.”
Com a disseminação de áudios e mensagens racistas, o caso começou a ser investigado em agosto do ano passado no município sul-matogrossense. A denúncia partiu da direção da escola, que fica perto da fronteira com o Paraguai. Policiais militares foram ao colégio e constataram o crime, que envolvia alunos de quatro turmas do oitavo ano.