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SÃO LEOPOLDO

Acusados da morte de jovem dentro do Hospital Centenário irão a júri nesta terça-feira

Crime aconteceu no dia 9 de novembro de 2018 e terminou na morte de Gabriel Vilas Boas Minossi, de 19 anos

Renata Strapazzon
Publicado em: 11/12/2023 às 14h:30 Última atualização: 12/12/2023 às 06h:58
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Mais de cinco anos depois de um crime que chocou o Vale do Sinos, os acusados pela execução de um jovem por engano dentro do Hospital Centenário, em São Leopoldo, irão a júri popular nesta terça-feira (12). O julgamento está marcado para começar às 9 horas, no Fórum da cidade. O crime aconteceu no dia 9 de novembro de 2018 e resultou na morte de Gabriel Vilas Boas Minossi, 19 anos, baleado por engano.

Crime aconteceu na madrugada de 9 de novembro



Crime aconteceu na madrugada de 9 de novembro

Foto: Reprodução

Apontados pela Polícia Civil como os executores do crime e denunciados pelo Ministério Público, serão julgados William Gabriel Almeida Pereira, Lucas Gabriel Pedroso Nunes, Jorge Gilberto da Silva Júnior, e Deivid Silva de Ávila, além do suposto mandante, Eberson Ferreira Almeida.

Todos os cinco denunciados estão presos. Os crimes imputados a eles, conforme a promotoria, na época da denúncia, são um homicídio consumado duplamente qualificado, duas tentativas de homicídio qualificado, receptação de veículo e formação de quadrilha armada.

O crime aconteceu na madrugada de 9 de novembro. Por volta das 4 horas, quatro homens chegaram ao Hospital em um veículo Fiesta sedan. Dois, armados com pistolas calibre 9 milímetros e com os rostos cobertos, acessaram o local enquanto outros dois, também com toucas ninja, monitoravam a porta e o saguão, um deles portando uma arma longa, semelhante a um fuzil. Da porta da clínica cirúrgica, a dupla disparou mais de 20 vezes, acertando Gabriel Vilas Boas Minossi, que morreu no local.

Os disparos também acertaram, sem gravidade, um outro paciente e a acompanhante dele. O verdadeiro alvo dos atiradores, no entanto, segundo a polícia, seria Alex Júnior Abreu Tubiana, 28 anos, que se recuperava de uma tentativa de homicídio sofrida dois dias antes. Toda a ação dos criminosos foi flagrada pelas câmeras do sistema de videomonitoramento do hospital.

Horas depois, o carro usado na fuga foi encontrado abandonado na Rua Adolfo Bezerra de Menezes, no bairro Vicentina. Com placas de Sapucaia do Sul, o veículo havia sido roubado na noite anterior ao crime, em Esteio.

Uma semana após o crime, três dos suspeitos já haviam sido presos pela polícia. Um deles, William Gabriel Almeida Pereira, capturado no dia 13 de novembro em Portão com uma pistola calibre 9 milímetros, três carregadores e quase 50 munições.

Os outros dois, Lucas Gabriel Pedroso Nunes e Jorge Gilberto da Silva Júnior, detidos por agentes da Delegacia de Polícia de Homicídios (DPH) no dia 16 na Vila Brás, no bairro Santos Dumont, em São Leopoldo. Já Deivid Silva de Ávila, foi preso no dia 24, em Florianópolis, em Santa Catarina.

Verdadeiro alvo foi morto em confronto com a Polícia em 2020

Conforme a polícia, o verdadeiro alvo do bando no ataque dentro do Hospital Centenário era Alex Júnior Abreu Tubiana, 28 anos. Ele era acusado de, pelo menos, dois homicídios ocorridos em 2015 na Vila Brás e ocuparia o cargo de “matador” dentro de uma quadrilha liderada por um traficante. Ele já havia sido condenado a 12 anos de prisão por um dos homicídios dos quais era acusado e era considerado pela polícia um criminoso de alta periculosidade.

Após a invasão ao Hospital Centenário, Tubiana solicitou recusa do tratamento e deixou a casa de saúde depois de assinar um termo de responsabilização. Eleacabou morto em setembro de 2020 em um confronto com a Brigada Militarapós assalto a banco no Litoral Norte.

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