O governo do Estado aceitou a contraproposta do Hospital Bom Jesus (HBJ), em Taquara, para renovação do atendimento oncológico dos pacientes de Novo Hamburgo. O pedido de um incremento de R$ 240.542,12 foi apresentado na última quinta-feira (16) em reunião dos dirigentes da casa de saúde com a diretora do Departamento de Gestão e da Atenção Especializada (DGAE) da Secretaria Estadual da Saúde (SES), Lisiane Fagundes.
A notícia de que a SES aceitou ampliar o repasse foi informada no final da tarde de segunda-feira (20) à direção do HBJ. Com isso, Dirceu Dal’Molin, presidente da Associação Hospitalar Vila Nova, que faz a gestão do local, diz que a renovação do contrato está próxima. “Vai dar certo, pode tranquilizar a população”, afirma ele ao falar sobre a continuidade do tratamento. Através de sua assessoria, a SES confirmou os novos valores “diante da ampliação da oferta de serviços.”
Dal’Molin explica que este reajuste no repasse era o ponto mais importante para encaminhar a assinatura do oitavo termo aditivo do contrato entre SES e a instituição. Entretanto, outros pedidos também foram postos na mesa durante o encontro com Lisiane.
Pedidos
Entre as demandas do HBJ estão a de que o município de Novo Hamburgo comece a realizar os exames dos pacientes oncológicos, evitando assim o deslocamento para quem precisar fazer esses procedimentos. Outro pedido de Dal’Molin é de que o governo do Estado, através da SES, garanta uma complementação para cobrir os valores defasados da tabela SUS, especialmente no caso de exames.
Em nota, a administração de Novo Hamburgo disse que essa negociação não depende da gestão da cidade. “Por se tratar de um contrato celebrado pelo Estado e de sua responsabilidade, qualquer alteração neste contrato deve ser formalizada pelo Estado, com quem o Município mantém diálogo permanente nesta questão.”
De acordo com o presidente da Associação Vila Nova, outra demanda que deve ser apresentada aos demais municípios que têm Taquara como referência oncológica é que eles atendam os pacientes em casos de outras doenças. “Paciente tratou câncer e tem uma pneumonia, já querem mandar para o HBJ. Coisas que não tenham a ver com o câncer, os municípios têm condições de atender.”
Tratamento garantido de qualquer jeito, assegura diretor
Mesmo antes do anúncio feito pela SES, o diretor técnico do Hospital, Jaime Guedes Silveira, fez questão de dizer que os pacientes oncológicos não seriam prejudicados. “Não deixamos de fazer nada, por causa disso estamos fazendo esse movimento para não entrar em colapso no ano que vem”, explicou ele ao falar sobre as medidas para buscar mais recursos.
Transferido para Taquara em abril do ano passado, o atendimento oncológico de Novo Hamburgo ampliou o número de pacientes na cidade do Paranhana, gerando uma preocupação entre os gestores do HBJ. Com o avanço nas negociações, o novo contrato deve ser assinado até o fim do ano.
Um aporte de R$ 6 bilhões da SES também será utilizado para ampliar o número de leitos no HBJ.
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