As aulas presenciais na Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Dona Leopoldina, de Taquara, voltaram nesta quinta-feira (21). No entanto, segundo a prefeitura, os pais que não se sentem seguros ou que não querem que os filhos retornem neste momento para a escola, podem seguir com atividades a distância até que seja feita uma nova entrada para o embarque e desembarque dos alunos. “Isso deve ocorrer nas próximas semanas”, informa a administração municipal.
Foto: Susi Mello/GES-Especial
Conforme a Secretaria de Educação, o acidente com o ônibus escolar na segunda-feira (18), onde estavam 13 alunos e o motorista, gerou maior receio aos pais com relação à segurança dos alunos.
Diante dessa demanda antiga da comunidade e que estava nas pautas da prefeitura, a pasta se reunirá com o proprietário do terreno ao lado da escola. A ideia é que ele possa ceder a área até que seja feita a compra do imóvel.
Em janeiro, a prefeita Sirlei Silveira esteve no local. “Já estava em tratativa com o proprietário a compra do terreno ao lado da escola. Agora está na fase de negociação para compra”, frisa a Secretaria de Educação.
Foto: Susi Mello/GES-Especial
A preocupação com o acesso à instituição de ensino foi abordada na terça-feira (19), um dia após o acidente, pela dona de casa Mônica Azevedo, 41, que tem uma filha de 4 anos e que estuda na escola.
Ela conta que o local, onde o ônibus escolar estaciona, é perigoso. “Ele estaciona na entradinha da escola, porém aqui tem descida de caminhão”, comenta.
Mônica diz que, recentemente, um caminhoneiro falou que, se o veículo perder o freio, pode levar o ônibus que estiver parado. “Inclusive, ele disse que se acontecer com o caminhão dele, vai levar o ônibus adiante, porque fica muito na parte da rua”, lembra a dona de casa, explicando que o ônibus fica atravessado para as crianças descerem e embarcarem.
Estado de saúde
Duas crianças permanecem internadas no Hospital de Pronto Socorro de Canoas (HPSC). Uma delas é Lívia Maria Mattos da Silva, 5, que quebrou o fêmur da perna direita no acidente. Segundo a mãe da menina, a agente comunitária de saúde Ludmila de Mattos da Silva, a criança está em um leito, mas ainda não foi transferida para Parobé.
Além da cirurgia, Lívia passou por avaliação neurológica. “Tudo certo quanto a isso, graças a Deus. Não mostrou lesão neurológica, apenas hematomas da batida mesmo”, conta a mãe da criança.
O menino, Diego da Silva Araújo, espera por abertura de leito na Ulbra para transferência. “Foi essa informação que me passaram ontem [quarta]”, informou nesta quinta-feira a mãe da criança, a industriária Tamires Ariane da Silva.
As outras duas crianças estão na pediatria do Hospital São Francisco de Assis, em Parobé.
*Correção: A prefeitura de Taquara havia informado que as aulas ainda não tinham sido retomadas na Dona Leopoldina em função do acidente. No entanto, no fim da tarde desta quinta-feira, a administração municipal entrou em contato e corrigiu a informação anterior, dizendo que as atividades haviam sido recomeçadas. A reportagem foi ajustada às 17h54.
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