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"Achei que fosse uma moto", diz idoso atropelado por veado na Serra gaúcha

Roque Rodrigues Borges, 72 anos, caminhava pela Avenida Osvaldo Aranha, quando foi atingido pelo animal. "Foi um estouro muito forte"

Publicado em: 03/07/2024 14:22
Última atualização: 03/07/2024 14:58

“É até cômico”, é assim que o idoso Roque Rodrigues Borges, 72 anos, classifica a situação pela qual passou na manhã da última sexta-feira (28) em Bento Gonçalves, na Serra gaúcha. Seu Roque conta que fazia suas caminhadas matinais pela Avenida Osvaldo Aranha, quando caiu ao ser atropelado por um cervo, animal conhecido popularmente como veado.


Veado atropela pedestre em Bento Gonçalves Foto: Reprodução

“Foi um estouro muito forte. Achei que fosse uma moto”, explicou. O idoso afirma que tudo foi muito rápido. “Não vi nada, só percebi quando me levantei com as mãos e testa esfoladas de sangue.” Ao perceber que não havia sido uma moto e sim um cervo, se assustou. “Pensei que estivessem brincando, fiquei surpreso, depois me mostraram o vídeo, o animal me acertou em cheio.”

Após se levantar, Seu Roque foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA). “Quando contei, as pessoas também não acreditavam. Foi muito inusitado, tomara que não acontece de novo com mais ninguém”, diz.

O aposentado foi atendido e permaneceu em observação até à noite de sexta-feira, quando teve alta. “Agora estou melhor, sinto poucas dores”, relata.

Presença dos cervos

O Cervo Axis é de origem asiática, sendo comum principalmente em países como China e Índia. Portanto, não fazem parte do ecossistema da América do Sul, sendo introduzidos a partir da Argentina e Uruguai, visando fomentar a caça.

No entanto, pelo fato de possuir poucos predadores naturais, como o Puma, se espalharam rapidamente pelo território sul-americano. Morador de Bento Gonçalves há 60 anos, Seu Roque reitera que nunca havia visto um cervo de perto, muito menos na cidade. “ Nos matos até são comum, mas, na cidade? Nunca.”

Conforme o aposentado, outras pessoas há haviam relatado a presença dos animais. “Falaram que começou depois das enchentes, que eles ficavam perto do Rio das Antes e com a cheia, passaram a procurar outros lugares”, completa.

Conforme o Comando Ambiental, o cervo que atropelou Roque, não foi achado e também não é visto desde o acontecido.

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