ADOÇÃO

Abrigo comemora adoção de animais da enchente em Estância Velha

Espaço encerrou atividades ontem após dar destino a 100% dos pets

Publicado em: 25/07/2024 03:00
Última atualização: 25/07/2024 09:06

Aberto em meio às enchentes de maio, o abrigo que chegou a atender 102 animais domésticos em Estância Velha encerrou nesta quarta-feira (24) suas atividades.

Os voluntários comemoram o fato de fechar o espaço, que ficava na Associação de Moradores do Bairro Lago Azul, garantindo o acolhimento de todos os pets que passaram pelo abrigo. Além dos que voltaram para seus tutores, outros foram adotados e ganharam novos lares.

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Voluntários que trabalharam no local desde maio celebraram o sucesso Foto: Eduardo Amaral/GES-Especial

Durante os cerca de dois meses em que funcionou como lar e ponto de encontro para tutores de animais domésticos, o local contou com o trabalho de aproximadamente 50 voluntários. Entre os que atuaram praticamente desde o início das ações está o casal de consultores previdenciários Gabriel de Lima, 27, e Adrieli Martins, 27. O encerramento das atividades do abrigo gera no casal sentimentos conflitantes. "Eu me sinto alegre e triste", resume Adrieli, em poucas palavras.

Trabalho

Gabriel explica o que leva a esses sentimentos conflitantes convivendo ao mesmo tempo. "Alegria por saber que todos os cachorros foram adotados e os que não foram adotados foram devolvidos aos seus tutores. O sentimento de tristeza por saber que tudo isso acabou", explica. O trabalho dos voluntários foi fundamental para que fossem encontrados 40 tutores de cães que estavam abrigados no local.

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Adrieli e Gabriel não ficaram satisfeitos em apenas auxiliar os animais a serem adotados, fazendo eles mesmos adoções e incentivando familiares. Foi assim que Mano e Mana acabaram ganhando um novo lar com o casal que já tem três outros cães. Além deles, o cão chamado de Orelha também ganhará um lar na família, pois foi adotado pela mãe de Adrieli.

Diferente da maior parte dos cães resgatados no abrigo, Orelha não foi um cão que se perdeu de seus tutores. Ele já era conhecido da vizinhança por circular pelas ruas do bairro e ganhou o nome por ter perdido a orelha esquerda.

Longa viagem

Ceguinha, Estropiado e Lady também precisaram percorrer um longo caminho até seus novos destinos: ainda nesta semana, o trio foi levados a Minas Gerais para encontrar seus novos lares.

Um grupo de quatro voluntários, entre eles Gabriel e Adrieli, fez o transporte de carro dos dois. Os cães foram levados para a casa de outros voluntários, mineiros, que vieram do estado da região Sudeste até Estância Velha para auxiliar durante as enchentes.

Sensibilidade

Ceguinha, uma vira-lata caramelo já idosa e, como o próprio nome diz, cega, sensibilizou uma das voluntárias mineiras, que antes mesmo de sair de Estância já havia avisado que caso ela não encontrasse ninguém disposto a adotá-la que ela ficaria com a cadela.

Orelha, que vivia nas ruas, encontrou um novo lar Foto: Eduardo Amaral/GES-Especial

Para viabilizar essa adoção, os voluntários realizaram a viagem até a cidade de Ibitiúra de Minas, no Sul do Estado para levar Ceguinha até sua nova casa. Em Minas Gerais ela também ganhou um nove nome, e passa agora a se chamar Diana. A viagem, feita de carro, também foi de nova vida para Estropiado e Lady, que ficaram na cidade Andradas, também no Sul de Minas.

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