Já está em solo asiático para disputa do Miss Universo Trans a Miss Brasil Trans 2022, Luanna Isabelly, 28 anos, que também é detentora dos títulos de Miss Trans São Leopoldo e Miss Trans Rio Grande do Sul 2022.
Luanna Isabelly representa o País na competição internacional que ocorrerá em Nova Déli, na Índia ( a diferença de fuso é de mais oitos horas e 30 minutos em relação ao Brasil), entre este sábado (2) e a segunda-feira (4). São 16 candidatas que carregam as bandeiras de seus países nesta disputa que busca destacar a beleza da diversidade.
A brasileira chegou na quinta-feira (30), no Indira Gandhi International Airport de Déli, na Índia, e já posou para fotos e fez postagens enaltecendo a milenar cultura local.
“Indian culture is passionate and very engaging” (“A cultura indiana é apaixonante e muito envolvente”), colocou ela em suas redes sociais, posando com o livro Revisiting the Educational Heritage of India, de Sahana Singh, que trata da herança educacional indiana e a relevância dos antigos sistemas de aprendizado adaptados aos modelos atuais.
Preparação
Em entrevista à jornalista Renata Strapazzon, do Jornal VS, do Grupo Sinos, Luanna disse qiue se preparou por cerca de cinco meses para esta competição. “É algo que exige um comprometimento intenso e multifacetado. Envolve não só cuidados com a alimentação e estética, mas também um esforço colaborativo com uma equipe especializada”, explica.
Para auxiliar nos custos com a viagem, Luanna criou uma vaquinha on-line – o link segue ativo e recebendo doações. Segundo ela, a criação da vaquinha é uma resposta às dificuldades de obter apoio financeiro e patrocínio.
“Os recursos arrecadados são destinados a cobrir custos diversos do concurso, como trajes de gala, traje típico, produção de materiais audiovisuais e gráficos, além de despesas de viagem. Importante também é o investimento em ações de caridade, uma prioridade do concurso Miss Universo Trans, refletindo o compromisso social da candidatura”, comenta Luanna.
Contra o preconceito
Segundo ela, a expectativa para o concurso é alta e vai além da busca por um título.
“É uma oportunidade para representar o Brasil e lutar pela igualdade de direitos e contra o preconceito e a discriminação. Me vejo como uma porta-voz dos grupos sociais minoritários, com o objetivo de combater a violência através de projetos sociais. Além disso, a participação no Miss Universo Trans é histórica para o Brasil, representando a primeira vez que uma candidata brasileira concorre neste evento, trazendo esperança de conquistar um título inédito e significativo para o País”, destaca.
Passagem da faixa
Na semana passada, Luanna passou a faixa de Miss Brasil Trans para a maranhense Ariely Duailibe, em evento em São Paulo e que foi marcado pela emoção. O reinado de Luanna como Miss Brasil é visto por ela como um período repleto de atividades sociais significativas.
“Ao visitar 20 Estados brasileiros, tive a oportunidade de compreender as realidades enfrentadas pelas mulheres trans, fortalecendo o meu compromisso em lutar por essas comunidades. O reconhecimento público e a sensação de dever cumprido marcaram o final do reinado. A entrega da faixa para a sucessora simboliza a continuidade do legado e das responsabilidades sociais associadas ao título.”
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