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RIO GRANDE DO SUL

"A gente foi pego de surpresa", diz secretário de Turismo sobre fechamento da tirolesa mais alta do continente

Fabiano Souza também ressaltou que o baixo turismo na cidade e nos cânions também se deve ao fechamento do Aeroporto Salgado Filho

Publicado em: 12/09/2024 às 12h:49 Última atualização: 12/09/2024 às 12h:49
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A tirolesa instalada no Cânion Fortaleza, no Parque da Serra Geral, em Cambará do Sul (Rio Grande do Sul), foi fechada na semana passada. O motivo, segundo a Urbia, gestora da visitação dos Parques Nacionais de Aparados da Serra e da Serra Geral, é que a operação foi inviabilizada pelo agravamento do baixo fluxo de visitantes nos últimos meses.

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Tirolesa em Cambará do Sul | abc+



Tirolesa em Cambará do Sul

Foto: Arquivo/GES-Especial

“Assim como todo o Estado, a concessionária foi severamente afetada pela crise climática que abateu a região. O plano de reestruturação interna é adequado ao novo contexto da empresa, em meio à calamidade, e faz parte das medidas para mitigar os efeitos da baixa visitação dos parques”, disse em nota.

“Eles [os parques] registraram 60% de queda de maio a agosto, em comparação com o mesmo período do ano passado, devido às péssimas condições das estradas somadas ao comprometimento da malha aérea para o Estado”, acrescentou. A Urbia reafirmou que as demais áreas de visitação seguem abertas.

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O equipamento foi instalado no início do mês de julho de 2023 e, segundo a Urbia, era o mais alto das Américas, com 1.099 metros de altura.

O comunicado sobre o fechamento, por tempo indeterminado, da tirolesa, foi confirmado pelo Secretário de Turismo de Cambará do Sul, Fabiano Souza da Silva. “Esse impacto do encerramento das atividades da tirolesa é negativo. Há relatos de grupos de agências que tinham até 60 pessoas para conhecer a tirolesa e que agora não têm a possibilidade de viver a experiência. A gente foi pego de surpresa, pois não houve nenhuma comunicação prévia da Urbia com o Conselho de Municipal de Turismo, entre outros órgãos”, disse o secretário.

Fabiano Souza também ressaltou que o baixo movimento de turistas em visita à cidade e aos cânions também se deve ao fechamento do Aeroporto Salgado Filho em Porto Alegre, desde início de maio deste ano, quando foi inundado pelas enchentes. “Sem o aeroporto, foi reduzido muito o fluxo de turistas de outras regiões do Brasil. O fato de recebermos essa notícia que a tirolesa não está funcionando é muito prejudicial, pois acaba afastando os turistas que viriam experimentar esse atrativo”, complementou.

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O secretário municipal de Turismo também apontou as condições precárias da estrada ERS- 427, que dá acesso ao cânion Itaimbezinho, um dos principais pontos turísticos da região. “De fato, tem trechos muito ruins lá ainda. Esta estrada deveria estar pronta desde 1998, quando foi solicitada, mas conseguimos fazer as obras recomeçar’.”

Em junho deste ano, o governo do Estado do Rio Grande do Sul deu início às obras de pavimentação da ERS-427, no acesso ao cânion de Itaimbezinho, entre Tainhas e Cambará do Sul. A rodovia tem parte do trecho dentro do Parque Nacional de Aparados da Serra. O valor investido na obra, que tem 17 quilômetros de extensão, é de R$ 36 milhões, e faz parte do Programa Avançar.

A pavimentação da rodovia está em andamento. A primeira etapa, com dez quilômetros de extensão, alcançará a entrada do parque. A licença ambiental para os primeiros onze quilômetros, já concedida pela Fepam, aguardava apenas a validação do Ibama. Após negociações com o governo federal, foi possível obter uma licença única para toda a obra.

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