Familiares e amigos de Pablo Hebert Nornberg Menezes, de 29 anos, se despediram dele no final da tarde da quarta-feira (6), em cerimônia restrita na residência da família no bairro Sagrada Família, em Taquara, no Vale do Paranhana. O corpo foi cremado nesta quinta-feira (7), segundo a Funerária La Paz. “A família está arrasada, era filho único”, diz Geison Dias, amigo d.
Menezes foi uma das vítimas do acidente na RS-115, em Igrejinha, que matou três pessoas na noite da terça-feira (5). Ele dirigia o veículo Nissan Sentra que colidiu contra a base de uma placa que sinalizava a presença de um redutor de velocidade. De acordo com o Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM), a batida aconteceu por volta das 23h40 no quilômetro 10 da rodovia, sentido Igrejinha à Taquara.
As passageiras Amanda Beatris de Souza Coelho, 32, e Nicolly Rosa, 21, foram sepultadas nesta quinta-feira em Taquara e Portão, respectivamente.
Descrito como uma pessoa comunicativa, Menezes também é lembrado pelo bom humor e proximidade com a família. “Ajudava muito na família, saindo com os avós, fazendo deslocamentos para feiras, médicos e exames”, lembra a professora Fernanda Nornberg, tia e madrinha de Menezes.
Dias conta que conheceu o amigo há cerca de 14 anos. Ele lembra que se tornaram amigos em gincanas, Menezes era integrante da extinta equipe Força Tarefa, de Taquara, entanto o amigo faz parte da equipe Akatsuki, de Parobé. Na época os grupos eram parceiros. “Gincana a gente já participou de várias”, lembra.
No entanto, a amizade foi para além desse evento. “A gente não se via todo final de semana, mas, esporadicamente, a gente jogava basquete”, afirma Dias. O amigo lembra que eles também frequentavam festas eletrônicas. “Ele ia nem que fosse sozinho nos lugares, essa era uma característica dele, ele tava sempre pelo ‘rolê’, mesmo que tivesse que ir só ele”, detalha.
“Ele era uma das pessoas mais alternativas que eu conheci, tanto pra se vestir, pra agir, nos ‘rolês’ que ele dava”, completa.
Com o passar do tempo e a rotina, os amigos acabaram perdendo a convivência, mas mantinham contato. Menezes era formado em geografia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), chegou a fazer intercâmbio a fazer intercâmbio. ” Esteve seis meses na Austrália e às vezes pensava em voltar”, conta a tia. “Ele sonhava em com conhecer muitos lugares”, completa.
Além de trabalhos na sua área, também administrava uma empresa que fornecia matéria-prima de estabelecimentos que comercializam açaí.
“No começo do ano, ele queria fazer uma ‘trip’ na Argentina, mas eu tava viajando na época, e ele acabou indo mesmo assim”, relata Dias. A tia de Menezes também afirma viagens faziam parte dos gostos do sobrinho. “Gostava de viajar, de viver aventuras, coisas que lhe dessem emoção”, recorda.
A última conversa entre os dois amigos aconteceu na quarta-feira da semana passada, através uma interação por rede social. “Ele respondeu a um stories meu, de uma janta que eu tinha feito. Ele disse pra gente fazer uma janta: eu, ele e o Teteu. Eu disse que marcaríamos, mas acabamos não marcando”, lamenta Dias por não ter dado tempo do encontro.
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