Como é conhecer o mundo sem poder enxergar ele? Essa pergunta intrigante é respondida pelo escritor Gilberto Henrique Buchmann, que convida os leitores a embarcarem em sua jornada de descobertas através do livro: “Como Vejo O Mundo – Viajar Sozinho sem Enxergar”, lançado pela Editora Viseu.
Explorando o mundo sem o ver
Ao longo de 214 páginas, Buchmann conduz os leitores por uma viagem através de cinco países europeus – Itália, Alemanha, Suécia, Sérvia e Áustria, que realizou entre 2015 e 2017.
Desafiando as limitações impostas pela sua condição de deficiência visual, o autor compartilha suas experiências desde a concepção do projeto até suas impressões finais, revelando a beleza e a riqueza das descobertas realizadas sem o sentido da visão.
Desvendando novos horizontes
Em uma entrevista, Buchmann compartilha suas lembranças mais marcantes, como a peculiar sensação ao subir os degraus inclinados da torre de Pisa, uma experiência única, que só encontrou neste monumento.
“Uma lembrança bem específica é a torre de Pisa, porque os degraus em alguns lugares eles são inclinados para os lados também, e isso eu não encontrei em lugar nenhum que eu conhecesse até hoje. Uma sensação muito diferente”, compartilha Buchmann.
Além disso, o autor explica como ele usa outros sentidos durante suas viagens, como o tato ao tocar obras de arte e também o olfato e o paladar ao saborear a culinária local.
“Viajei sem grupos, sem pacotes, sem nenhuma companhia. Só eu, uma mala, uma mochila e uma bengala. Foram vivências maravilhosas, que ampliaram extraordinariamente meus horizontes e dividiram minha vida em antes e depois”, compartilha Buchmann.
Com uma abordagem prática, o autor oferece valiosas orientações sobre como organizar e executar uma viagem sem o sentido da visão, destacando a importância de dominar o inglês e enfrentar os desafios, sem medo de se perder. Além disso, ele planeja novas aventuras pela Europa em 2025, desta vez acompanhado de sua esposa.
Promovendo a acessibilidade
Além de suas experiências de viagem, Buchmann destaca a importância da acessibilidade, ressaltando os avanços conquistados tanto em seu país natal quanto nos destinos visitados. Ele reconhece que, embora desafios ainda existam, há um constante progresso em direção a uma maior inclusão.
“Dos países que visitei, Suécia e Alemanha tem acessibilidade boa. Itália e Sérvia, acessibilidade ainda é desafiadora, semelhante ao Brasil, mas gradualmente as coisas vão melhorando também”, disse ele.
Um legado de conhecimento astronômico
Além de sua paixão por viagens, Buchmann é um entusiasta da astronomia, dedicando-se a escrever uma extensa cronologia da história da ciência dos astros, disponibilizada gratuitamente para os interessados.
Para saber mais sobre as aventuras de Buchmann e sua nova obra, confira a live no Instagram @livroviajarsozinhosemenxergar, hoje, dia 17 de abril, às 19h.
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