MUDANÇA DE PLANOS

Repatriado de Gaza que viria para Novo Hamburgo vai para outro estado do Brasil; saiba o motivo

Mais de 30 brasileiros resgatados chegaram ao País na noite de segunda-feira (13); veja para onde eles irão

Publicado em: 15/11/2023 11:46
Última atualização: 15/11/2023 11:48

Um dos 32 brasileiros resgatados da Faixa de GazaMahmoud Abuhaloub, que viria para Novo Hamburgo, optou por acompanhar outros repatriados e ir para um abrigo no estado de São Paulo, que não teve o endereço divulgado pelo Governo Federal. De acordo com o Ministério da Justiça e Segurança Pública, ele recebeu orientações e, ao saber como funciona o local de acolhimento, mudou de ideia sobre retornar ao Rio Grande do Sul.


Mahmoud explicou para o presidente Lula que o corpo está descansado, mas mente e coração ainda ficam focados em familiares e amigos que estão na Faixa de Gaza Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da república

Abuhaloub chegou ao País na noite de segunda-feira (13) e ficou hospedado no Hotel da Base Aérea de Brasília (DF), onde recebeu atendimento psicológico, médico e pôde fazer a regularização migratória de documentos.

Do total, 28 ficaram hospedadas no hotel e quatro foram encaminhadas a casa de familiares que vivem em Brasília. Um grupo de 26 pessoas, incluindo Abuhaloub, partiu no voo da FAB, às 10 horas desta quarta-feira (15), de Brasília com destino à Guarulhos (SP). 14 deles seguem para o abrigo e 12 vão para residências de familiares. Outras duas pessoas vão para Florianópolis (SC), em voo comercial.

"O medo está sempre contigo", disse ao ser recepcionado por Lula

O repatriado foi recepcionado pelo presidente Lula. Na chegada, ele falou sobre os momentos de tensão que viveu estando em meio ao conflito entre Hamas e Israel. "Vou falar primeiro sobre a situação na Faixa de Gaza. Foi terrível. O medo está sempre contigo. Quando dormindo, quando acordado, quando andando na rua. Não tem lugar seguro. Não só conosco, com nossas famílias, com tudo", contou.

Abuhaloub viria para Novo Hamburgo pois tem um filho na cidade. Na região, ele trabalhava como motorista de aplicativo desde 2019, como consta em seu perfil profissional na rede social LinkedIn. 

Apesar de já estar em segurança, o repatriado assume que segue aflito com a situação no Oriente Médio. "Seu corpo já está relaxado, mas sua mente e coração, não. Ainda tenho irmãos, sobrinhos ficando. Estou preocupado por isso."

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