Recipientes de material radioativo furtados são encontrados em ferro-velho; três suspeitos são presos

Cinco cilindros que estavam sendo usados para armazenar o material radiativo que estavam em um veículo furtado no último domingo (30), foram localizados pela Polícia Militar de São Paulo no sábado (6).  Os dispositivos foram localizados em um comércio de ferro-velho, na zona leste da capital, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP-SP). Três homens, de 21, 25 e 53 anos, foram presos por porte de material nuclear e receptação. 

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Conforme a Secretaria, a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) informou que quatro cilindros tinham geradores de 99Mo/99Tc (radiofármaco usado na Medicina), mas não apresentavam riscos porque já tinham sido utilizados. O quinto cilindro foi localizado, mas sem o gerador de Germânio-Gálio, que estaria dentro do recipiente.

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A CNEN informou que o material seria utilizado para um único exame de cintilografia e que seu volume era "muito pequeno". "O CNEN informou ainda que o Instituto de Radioproteção e Dosimetria (IRD) está finalizando um relatório sobre as taxas de radiação, em caso de manipulação, e adiantou que o resultado não é preocupante", disse a SSP, em nota.

Entenda o caso

O carro furtado, uma Saveiro, pertencia a uma empresa de equipamentos médicos e armazenava uma carga de materiais radioativos que foram coletados no Rio de Janeiro e que seriam entregues no Paraná e em Santa Catarina, segundo a Secretaria da Segurança Pública.

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No momento em que foram furtados, o veículo e o material radioativo estavam sinalizados com o símbolo internacional de radiação ionizante. A CNEN informa que, se alguém encontrar o material, entre em contato e informe a polícia. Os telefones indicados são o (21) 98368-0734 e (21) 98368-0763.

Risco radiológico é "muito baixo"

O veículo furtado transportava uma fonte geradora de Germânio/Gálio (68Ge/68Ga) rumo às cidades de Curitiba (PR) e Blumenau (SC) para uso médico, segundo a CNEN.

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O material representa "risco radiológico muito baixo para a população e o meio ambiente", afirmou, em nota, Alessandro Facure, diretor de Radioproteção e Segurança Nuclear da CNEN.