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TERCEIRA IDADE

RANKING: Saiba quais são as melhores cidades brasileiras para envelhecer

Estudo avaliou aspectos de saúde, econômicos e socioambientais referentes à população acima de 60 anos para montar um ranking que avalia os municípios. Três cidades gaúchas aparecem na lista

Suelen Schaumloeffel Olkoski
Publicado em: 30/10/2023 às 21h:18 Última atualização: 30/10/2023 às 21h:19
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De acordo com dados levantados pelo IBGE, relacionados ao Censo 2022, a população brasileira está envelhecendo cada vez mais. Inclusive, o Rio Grande do Sul é o Estado com população mais velha do País, com média de 38 anos – no Brasil a idade média da população é 35 anos.

Cidades pequenas da região Sul se destacam no ranking  | Jornal NH



Cidades pequenas da região Sul se destacam no ranking

Foto: Adobe Stock

A previsão é que, em 2050, um a cada quatro brasileiros tenha 60 anos ou mais. Por isso surge a questão: as cidades estão preparadas para uma população mais longeva? Para responder essa questão, o Instituto de Longevidade lançou na última quinta-feira (26), a terceira edição do Índice de Desenvolvimento Urbano para Longevidade (IDL).

A partir do estudo, um ranking de melhores cidades para se envelhecer no Brasil foi formado, já que, pela primeira vez, todos os 5.570 municípios brasileiros foram contemplados. Três cidades gaúchas aparecem no pódio. O índice avalia a capacidade dos municípios em criar as condições adequadas para um envelhecimento saudável e sustentável.

“O papel de um índice que permita entender a realidade municipal de cada localidade do país para lidar com os desafios e as oportunidades dessa proporção crescente de idosos – e de idosas, em particular – é enorme. Essa terceira edição é um feito digno de ser comemorado”, explica Gleisson Rubin, diretor do Instituto de Longevidade.

As melhores cidades para envelhecer, de acordo com o IDL 2023, foram divididas em cidades grandes, médias e pequenas. Confira:

Cidades grandes (100 mil habitantes ou mais – 326 municípios)

1º lugar – São Caetano do Sul (SP): O município ocupa novamente o topo do IDL, se destacando por ter a 3ª maior expectativa de vida aos 60 anos e a 2ª maior população de pessoas maiores de 60 anos em sua categoria. Em relação à variável Saúde, a cidade conquistou o 8º lugar no número de leitos hospitalares, é a 5ª cidade com o maior número de profissionais com nível superior e a 2ª com o maior número de procedimentos hospitalares realizados.

2º lugar – Vitória (ES): Vitória saiu do 39º lugar em 2020 para o top 3 da categoria em 2023, conquistando o 1º lugar das cidades com a maior expectativa de vida aos 60 anos. Seu desempenho em Saúde também se destaca, garantindo o 3º lugar em menor número de óbitos de idosos por doenças infecciosas e parasitárias, 3º lugar em menor número de óbitos de idosos por doenças do aparelho circulatório e 4º lugar em maior número de profissionais de nível superior.

3º lugar – Santos (SP): Presente no top 5 desde 2017, Santos agora conquistou a 3ª posição. A cidade se destaca na variável Economia, com a maior população 60+ e a 24ª maior capacidade de consumo de idosos.

Cidades médias (entre 34.850 e 99.999 habitantes – 674 municípios)

1º lugar – São Lourenço (MG): A cidadeganha destaque em alguns indicadores: 18º município com maior número de pessoas idosas, 9º lugar em maior número de estabelecimentos de saúde e 32º lugar em maior número de profissionais de saúde de nível superior. Também está no 47º lugar de número de matrículas no ensino superior de pessoas acima dos 60 anos e é a 13ª cidade com menor número de óbitos por causas não naturais.

2º lugar – Gramado (RS): Gramado é a 59ª cidade com o melhor PIB per capita e a 5ª menor colocação em baixa vulnerabilidade social de idosos. É a 48º cidade com maior número de profissionais com nível superior e a 7ª melhor em estabelecimentos de saúde.

 

3º lugar – São Miguel do Oeste (SC): A cidade catarinense ficou em 25º lugar em baixo número de óbitos em idosos por doenças circulatórias e 45º lugar em óbitos por doenças metabólicas e nutricionais. Também é a 39ª cidade com a maior proporção de beneficiários do INSS entre o total dos 60+.

Cidades pequenas (população até 34.849 habitantes – 4.570 municípios)

Nesta categoria vale ressaltar que Santa Catarina e Rio Grande do Sul se destacam: entre os 20 primeiros colocados, 10 são municípios catarinenses, nove gaúchos e apenas um é de São Paulo.

1º lugar – Peritiba (SC): É a 28ª cidade com o maior número de leitos, a 56ª com o maior número de procedimentos hospitalares, a 142ª com o maior número de estabelecimentos de saúde e a 160ª com o maior número de procedimentos ambulatórios. Também tem a 33ª maior população de idosos.

2º lugar – Rodeio Bonito (RS): A cidade é a 46ª com maior número de procedimentos ambulatórios, a 59ª com maior número de leitos e a 67ª com maior número de estabelecimentos de saúde. Também ficou em 51º lugar em expectativa de vida aos 60 anos e em 95º lugar em maior número de beneficiários por aposentadoria pelo INSS como proporção do total de 60+ da população.

3º lugar – Dois Lajeados/ (RS): O município ocupa a 15ª posição em maior número de leitos hospitalares, 34ª em maior número de procedimentos ambulatoriais e 79ª em maior número de estabelecimentos de saúde. A cidade ocupa a 99ª maior quantidade de idosos e a 114ª com maior segurança financeira dos idosos.

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A avaliação

Para avaliar todos esses municípios, fontes de dados públicos como IBGE, DataSUS e INSS foram consultadas e foram definidos 23 indicadores divididos em três variáveis:

Saúde – Estabelecimentos de saúde; Leitos hospitalares; Profissionais de saúde; Cobertura vacinal; Procedimentos ambulatoriais; Procedimentos hospitalares; Óbitos por doenças infecciosas e parasitárias, endócrinas, nutricionais e metabólicas, e por doenças de aparelho circulatório ou causas externas.

Socioambiental – Mortalidade por causas não naturais; Carga tributária; Engajamento cívico de idosos; Relações afetivas; Conectividade; e aprendizado contínuo entre idosos.

Economia – Representatividade da população de idosos; Longevidade esperada aos 60 anos; Produção de riqueza municipal; Capacidade de consumo de aposentados; Segurança financeira dos idosos; Vulnerabilidade social dos idosos; Endividamento municipal.

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