DISTRITO FEDERAL
Professora posta 'look do massacre' e tenta explicar: "Humor ácido"
Docente se retratou nas redes sociais no sábado. Ela salientou que professores enfrentam descaso nas escolas diariamente
Última atualização: 05/03/2024 11:04
Na última quinta-feira (20), os cuidados foram redobrados nas escolas de todo o Brasil, visto que circulavam mensagens pelas redes sociais sobre ataques a instituições de ensino. E o que chamou a atenção na data, foi justamente a postagem de uma professora do Distrito Federal relacionada ao assunto. Lorena Santos, de 28 anos, publicou uma foto com o texto: "Look de hoje: especial massacre". A docente ainda acrescentou: "Se eu morre hoje, estarei belíssima, pelo menos".
A publicação, que fazia alusão a um massacre na escola, foi excluída de suas redes sociais.
Ela, que atua no Centro de Ensino Fundamental Zilda Arns, publicou uma retratação nos stories do Instagram no sábado (22). Nos vídeos, Lorena alegou "humor ácido" e disse ainda que é mãe de uma menininha que também frequenta creche. Além disso, a professora enfatizou que convive com o descaso na educação diariamente e que os docentes recebem diversos tipos de ameaças, como "professora, eu sei onde você mora", "professora, eu sei qual é o seu carro" e "professora, eu sei que você tem filho".
Na gravação, ela relatou que se sente de mãos atadas e que agiu como sempre age nessas situações: com humor ácido. "Já que não dá mais para gritar por segurança, gritar por socorro, a gente recorreu a 'o que a gente pode fazer?': usar uma roupa confortável, não usar salto, para, se qualquer coisa acontecer, a gente esteja preparado", expõe, referindo-se à sua vestimenta da última quinta.
Lorena salientou que a mensagem fazia referência a uma brincadeira sobre sofrer acidente e "não estar com a calcinha furada". "Porque no acidente meio que a gente não tem controle, igualmente nessa situação. A gente não tem o que fazer mais, a não ser se preocupar com uma coisa banal que é uma roupa. E a gente fica tão indignado que não tem o que fazer, que a única coisa que me resta é agir como sempre ajo em situações de caos e traumas e perigos. Esse tipo de humor ácido."
Na sequência, ela disse novamente que tem filha e que não faria sentido "incitar algo contra ela mesma". "Foi sem noção, foi totalmente inapropriado, mas falar que incitei alguma coisa?! Então gente, eu estava lá, se acontecesse alguma coisa, eu iria fazer todo o esquema de proteção, iria proteger os meus alunos."
DF vai investigar conduta
Segundo o portal Uol, a Secretaria de Estado de Educação do DF disse que vai apurar a conduta de Lorena. Em nota, a pasta afirmou que repudia "qualquer tipo de postagem que ressalte a violência" e reforçou "o compromisso e empenho na busca pela cultura de paz no ambiente escolar". A Polícia Civil apura o caso e informou que a docente já foi ouvida, mas não forneceu mais informações.
Na última quinta-feira (20), os cuidados foram redobrados nas escolas de todo o Brasil, visto que circulavam mensagens pelas redes sociais sobre ataques a instituições de ensino. E o que chamou a atenção na data, foi justamente a postagem de uma professora do Distrito Federal relacionada ao assunto. Lorena Santos, de 28 anos, publicou uma foto com o texto: "Look de hoje: especial massacre". A docente ainda acrescentou: "Se eu morre hoje, estarei belíssima, pelo menos".
A publicação, que fazia alusão a um massacre na escola, foi excluída de suas redes sociais.
Ela, que atua no Centro de Ensino Fundamental Zilda Arns, publicou uma retratação nos stories do Instagram no sábado (22). Nos vídeos, Lorena alegou "humor ácido" e disse ainda que é mãe de uma menininha que também frequenta creche. Além disso, a professora enfatizou que convive com o descaso na educação diariamente e que os docentes recebem diversos tipos de ameaças, como "professora, eu sei onde você mora", "professora, eu sei qual é o seu carro" e "professora, eu sei que você tem filho".
Na gravação, ela relatou que se sente de mãos atadas e que agiu como sempre age nessas situações: com humor ácido. "Já que não dá mais para gritar por segurança, gritar por socorro, a gente recorreu a 'o que a gente pode fazer?': usar uma roupa confortável, não usar salto, para, se qualquer coisa acontecer, a gente esteja preparado", expõe, referindo-se à sua vestimenta da última quinta.
Lorena salientou que a mensagem fazia referência a uma brincadeira sobre sofrer acidente e "não estar com a calcinha furada". "Porque no acidente meio que a gente não tem controle, igualmente nessa situação. A gente não tem o que fazer mais, a não ser se preocupar com uma coisa banal que é uma roupa. E a gente fica tão indignado que não tem o que fazer, que a única coisa que me resta é agir como sempre ajo em situações de caos e traumas e perigos. Esse tipo de humor ácido."
Na sequência, ela disse novamente que tem filha e que não faria sentido "incitar algo contra ela mesma". "Foi sem noção, foi totalmente inapropriado, mas falar que incitei alguma coisa?! Então gente, eu estava lá, se acontecesse alguma coisa, eu iria fazer todo o esquema de proteção, iria proteger os meus alunos."
DF vai investigar conduta
Segundo o portal Uol, a Secretaria de Estado de Educação do DF disse que vai apurar a conduta de Lorena. Em nota, a pasta afirmou que repudia "qualquer tipo de postagem que ressalte a violência" e reforçou "o compromisso e empenho na busca pela cultura de paz no ambiente escolar". A Polícia Civil apura o caso e informou que a docente já foi ouvida, mas não forneceu mais informações.
A publicação, que fazia alusão a um massacre na escola, foi excluída de suas redes sociais.