O inverno chegou ao fim e a primavera começou neste sábado (23). A estação marca a transição para o verão.
“Para compreender o início das estações, é preciso imaginar a Terra parada e o sol se movendo em relação a nós. Nessa perspectiva, o sol percorre um caminho, que se chama eclíptica, e o instante do equinócio de setembro é aquele em que o sol cruza o equador celeste, que é a extensão do equador terrestre, indo de Norte para Sul. No Hemisfério Sul é o equinócio de primavera e no Hemisfério Norte é o equinócio de outono”, explica a meteorologista Estael Sias, da MetSul Meteorologia.
As mudanças de estações também podem ser percebidas por fatores como a duração dos dias e das noites. “Nas regiões próximas ao equador terrestre, esse efeito praticamente não existe. Quanto mais nos afastamos do equador terrestre, mais esse efeito torna-se evidente. No início da primavera, os dias terão aproximadamente a mesma duração das noites, e no Hemisfério Sul, os dias vão ficando cada vez maiores e as noites cada vez menores, até o dia com maior presença do sol no ano, que ocorre no início do verão, que em 2023 será em 22 de dezembro à 0h27 (horário de Brasília)”, destaca a meteorologista da MetSul.
Gradativamente, os dias vão ficando mais longos e, consequentemente, as noites mais curtas.
Terá horário de verão em 2023?
O Ministério de Minas e Energia (MME) avaliou não ser necessário, por enquanto, a implantação do Horário de Verão em 2023. Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), os níveis de Energia Armazenada nos reservatórios devem se manter acima de 70% em setembro nas regiões Sul, Norte, Sudeste e Centro-Oeste, o que representa estabilidade no sistema. O ONS também ressalta que o período tipicamente seco está próximo do seu encerramento.
Criado em 1931, o horário de verão foi extinto pelo governo federal em 2019, com base em estudos que apontaram a pouca efetividade na economia energética. O governo da época também se baseou em estudos da área da saúde sobre os impactos da mudança no relógio biológico das pessoas.
Quando foi criado, o adiantamento do relógio em uma hora entre os meses de outubro e fevereiro tinha por objetivo reduzir o consumo de energia elétrica durante o horário de pico, que costumava ser em torno das 18 horas, e trazer economia de energia com maior utilização da iluminação natural.
No entanto, nos últimos anos, o Ministério de Minas e Energia constatou mudanças no horário de pico, com maior consumo de energia no período da tarde, principalmente por causa da intensificação do uso de aparelhos de ar condicionado.
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