O Brasil terá um novo episódio de instabilidade nesta quarta-feira (8). Isso ocorre pois ar mais frio atua na costa do Sul do Brasil e, com o vento, a umidade do oceano é levada para áreas mais próximas da costa.
Foto: MetSul/Reprodução
No Oeste da Região Sul, o predomínio é de ar seco nesta semana. Desta forma, a temperatura tem se elevado mais do que no Leste. Nesta terça-feira (7), foi registrada máxima de 33,5ºC em São Borja e 33,6ºC em Uruguaiana. Nessas áreas, a umidade desceu durante a tarde de 20% a 25% enquanto no Nordeste gaúcho e no Leste do Paraná ficou entre 50% e 80%.
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A MetSul Meteorologia prevê para esta quarta-feira um episódio de chuva orográfica que vai atingir áreas do Sul e do Sudeste do Brasil. Essa instabilidade está associada à umidade que vem do mar e que afetará áreas entre o extremo Nordeste de Santa Catarina e o litoral de São Paulo.
“O fluxo de umidade do mar favorece a ocorrência de chuva em trechos da costa e perto do litoral entre o Nordeste do Rio Grande do Sul e a costa do estado de São Paulo, mas na maioria dos locais os volumes não são altos porque o aporte de umidade não chega a ser excessivo por vento que não é muito forte”, diz a MetSul.
Apesar de muitas nuvens na Grande Porto Alegre, a quarta-feira terá sol em grande parte do Rio Grande do Sul. No litoral norte, entre Morro Alto e Torres, há maior nebulosidade e chance de precipitação em alguns pontos. Na região metropolitana, o sol aparece entre nuvens e as temperaturas variam entre 18°C e 29°C.
Hoje, a chuva pode atingir pontos do Sul e do Leste de Santa Catarina, trechos da costa e da serra paranaense e o Sul de São Paulo.
Essa instabilidade seguirá até o fim da semana. “Os maiores acumulados devem se dar em setores do litoral do Paraná e em pontos do Sul de São Paulo, principalmente no Vale do Ribeira”, destaca a MetSul.
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O que é chuva orográfica?
Chuva orográfica trata-se da precipitação induzida pelo relevo. A umidade que vem do oceano, trazida por vento, ao encontrar a barreira do relevo da serra, ascende na atmosfera e encontra temperatura mais baixa com camadas mais frias.
“O que acontece se você chega na frente de um espelho e soltar ar da sua boca? O espelho que tem uma superfície mais fria vai ficar embaçado (úmido) e molhado. Com a chuva orográfica ocorre o mesmo”, exemplifica a MetSul.
Assim, o ar mais úmido e quente encontra um obstáculo físico que é o relevo e ao chegar nesta barreira que são os morros sobe na atmosfera e encontra temperatura mais baixa, condensando-se o vapor de água e formando chuva.
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